Um mundo, um povo

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Pov Lizze.

  Chegando na reunião do CRG fomos direcionados á uma sala grande, onde havia uma mesa redonda posicionada e tomamos nossos lugares por fora do círculo, nós não daríamos opniões, estávamos ali apenas para escutar e receber documentos assinados, mas era um pouco difícil não querer dar uma opinião quando a vida de milhares de refugiados estavam em jogo.

  A partir das 18h todos os representantes foram para os seus devidos lugares e não demorou muito para a reunião iniciar, junto com um debate sobre como iria proceder a situação. Honestamente alguns argumentos eram totalmente estúpidos, especialmente vindo daqueles que foram dizimados.

  Quando metade da população desapareceu, parte do primeiro ano foi de puro caos em todas as áreas, a economia estava na pior, o PIB mundial mais baixo que nunca isso sem contar em países onde seus governantes foram dizimados, ou em aqueles onde o número da população dizimada foi muito maior que outro. Eles precisavam de mais pessoas em seus países, o mundo abriu suas portas e por 5 anos fomos um só. Percebi agora que pelo o que Bucky me contou essa é a ideologia da Karli, mas honestamente a menina não está errada nesse sentido, apenas suas ações que não são as mais apropriadas, mas também não a julgo, num mundo onde o governo não ouve a população, às vezes é necessário medidas drásticas e é o que a Karli está fazendo.

— Olha as pessoas de bem vão aceitar isso, eles sempre aceitam — saio dos meus devaneios e escuto o governador falar e os outros rebatem de volta — Será que precisamos mesmo votar? Existem tropas nos locais, eu posso fazer uma ligação e retirar os refugiados agora.

— Não podemos tratá-los como gatos — a senadora rebate.

— E também não temos recursos o suficiente nos campos de aceitamento — disse outra senadora.

  A discussão continua, até que de repente todas as luzes se apagam e fica tudo escuro, provavelmente a energia foi cortada, já que foi ligada a energia reserva.

Pov Bucky.

                         Notícias Urgentes
Houve um confinamento na região do CRG em Manhattan onde as autoridades detectaram ameaças de grupos para impedir a votação do CRG sobre o reassentamento global. A zona está interditada aos voos e a polícia cercou a área. Todos precisam ficar longe.

  Após voltar de Delacroix eu deixei minhas coisas em casa e me troquei, ia ligar para Lizzie antes de sair, mas ela provavelmente ainda estava na tal reunião que ela falou, então achei melhor não incomodar, apenas deixei uma mensagem informando que havia chegado.

  Depois de vestido e equipado peguei meu casaco e sai de casa, já que teria que pegar o ônibus até Manhattan o que demoraria mais ou menos um hora até chegar lá, pois é quem vê o heroismo não vê corre. 

  Talvez pela minha ansiedade a viagem parecia demorar mais que uma hora, mas finalmente cheguei no centro de Manhattan que estava lotado como sempre.

— Estou quase lá — ouvi Sam pelo rádio, enquanto eu chegava mais perto do prédio e uma multidão se formava em volta e a polícia tentava afastá-los.

— Qual o plano? — pergunto para ele.

— Karli deve estar perto. Fique atento.

— Pode ser qualquer um — digo indo a frente e os federais me dão espaço para passar.

— E a propósito, eu chamei um reforço — Sam me diz e eu fico imaginando quem.

— Com licença senhor, o senhor pode ficar aqui? — uma voz masculina pergunta e eu me viro pra ver quem era, até que a pessoa tira a máscara — relaxa sou eu.

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