🌼 Lost Souls || JJ Maybank 🌼

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AVISO: Este imagine contém insinuação de violência domestica, se este assunto for sensível para você, recomendo que pule este capítulo. 


(S/N) as Samantha Cameron


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Samantha on

Sábado a noite e eu me encontrava entediada, jogada no sofá da sala, procurando algo para assistir na televisão, até que ouço a campainha tocar e vou atender.

_ Já vai, caralho. _ Berrei e abri a mesma, dando de cara com um JJ com vários hematomas no rosto e uma camiseta suja de sangue. _ Merda JJ! _ Corri até ele. _ O que aconteceu? _ Perguntei, analisando o ferimento de faca em seu abdômen, que estava bem feio, mas não tão fundo.

_ S-seu primo. 

_ Rafe?

_ É. _ Falou, contorcendo o rosto de dor quando eu tirei o lenço da minha cabeça e pressionei o ferimento.

_ Eu vou matar aquele inútil. _ Fechei minha expressão, sentindo meu sangue ferver. _ Meu pai está em casa, não posso cuidar de você aqui... _ Pensei rápido. _ Consegue andar até o cais?

Ele afirmou com a cabeça.

_ Ok, entra no barco e me espera! E continua fazendo pressão aqui, vou pegar algumas coisas e te encontro lá, prometo. _ Disse o ajudando a se levantar e lhe dando um selinho.

Volto correndo para dentro da casa e subo até meu quarto, lavando o sangue em minhas mãos, pegando minha mochila e colocando o kit de primeiros socorros dentro, junto com outras coisas que iria precisar, entre elas uma manta, pois sabia que, provavelmente, passaríamos a noite no barco, como já fizemos outras vezes. Corro de volta ao primeiro andar e, infelizmente, dou de cara com meu pai no saguão, ou o homem que deveria agir como tal.

_ Aonde pensa que vai uma hora dessas?

_ Desde quando você se importa? _ Rosnei.

_ Escuta aqui, garota! _ Disse, segurando com força meu braço. _ É bom me respeitar se pretende continuar morando debaixo do meu teto, entendeu?

_ Não se preocupe, não pretendo ficar aqui muito mais! _ Respondi e senti uma ardência em meu rosto, ele havia me dado um tapa, de novo.

Assim que senti as lágrimas se acumulando em meus olhos eu puxei meu braço com força e corri para fora da casa, apenas ouvindo meu pai gritando do lado de dentro. Minha visão embaçada pelas lágrimas não me impediu de chegar até o barco onde JJ estava me esperando, sentado no chão. Assim que joguei minhas coisas num canto ele me encarou preocupado, mas eu o ignorei, dando partida no veículo e saindo do cais, parando cerca de cinco minutos depois, no meio do lago.

Meus soluços faziam arder o peito, mas eu tinha que me concentrar no loiro, que estava pior que eu.

_ Sam? _ Ele se pronunciou pela primeira vez desde que estávamos ali.

Eu me ajoelhei em seu lado, o ignorando, e retirando os itens de primeiros socorros da mochila. Minhas mãos tremiam assim que eu as direcionei até a barra da camiseta de Maybank, mas ele me impediu de continuar, segurando-as e me fazendo olhá-lo.

_ Amor, hey, o que houve?

_ P-podemos falar disso depois? _ Perguntei, soluçando e, segundos depois, o maior concordou com a cabeça, fazendo questão de tirar ele mesmo sua regata.

Respirei fundo e retomei o controle de minhas mãos, sentindo o olhar do garoto em cima de mim o tempo todo, não demorou muito para que eu terminasse o curativo e começasse a guardar as coisas.

JJ, como meu namorado, sabia do que acontecia entre mim e meu pai, ele sabia que o homem me batia, mesmo eu nunca tendo-o contado de fato. Se bem que nem precisava, afinal, qualquer um via as marcas e os hematomas em meu corpo. Contudo, mesmo tendo ciência dos fatos, ele nunca me forçava a falar sobre o assunto, apenas abria a janela para eu entrar em seu quarto tarde da noite, me abraçava forte e deixava que eu chorasse até dormir em seus braços.

_ Quer me contar o que aconteceu?

_ V-você sabe. _ Falei, sentindo o nó em minha garganta se formar novamente.

_ Shh, vem cá. _ Ele me puxou contra seu peito e rodeou os braços por meu corpo, fazendo-me sentar de lado em seu colo e esconder meu rosto em seu pescoço, deixando que as lágrimas viessem novamente.

_ Eu só quero ir embora Jay, não aguento mais.

_ Calma, baby. _ Me apertou mais ainda. _ Você sabe que eu não te levo pra morar comigo porque minha vida é pior que a sua e não te quero no meio daquela bagunça, mas  assim que terminarmos o colégio, nós vamos fugir daqui. Só nós dois. _ Falou, beijando o topo da minha cabeça.

_ Promete? _ Eu disse, me acalmando um pouco.

_ Eu juro. _ Respondeu, olhando em meus olhos, antes de juntar nossas testas e deixar um selinho demorado em meus lábios.

_ Eu te amo Jay.

_ Eu também te amo, agora vem. _ Falou, se levantando, comigo ainda em seu colo, e levando-me até a parte de baixo do barco, onde tinha uma cama, colocando-me deitada na mesma. _ Vamos esquecer isso por hora.

Ele, então, pegou a manta que eu havia trazido em minha mochila e se deitou ao meu lado, estendendo o tecido fofo sobre nós e puxando-me para aconchegar em seu peito, não demorando para que ambos fossemos consumidos pelo sono. E assim foi mais uma de nossas noites. 

Embora fossemos um casal cheio de problemas pessoais, duas almas perdidas, nós havíamos encontrado um no outro um motivo pelo qual nos mantermos firmes, um porto seguro.

IMAGINES || DiversosOnde histórias criam vida. Descubra agora