O que você fez comigo?

O que faz aqui?

  Fiquei preocupada com Bucky, depois que anunciaram o tal de John Walker como Capitão América, ele tem agido um pouco estranho, ficado mais distante, às vezes pequenas coisas o estressavam, fiquei preocupada, pois ele estava mais fechado até mesmo comigo e piorava quando ele via uma entrevista do John, até que ele soube que Sam estaria na base militar próxima e decidiu ir "bater um papo" com ele, eu tentei convencê-lo do contrário, mas sabia que também seria inútil.

— Eu preciso ir — ele me beija na bochecha pegando sua mochila.

— Eu sei, e amor tenha uma mente aberta para conversar com ele, sei que está com raiva, mas brigar com ele não vai adiantar — digo acariciando a bochecha de Bucky.

— Eu sei — ele suspira se aproximando e colocando a mão na minha cintura.

— E me liga, e por favor não se meta em confusões!

— Prometo! — ele sorri e me dá um selinho demorado — eu te amo.

— Também te amo.

  Bucky saiu pela porta e confesso que meu coração ficou apertado, não sabia como essa história ia acabar, ele já não estava feliz que o Sam abdicou do escudo, mas agora que outra pessoa o tinha e pior um desconhecido foi a gota d'água. Tudo bem, tudo ia ficar bem, eu não precisava me preocupar. Respiro fundo e vejo que é hora de ir buscar a Aurora.

  Peguei as minhas chaves e a minha bolsa, não ia precisar passar no escritório, já que graças a conferência que fui na semana passada, agora tinha a semana de folga. Calço sapatos confortáveis, pois tive a ideia de ir no shopping depois com a Aurora, seria bom passarmos mais um tempo juntas, só mãe e filha.

  Quando cheguei na escola faltava 15 minutos para a aula dela acabar, então fico no aguardo, mas quando vejo o grupo de mães se aproximar começo a me arrepender de não ter esperado no carro, eu as chamo de "As Loucas".

  Como elas trabalham de dona de casa estão sempre fofocando das outras mães que não pertencem ao seu "clube", mas ser do clube não adianta de muito, já que elas falam mau umas das outras. Os maridos nunca veem buscar as crianças, pois de acordo com elas trabalham demais.

  Eu apenas conversava com elas em reuniões de pais, ou quando nossas filhas se encontravam, mas sabia que eu era o tópico de várias reuniões delas, uma das mães jovens me contou, eu não me importava, todas elas tinha cara de que não eram comidas pelo marido desde que engravidaram. Minha mãe sempre dizia que pessoas mau resolvidas tinha inveja das bem resolvidas, então me considero importante para ser tópico de suas reuniões.

  Por sorte as melhores amigas da Aurora eram do grupo de mães que gostavam de mim, "as Loucas" chamam a gente de "Mães Jovens" , mesmo elas dizendo com desdém, nós tomamos com elogio.

— Lizzie quanto tempo!

— Olá Cristal — respondo com um sorriso meio falso, Cristal era como uma Regina George, a abelha rainha.

— Quanto tempo, quase nunca a vemos.

— Sabe como é né, trabalho e essas coisas.

— Ah claro querida — ela me olha de cima a baixo — Deve estar ocupada, até mandou um estranho vir buscar sua filha não é mesmo? — as outras dão risadinha e eu reviro os olhos.

— Ele não é um estranho, é meu namorado se essa é a informação que procura para o seu grupinho de fofoca.

— Fofoca? Jamais querida, só ficamos preocupada com alguém desconhecido vindo buscar a doce a Aurora, até consideramos que ele era o pai dela que havia sido dizimado.

— Não, ele não é o pai dela, como falei ele é meu namorado.

— Ah sim, é que eu acho muito preocupante colocar um homem assim na sua vida sabe? E ter tanto contato com a sua filha, imagina se vocês terminam e a criança se apega — ela realmente estava jogando praga no meu relacionamento com o Bucky? Meu Deus essa mulher é insuportável.