• vinte e nove •

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Brianna Costello

Estar na França quase que por obrigação nunca esteve nos meus planos

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Estar na França quase que por obrigação nunca esteve nos meus planos. Eu queria uma viagem tranquila, na qual eu não precisaria ficar me preocupando com coisas ou alguém que deixei em outro país. Durante a minha estadia em Paris, mandei mensagens para meu pai todos os dias, sempre perguntando como ele se sentia. Suas respostas variavam entre "estou com saudades" e "sinto um cansaço enorme". Por vários dias, Vinnie tentou me tranquilizar dizendo que meu pai não gostaria de me ver preocupada e que eu aproveitasse cada canto da Cidade Luz.

Não consigo aproveitar muita coisa quando sinto que minha mente está em outro lugar. Vinnie e eu visitávamos diversos pontos turísticos de Paris, sempre tentando aprender um pouco mais da História. Neste momento, estamos em frente à Monalisa, de Leonardo da Vinci, no Museu do Louvre. A movimentação é imensa e algumas pessoas até se empurram para ver melhor a obra. Sempre imaginei que o quadro fosse enorme, mas não ocupa nem metade de uma porta. Ver uma obra artística desse nível tão de perto é como visitar a Itália Renascentista. Tiro algumas fotos para mandar ao meu pai e imagino a felicidade que ele sentiria se estivesse em meu lugar.

Vinnie e eu caminhamos mais um pouco pela cidade até chegarmos à Torre Eiffel.

— Com toda essa vista, parece até que estamos em um filme romântico europeu. — comenta o loiro, me arrancando alguns sorrisos.

Por mais que eu não seja uma romântica incurável, não posso negar que a ideia de ser pedida em casamento em frente à Torre Eiffel parece muito tentadora. Não que eu pense me casar algum dia. Até porque tenho planos para minha vida profissional antes de juntar as escovas de dentes com alguém. Mas o cinema me ajudou a criar uma imagem romântica de Paris, com seus belos filmes nos quais a mocinha sempre é pedida em casamento em um lugar conhecido.

— Eu não me importaria de viver um romance clichê com você. — confesso.

Vinnie me olha sorridente e pede a uma senhora que passeia com seu cachorro que tire uma foto nossa em frente àquele belo monumento. Ficamos de frente um para o outro e meu namorado me abraça pela cintura, aproximando nossos rostos e beijando meus lábios de forma delicada. A mulher devolve o celular de Vinnie e agradecemos sua disposição.

— Deveria pedir essa mocinha em casamento. — diz ela, olhando para o loiro e em seguida para mim. — Ou você deveria pedi-lo.

— Pode deixar. — diz Vinnie, dando uma risada. — Quando isso acontecer a senhora vai ser a primeira a saber.

A mulher ri e se despede de nós, voltando a passear com seu cachorro.

Quando? — indago, sentindo um leve nervosismo tomar conta de mim.

— Quando estamos em um relacionamento sério com outra pessoa, nunca devemos pensar no fim desse amor, não acha? — pergunta o loiro, acariciando meu rosto.

𝐟𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐦𝐞 | 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 Onde histórias criam vida. Descubra agora