- Sabe eu nunca vou esquecer o olhar daquele homem, eles foram de assassino e brutal para quebrado e vazio em segundos, eu me pergunto o que deve ter acontecido com ele, engraçado que quando paro para analisar ele tecnicamente me salvou...
Um roma...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Olho a geladeira procurando pelo queijo, mas tinha acabado, na verdade estava faltando muita coisa na geladeira e eu estava com um desejo enorme por chocolate e queijo. Acho que estou na fase da gravidez onde se tem desejos estranhos. Eu até podia deixar de lado, mas estava com muita vontade, então visto uma calça e um casaco moletom, mas não conseguia achar a chave do carro.
Enquanto procuro pela chave, vejo Oliver entrar pela porta, suas roupas estavam amaçadas e o cabelo dele uma bagunça.
— Já está um pouco tarde não acha? — comento irritada, enquanto procuro pelas chaves.
— Ah não enche! — a voz dele estava alterada, ele com certeza estava bêbado — onde vai?
— A mercearia, quero comer queijo com chocolate — desisto de procurar pela minha chave e pego a dele.
— Você e seus desejos estranhos — ele revira os olhos e tira a gravata jogando no chão — mas já que vai sair me traz uma caixa daquela cerveja que eu gosto.
— Acho que você já bebeu demais Oliver — comento arqueando a sobrancelha.
— POR QUE VOCÊ NÃO PARA DE ENCHER A PORRA DO MEU SACO E ME TRAZ A CERVEJA? — ele grita comigo e eu dou um pulo para trás me assustando.
Sai pela porta depois disso e fui até o carro, me seguro para não chorar, mas é inevitável, ainda mais com os hormônios a flor da pele.
Oliver costumava ser uma cara incrível, amoroso e sensível. Ele me fazia sentir como a mulher mais especial do mundo, porém alguns meses antes da gravidez ele começou a mudar, a ficar mais impaciente e menos carinhoso, pensei que com a gravidez ele voltaria a ser como antes, mas ele apenas ficou pior. Eu queria deixa-lo, mas tenho medo de fazer isso.
Limpo as lágrimas quando chego a mercearia, mas para o meu azar não tinha nenhuma vaga, até mesmo as preferenciais estavam ocupadas, então estaciono na rua de cima e vou andando até a mercearia.
— Em uma coisa seu pai está certo filha, você tem desejos estranhos — digo sorrindo acariciando minha barriga e pego o queijo, o chocolate e também mais algumas coisas que estavam faltando em casa. Pego também duas caixas da cerveja do Oliver para ele não me encher o saco depois. Se ele quer beber que morra bebendo então.
Vou para a fila do caixa e vejo dois homens altos com roupa preta e boné rondando a loja, eu nunca tinha visto eles antes e me pareciam bem estranhos, eles olhavam ao redor como se esperassem ser atacados. Acho que está vendo muita tv Elizabeth, já está começando a ficar paranóica.
Caminhei de volta até o carro e guardei as coisas no porta malas, então de repente sinto duas mãos me agarrando e tampando minha boca, eu não entendo o que está acontecendo, mas começo a me contorcer e gritar, mesmo que meu grito seja abafado pela mão do homem. Percebo então que eram os mesmo homens estranhos da mercearia e eu fico mais assustada, o que eles queriam comigo? Para onde estavam tentando me levar?
