🌼 Bon Jovi || Eddie Munson 🌼

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(S/N) on

Estava sentada na mesa de madeira no meio da floresta enquanto estudava para a prova de Álgebra que teria no dia seguinte, quando escutei o som de passos nas folhas secas do chão. Ergui meus olhos e dei de cara com Eddie, ou, se você preferir, meu ex-namorado que ainda fazia borboletas dançarem em meu estômago.

_ Oi... _ Falou, com os ombros encolhidos, como se estivesse com vergonha.

_ Oi. _ Respondi. _ A gente tem que parar de se encontrar assim, dá gatilho. _ Brinquei, sorrindo fraco. _ Pode sentar se quiser, só temos que ser cuidadosos, ninguém pode nos ver aqui.

_ Eu sei, eu sei, desculpa. _ Pediu e se sentou no outro banco à minha frente, larguei a caneta que usava para copiar o conteúdo e o encarei. _ É só que... Parece que eu não sei mais como agir com você.

Meu coração apertou ao ouvir aquilo, eu também não sabia como agir perto do garoto depois de tudo que já havíamos passado juntos. Terminar com ele havia sido a decisão mais dolorosa que eu já havia tomado na vida.

_ Eu também não. É estranho não sentar mais com você e com os meninos no almoço, ou ir pra sua casa pra jogar D&D, sinto falta de nós. _ Admiti, triste e ele levou a mão até o bolso de sua jaqueta, tirando algo de dentro e me estendendo.

_ Isso é seu. _ Falou, entregando-me a corrente com sua palheta favorita pendurada. _ Você não precisa guardar nem nada disso. Se não quiser pode só jogar fora, queimar...

_ Eddie... _ Chamei, pegando o colar e olhando nos olhos do moreno, antes de passar o objeto por meu pescoço. _ Eu jamais teria coragem de me desfazer disso.

_ Eu só... _ Começou, após alguns segundos em silêncio, esticando suas mãos até as minhas, que estavam apoiadas na mesa, segurando-as entre as suas próprias e brincando com meus dedos, como costumava fazer.

_ O que?

_ Eu não quero perder você.

Se meu coração já estava em pedaços, naquele momento ele havia terminado de se partir. Como eu pude fazer aquilo? Como eu pude ter coragem de abandonar a melhor coisa que já tinha me acontecido? Eu passei minha vida toda sendo a filha perfeita, com as notas perfeitas, as amizades perfeitas, a vida perfeita, mas a verdade era que eu me sentia vazia com tudo aquilo, nada parecia ser real, até Eddie aparecer. O garoto me fez conhecer uma parte de mim que eu sequer sabia que existia, uma parte que exalava felicidade, mas minha família não parecia se importar com aquilo. Tanto meu irmão babaca, Jason, quanto meus pais acreditavam que Munson não era uma boa influência, que o Hellfire era um culto, que as músicas de rock que meu namorado havia me ensinado a tocar eram satânicas e que eu iria para o inferno por causa de tudo aquilo, eu nunca dei ouvidos a eles, afinal, se amar Eddie Munson era errado, eu faria questão de chegar no inferno e sentar no colo do capeta, mas em uma noite tudo aquilo havia mudado.

Eu estava na escola jogando uma sessão de D&D quando o idiota do meu irmão invadiu nossa sala junto com alguns amigos dele do time de basquete e me arrastou de lá a força, quando meu namorado tentou me defender, foi acertado com um soco, o que lhe resultou em um belo olho roxo. No dia seguinte terminamos, não porque eu concordava com minha família ou porque eu havia parado de amá-lo, mas pelo medo avassalador que eu sentia de que ele se ferisse ainda mais. Eu não iria suportar aquilo.

_ Você nunca vai me perder, Eddie. _ Falei, apertando sua mão e olhando fundo em seus olhos.

_ Por favor, volta comigo. _ Pediu.

_ Você sabe que eu não posso, não quero que você se machuque.

_ Babe, eu sempre soube dos riscos, mas por você vale a pena encarar todos eles.

_ Não diz isso. _ Implorei, sentindo meus olhos marejarem.

_ Dá outra chance pra nós, nem que a gente tenha que se esconder, eu vou ser cuidadoso, prometo. E, também, é nosso último ano, quando formos pra faculdade vamos ser só nós dois, sem Jason, sem seus pais, só nós.

Continuei o encarando enquanto analisava toda a situação em minha cabeça. Já tinha passado da hora de eu priorizar meus sentimentos, de bater de frente com minha família e fazê-los parar de tentar controlar minha vida. Era hora de eu me permitir ser feliz independente dos riscos.

Respirei fundo e puxei uma de minhas mão, secando algumas lágrimas teimosas que insistiam em descer por minhas bochechas.

_ A gente pode ter um gato? _ Perguntei, sorrindo em seguida e vendo um sorriso gigante iluminar o rosto do garoto à minha frente.

Eddie nem se preocupou em dar a volta na mesa, apenas inclinou seu corpo sobre ela e agarrou meu rosto, puxando-me para beijá-lo. Agarrei em seus cabelos e ergui meu tronco, a fim de facilitar para ambos. Sua língua se moveu contra a minha e eu estremeci, só agora parecendo notar, realmente, o quanto eu sentia falta dele.

_ Ele não vai se chamar Bon Jovi. _ Brincou, quando nos afastarmos do beijo.

_ Por que não? _ Perguntei, com uma falsa indignação, empurrando-o pelo ombro.

Eddie fingiu que eu o havia empurrado com força e fez de conta que havia caído da mesa, o que me causou uma crise de risos, pois, quando ele se levantou, seu cabelo estava repleto de folhas.

_ Qual é, eu me recuso a ter um gato com o nome do famoso pelo qual minha namorada é apaixonada desde os 13 anos.

Sentei-me em cima da mesa, ficando de frente para ele e iniciei uma discussão sobre o nome do gato que nem tínhamos ainda. 

Manter o nosso relacionamento em segredo não seria fácil, mas, assim como o próprio Eddie havia pontuado, ele valia a pena.

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