Capítulo XXIII

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Mesmo que Harry estivesse triste com a partida de Luna, ela iria para Hogwarts como um dos poucos seres não-luz que ele conheceu. Mas, novamente, a única coisa que era diferente sobre ela era o fato de que às vezes parecia um pouco sonhadora, ou gerava coisas que não faziam sentido algum.

Afinal, ela havia ativado o sangue de vidente que estava se tornando conhecido, apenas um pouco agora que ela não havia atingido sua maturidade, mas ainda assim, pessoas que soubessem o que procurar seriam capazes de adivinhar o que ela seria capaz de fazer quando ela completou 17 anos.

Ele temia que ela tivesse uma existência muito solitária em Hogwarts, o que foi algo que a própria Luna disse a ele, ela estava ciente, mas dessa forma, eles tinham ouvidos na escola que não tinham antes. Mesmo com Lucius como governador, não era a mesma coisa que ter um filho que foi para a escola lá dando a eles as informações privilegiadas de que precisavam para manter o controle da guerra.

Havia crianças Comensais da Morte dentro do castelo, mas Tom não queria que nenhum deles, que ainda estava perdido na inocência da juventude, soubesse o que estava acontecendo nos bastidores. Além disso, ainda havia a ameaça extra de um deles derramar esse segredo em particular para Dumbledore, mesmo sem querer, tornando todo o seu planejamento discutível.

Luna, por outro lado, nunca seria notada por Dumbledore, já que ela seria vista apenas como uma garota um tanto simplória. O homem nunca saberia como uma vidente se comportava, nem pensaria que alguém como ela saberia o que realmente estava acontecendo com a guerra. Acrescente a isso, que como uma vidente, ela tinha um escudo de oclumência natural, já que as pessoas normais não podiam compreender o que se passava em sua mente.

Em especial, Tom perguntou à garota se ela realmente queria fazer isso, já que ele normalmente não usava crianças para fazer nada por ele. Harry era um caso especial porque já estava fazendo muito por eles, mesmo quando era pouco mais do que um espectro, e soube depois de conhecer o herdeiro Potter que gostava de ajudar os outros, o que é claro que não era algo eles queriam parar.

Mas Luna, nem Xenophillius, tinha qualquer vínculo com qualquer um deles, exceto sua amizade com Harry. Mas nem mesmo o pai dela se importou se ela quisesse fazer isso, já que ele também estava cansado da maneira como Dumbledore tentava controlar as coisas.

Luna apenas sorriu para o Lorde das Trevas e disse a ele que ela tinha certeza que ele iria vencer, e que ela queria contribuir para isso, contribuindo para fazer o mundo em que viviam como deveria ser. Sem todo o dogma, discriminação e rasismo absoluto que havia sido provocado pelas próprias pessoas que se autodenominavam o Lado da Luz, pelo único fato de que não queriam acreditar que a magia em suas veias vinha de criaturas mágicas ansestores.

Não existia um humano mágico, muito menos, ter filhos com trouxas não gerava um filho mágico. Os únicos chamados nascidos trouxas eram filhos de duas pessoas que tinham ancestrais mágicos, mas não eram mágicos.

Mas é claro que tal coisa não combinava com um corpo governante que queria se fundir com os trouxas ao invés de manter a comunidade mágica separada. E para fazer tal coisa tudo que era assustador para os nascidos trouxas e trouxas tinha que ir, incluindo seus dias sagrados, seus primos que não eram humanóides e tudo (que era muito) que ia contra a religião trouxa (que em si era risível como foram crenças trouxas que trouxeram os julgamentos das bruxas).

Luna também disse a eles que enquanto Dumbledore e sua laia queriam matar tudo que eles percebiam como das trevas, isso matou toda a comunidade mágica com o tempo. Eles, como no chamado Lado das Trevas, só queriam que Dumbledore e seus extremistas fossem embora
Eles não queriam matar famílias inteiras ou mesmo todo o lado da luz, eles queriam lutar pela sobrevivência da magia, bem como pela sobrevivência de sua raça como um todo, ao invés de apenas manter aqueles que se encaixam em sua imagem. Eles sabiam muito bem que deveria haver diversidade para ser capaz de continuar existindo, o que era algo que Dumbledore gostava de fingir que não existia.

The Innkeeper • TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora