🌼 Arcade || Michael Gray (Parte II) 🌼

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(S/N) on


_ Sabia que estaria aqui. _ Finn disse, sentando-se ao meu lado no gramado do jardim, enquanto Charlotte brincava em nossa frente.

Desde a volta de Michael eu havia me mudado da casa de Poly para a casa que era de John, no interior. Contudo, para que isso acontecesse eu tive que contar a verdade aos Shelbys que não sabiam. Thomas ficou extremamente chateado por eu ter fugido, mas entendeu o meu lado e concordou em me ceder a casa.

_ Charlie adora esse lugar e eu gosto de deixá-la perto da natureza, sabe? Assim como eu quando era pequena.

O ruivo concordou e ficou encarando a pequena antes de se voltar, novamente, a mim.

_ Fiquei sabendo o que aconteceu entre você e Michael. _ Começou. _ Ele está bem abalado, inclusive brigou feio com a Gina ontem. Acho que ela vai voltar para a América. Sozinha.

_ Ah é? Eu não ligo. _ Respondi.

_ Você liga sim. _ Falou, sujestivo e eu o encarei, indignada. _ Qual é, (S/N), não pode mais negar que você o ama e sempre vai ser assim.

_ Finn Shelby eu vou quebrar o seu nariz com um soco.

_ Eu não duvido. _ Disse, em tom divertido. _ (S/A), como seu melhor amigo e padrinho da Charlotte eu preciso dizer que só quero o melhor para vocês duas. E é por isso que eu espero que você me perdoe.

_ O que você fez, moleque? _ Questionei, mas, antes do ruivo responder eu ouvi uma voz atrás de nós.

_ (S/A)?

Respirei fundo e me virei para ver Michael parado a alguns metros de nós.

_ Eu vou te matar. _ Falei a Finn, que, a esta altura, já estava de pé e andava na direção de minha filha.

_ Lottie, o que acha de dar uma volta com o tio Finn? _ O ouvi dizer, enquanto pegava a criança no colo e se afastava de nós.

_ Por favor, não me manda embora, eu preciso te dizer umas coisas. _ Gray se pronunciou, antes que eu dissesse qualquer coisa. Concordei com a cabeça. _ Eu sei que fui um completo idiota, ou até pior que isso, e sei que não mereço que me perdoe.

_ Que bom que sabe.

_ Mas eu precisava tentar. Eu comprei uma coisa alguns dias depois de chegar nos Estados Unidos e planejava te dar assim que voltasse. _ Falou, retirando uma caixinha do bolso. _ Bem, eu ainda quero lhe dar isso. _ Abriu-a, revelando o anel que estava dentro dela. Ele era em ouro branco, com vários pequenos cristais e, em seu centro, um diamante brilhava. _ Não estou lhe pedindo em casamento, sei que não é o momento para isso, mas, talvez, possamos recomeçar, sabe?

O olhei, extremamente chocada, para dizer o mínimo. Eu, certamente, não estava esperando por aquilo. O loiro riu com a minha confusão e só agora eu percebi como sentia falta daquela risada.

_ Tome. Fique com isso, se não quiser pode dar para a Charlote quando ela crescer.

_ Eu não posso aceitar. O que a Gina vai pensar de você dando um anel desses para outra mulher?

_ Gina não tem que achar nada. Terminamos ontem e ela voltou para a América hoje pela manhã.

_ Por que?

_ Porque ela nunca foi a mulher que eu amo.

_ Mas seu filho...

_ Charlie é minha única filha. Gina mentiu sobre a gravidez para me manter preso a ela.

_ Sinto muito.

_ Não sinta, pois agora estou livre para tentar consertar as coisas com a mulher que eu amo. _ Falou por fim, segurando minha mão e fazendo um carinho na mesma. _ Eu disse que te esperaria o tempo que fosse e não menti, na verdade eu nunca menti para você, juro pela minha vida. Você e Charlote foram as melhores coisas e as mais importantes que me aconteceram, desde o dia em que eu te conheci, soube que queria passar o resto da minha vida ao seu lado e assim eu estava fazendo, até o dia em que Thomas me mandou para a América e eu estraguei tudo. _ Fez uma pausa por um momento, se aproximando mais de mim e sentando-se ao meu lado, segurando minha mão, sempre atento a mim, caso eu me sentisse desconfortável com aquilo, mas eu não me senti, muito pelo contrário, era muito fácil ficar confortável perto dele.

_ Michael eu... _ Comecei, incerta do que ia dizer.

_ Tudo bem, você precisa digerir tudo. Leve o tempo que precisar. _ Falou, deixando um beijo em minha testa.

Eu podia estar puta da vida com Michael. Podia não estar pronta para perdoá-lo, mas aquilo, com certeza, era um começo, ou, melhor, um recomeço, para nós dois.

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