• treze •

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Brianna Costello

Vinnie me ajuda a entrar em seu carro

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Vinnie me ajuda a entrar em seu carro. Me sinto em estado de choque por conta daquele sonho maldito. O loiro senta ao meu lado, mas não diz nada. Apenas segura minhas mãos e as acaricia, tentando me passar alguma segurança. Em seguida, ele aperta minha coxa nua por conta do vestido que estou usando.

— Era ele, Vinnie. — começo a chorar.

— Ele quem? — pergunta o loiro.

— Charles. — respondo e escondo meu rosto entre as mãos. — Era ele no meu sonho. Ele fez alguma coisa com a minha mãe.

Vincent não fala nada, mas me puxa para seus braços e me abraça carinhosamente. Me sinto à vontade para desabafar com ele. Seus braços me aquecem, mesmo em uma noite quente de verão, e me trazem conforto.

— Eu estou aqui. — diz ele, baixinho e afagando meus cabelos. — Eu vou te ajudar, Brie.

Olho para o loiro, mais uma vez tentando encontrar algum sinal de mentira em seu olhar. Mas é em vão. Ele parece realmente querer me ajudar.

Mas será que eu quero ajuda?

— Só me leve para outro lugar, por favor. — peço.

Vinnie segura meu rosto e passa os dedos sobre minhas bochechas, limpando minhas lágrimas. Ele deposita um beijo delicado em minha testa e acelera o carro. Durante o caminho, me pergunto se aquele sonho foi alguma visão ou coisa do tipo. Nunca fui de acreditar em coisas sobrenaturais, mas foi tão real que é impossível não descartar essa possibilidade.

Conforme as ruas pelas quais passamos, percebo que Vinnie me leva até a Khao. Mesmo sendo apenas uma academia de muay thai, me sinto acolhida lá. É como se fosse minha segunda casa. Meu pai fez e ainda faz de tudo para manter esse lugar. Seu esforço é admirável. Eu até ligaria para ele agora, mas não quero preocupá-lo.

Vinnie estaciona seu carro em frente à Khao e logo me ajuda a descer. Enrolo meu braço ao dele como se a qualquer momento eu pudesse perder o equilíbrio das minhas pernas e somente ele pudesse me ajudar a levantar. Abro as portas com as chaves que sempre carrego e Vinnie e eu vamos em direção ao tatame. Nos deitamos lado a lado e ficamos encarando o teto.

— Me desculpe por ter te ligado a essa hora. — comento.

— Eu disse que qualquer coisa que você precisasse poderia me ligar. — ele sorri. — Não importa a hora.

— É um turbilhão de sensações e emoções... — suspiro. — E agora esse sonho estranho. É como se alguém estivesse brincando com a minha cabeça. Você sabe o que é ser desfeito?

Vinnie me olha de lado e olha fundo em meus olhos.

— Sei... — ele respira fundo. — Já sonhei várias vezes com o meu pai desde que ele abandonou a nossa família. Não sei se eu conseguiria me dar bem com ele. Há anos que não o vejo. Nem sei como ele tá hoje em dia... Ele nunca procurou Reggie e eu. É como se ele tivesse desfeito toda a nossa relação que eu achava que tínhamos.

𝐟𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐦𝐞 | 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 Onde histórias criam vida. Descubra agora