𝐎𝐍𝐃𝐄 Brianna Costello sonha em ser uma lutadora profissional treinada por seu pai.
ou
𝐎𝐍𝐃𝐄 Vinnie Hacker sente-se atraído pela filha do seu treinador.
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Concentração é algo que requer anos de prática. E estar concentrada no treino depois do que (quase) aconteceu entre meu pai e Charles é difícil. Eu nunca tentei bancar a heroína ou a detetive, mas sempre insisti para que meu pai revelasse a verdadeira causa da morte da minha mãe. E ele sempre vem com a velha história de que ela simplesmente teve um infarto do dia para a noite. O que seria completamente falacioso se não fosse o que está registrado na certidão de óbito. Talvez a minha hora de ser a detetive da história tenha chegado. Venho acumulando essa raiva pela dúvida há anos e preciso saber porquê meu pai já mencionou várias vezes ao telefone o nome de minha mãe e Charles em uma mesma sentença. É tudo muito mal contado! Andrew e eu já conversamos sobre isso, mas meu irmão prefere ser o favorito do meu pai e não confrontá-lo. Eu sempre fui mais cabeça-quente, impulsiva. E confrontar meu pai sobre esse assunto é o que venho fazendo desde então.
— Se mexam! — a voz gritada de meu pai me tira do transe e me obriga a parar com os socos no saco de pancadas. — O último dia fácil foi ontem!
Típica frase de Brian Costello.
A verdade é que nenhum dia é ou foi fácil para mim desde que minha mãe morreu. Tento canalizar minhas frustrações e forças no muay thai e nos meus estudos para a faculdade. Mas as vezes lembro da minha mãe e penso: O que ela me diria em momentos de incertezas?
— Eu quero que façam 50 abdominais em duplas. — meu pai volta a falar e escuto um coro de alunos reclamando. — E quem reclamar vai fazer cem! Se vocês querem moleza bebam água.
Deito meu corpo no tatame e quando acho que meu irmão vai fazer o exercício comigo, o vejo ao segurando os pés de William, um dos alunos. Suspiro e resolvo começar a fazer sozinha, como sempre me sinto, mas sou interrompida.
— Posso fazer com você?
Olho para cima e encontro Vinnie em pé e sem camisa. Eu adoraria evitar porque sou tímida, mas passo os olhos pelo seu corpo e gosto do que vejo. Várias tatuagens, um abdômen definido e um peitoral que dá até vontade de passar as unhas.
— Claro! — volto à minha realidade e encaro seu rosto. — Gostei da tatuagem. — aponto para um desenho de aranha bem no meio do seu peitoral.
Ele ri e coloca a mão sobre o desenho.
— Obrigado. — diz. — Você gosta de tatuagens?
Antes de eu responder sinto as mãos dele sobre meus joelhos dobrados, me ajudando nos abdominais. De tantos anos praticando aprendi a controlar a respiração enquanto me exercito e falo.
— Acho interessantes. — respondo. — Não tenho muitas, mas pretendo fazer outras um dia.
— O que você tem?
— Umas frases interessante em lugares interessantes... — sorrio.
Ele engole em seco e retribui o sorriso, parecendo entender onde fica minha tatuagem. Será que ele está imaginando? O que ele está pensando? Como seu corpo está reagindo?