Sayuri

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Sakura Haruno-

- Com meu jutsu eu po...

Senti ser empurrada pelo Nara, mesmo com o impulso tive que desviar de algumas pedras que caíam sobre mim.

..." Mas o que aconteceu aqui? "...

Observei os destroços que interditaram o caminho entre Shikamaru e eu. Pensei em socar aquela parede de pedras, mas ao observar bem a estrutura da caverna, um soco seria o suficiente pra muita coisa desmoronar. Meus companheiros ainda estavam lá, não podia correr o risco de machuca-los ou soterra-los, mesmo que sejam shinobis incríveis preferi evitar aquilo. Procuraria a moda antiga.
Respirei fundo e repensei. Talvez tentar aquele jutsu ao qual pensei em utilizar.

Me aproximei da parede e coloquei a mão sobre a superfície gelada, deixando o chacra fluir. Mas o pior aconteceu e não funcionou, assim que o chacra era liberado eu perdia o senso sobre ele, não podia localizá-lo, saber por onde percorria.
Ao que parecia, a caverna tinha um jutsu o qual anula completamente o sentido que temos para detectar chacra. Nenhuma assinatura, nada.

Tomei fôlego e comecei a caminhar, uma hora vou encontrar alguma coisa, ou alguém.

...

Provavelmente se passou poucos minutos, mas a sensação que eu tinha é que estava há horas perdida nesse túneis sem fim. O mesmo esquema, as mesmas paredes úmidas, tudo é igual não importa a direção que eu pegue. Sentia que estava andando em círculos, aquilo já estava me consumindo. A minha vontade naquele momento, era socar parede por parede até estar fora daquele maldito labirinto.

- Droga - encostei em uma das paredes deslizando até o chão. - Mil vezes droga! - passei as costas da mão em minha testa, secando o suor que escorria ali. E mais uma vez respirei fundo.

Não ficaria sentada ali, tomei o máximo de fôlego que pude e me coloquei de pé. Observei os caminhos disponíveis para mim, direita e esquerda. Resolvi tentar mapear mentalmente o caminho que percorri até agora.

- Perdida Sakura? - uma voz doce e profunda surgiu ao meu lado, me fazendo dar um pulo no mesmo lugar.

Assim que meus olhos pousaram sobre a figura parada ali, a única reação que tive foi me afastar. Uma mulher muito bonita, mas não parecia estar realmente ali. Um espírito?

- Quem é você? Como sabe o meu nome? - Perguntei dando alguns passos para trás.

- Ora - a figura deu uma longa risada confortante. - Como não conheceria aqueles que permito entrar em minha caverna?

- Sua caverna? - Aliviei minha postura. - Sayuri? - Dei um passo a frente observando bem aquela que sorria para mim.

- Essa sou eu - ela respondeu assentindo.

- Mas como? Você é um espírito? - Parei a pouco centímetros da mulher. Talvez estivesse louca e imaginando coisas, estava há horas andando naquele labirinto, minha sanidade devia ter ficado há uns dez corredores atrás.

- Eu selei meu próprio espírito junto da caverna, para que quando morresse parte da minha alma ficasse aqui, até que meu objetivo seja cumprido.

Com certeza estava louca, muito louca.

- Está perdida criança? - Ela se inclinou me encarando nos olhos.

- E-eu.. - Aquele olhar desconcertante fazia eu me esquecer de como falar. Tomei fôlego e retomei a postura. - Sayuri, poderia me levar até meus amigos, se você é o que diz ser, creio que pode encontrá-los na caverna

- Oh, sim - ela girou no mesmo lugar, parecia em dúvida em seguir a direita ao esquerda. - Mas quais deles? Estão em dois grupos separados - ela encarava os dois túneis esperando minha resposta.

Eu estarei lá- ShikasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora