Severus

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"Eles não podiam, simplesmente, invadir a enfermaria". Segurando o transtornado maroto pela manga do uniforme, Remus insistia naquilo, repetindo e repetindo, durante todo o caminho até ali.

Todavia, transpirando ódio, James não queria escutar.

Nada fazia sentido se não achasse Severus.

Recordava em como o medo acompanhava o garoto antes mesmo dele entrar na sala. Decepcionado em não ter fugido, agora, precisava honrar sua promessa... Por isto, colérico, não processava nenhuma outra palavra. O foco era apenas a segurança do querido destinado.

- James, por favor. – Remus se empenhava, assumindo a sua frente, objetivando impedi-lo.

Afastando o amigo, a porta entreaberta nem mesmo estava trancada.

Até onde ele sabia, qualquer um poderia entrar na enfermaria.

Desesperando-se, Remus persistia exigindo calma, especialmente ao perceber as vozes se tornando mais altas:

- Quem é o pai desta aberração, parasita?

"Aberração?".

Ninguém tinha o direito de tratar Severus de tal forma.

Adentrando o local, a insanidade o possuía ao ver o imbecil segurando os cabelos daquele que amava.

Sacando a varinha, estuporou o inimigo.

O cultivado ódio acrescentou mais intensidade ao feitiço, arremessando o desprezível ser, desacordado, contra a parede.

Sem conseguir conter as lágrimas, Severus caiu em joelhos.

Desolado, sentia-se tão... humilhado.

Mordendo os aflitos lábios, esforçava-se ao máximo para não evidenciar fraqueza, só que... Levando a mão a barriga, implorava mentalmente para que Harry ficasse calmo quando nem seu coração estava.

Ainda em posição de ataque, James pedia que Sirius se afastasse e este assim fez.

Pela surpresa, os presentes permaneceram estáticos por um intervalo de segundos, até que a senhora Black junto ao diretor foram acudir o inconsciente homem.

Puxando os lençóis da branca maca, o desolado grifinório colocava sobre os ombros do sonserino. Tocando-lhe o rosto, enxugava algumas das muitas lágrimas como conseguia, esforçando-se em garantir que eles sairiam dali e tudo ficaria bem quando, desesperado, queria muito chorar também.

Saltando a cama ao perceber o senhor Black recobrar os sentidos, Sirius puxou a varinha, tentando argumentar:

- Pai, eles são destinados!

Remus estapeou a própria face, ponderando se precisaria mesmo continuar ali. Percebendo-o o vago brilho nos olhos da senhora Black avaliando o jovem Potter, concluía como os dois idiotas haviam soterrado tudo. Todavia, junto a Peter, segurava a varinha, tentando ajudar na defesa.

- Eu preciso nomear dois comensais na cerimônia de casamento, - Contidamente irritado, Orion questionava. - Você ocupará o lugar dele?

- Ora, - Dando de ombros, o garoto revidava a fácil conclusão. – É só não ter casamento.

- Responsabilidades, garoto. – Respirando fundo, cansado, espanava o terno. Caminhando até defronte ao filho, observava os dois rapazes trocando confidencias ao chão. Franzindo o cenho, decepcionado, interpunha ao primogênito. - Talvez você compreenda quando for mais velho.

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