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Brianna Costello

Brianna Costello

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Minha cabeça dói. Sinto meus olhos inchados e ardidos. Típico de quem acabou de chorar. Quando saio do banheiro, todos os olhares estão sobre mim e isso me irrita de alguma forma. Mas consigo me controlar e vou até um banco me sentar para comer. Na adrenalina de tudo esqueci que tinha comprado um sanduíche e uma água. Mas agora era minha fome em primeiro lugar.

Estou sentada comendo tranquila quando meu pai se aproxima. Ele não diz nada, apenas me abraça e isso é o suficiente para eu me sentir acolhida. Receber amor e carinho nesses momentos é a melhor solução.

— Quando eu estava indo lá fora ver o que tinha acontecido, os caras já haviam ido embora. — comenta meu pai, acariciando meus cabelos.

— Scarlett falou comigo de um jeito estranho. — suspiro. — Parecia que ela sabia de algo que Charles fez.

— Se foi ele quem mandou os caras te atacarem deixe que eu resolvo isso, Brie.

— Eu só não quero mais ter essas crises, pai. — não posso chorar agora, porra!

— Você e seu irmão são os meus bens mais preciosos. — ele me abraça. — Eu sempre vou estar aqui por vocês.

Em silêncio, fico abraçada a meu pai por mais alguns minutos, apenas desfrutando do seu carinho e pensando no quanto eu quero — e preciso — ser forte. Vejo meu pai se levantar com dificuldade e até penso que é por ele estar envelhecendo. Mas nunca o vi tão cansado como agora.

— Você está bem, pai? — pergunto. — Parece cansado.

— É só estresse, filha. — responde ele, com uma voz falha. — Ser dono de uma academia de muay thai é cansativo.

Ele vai em direção aos outros alunos e me levanto, pronta para voltar aos treinos. Preciso ocupar minha cabeça com a preparação para o Monsters, isso vai me ajudar. Me aproximo de Andrew, que me abraça de lado e deixa um beijo no topo da minha cabeça.

— Eu dou um jeito de driblar o pai hoje para você e Vinnie treinarem sozinhos aqui. — diz meu irmão, me arrancando um sorriso enorme.

— Se o pai descobrir ele vai infartar. — comento, rindo baixo. — Obrigada!

— Se controlem, vocês dois.

— Não, eu vou transar com ele igual a uma vadia louca. — ironizo, fazendo Andy rir.

Conforme as horas vão passando, alguns alunos vão indo embora. Vejo Vinnie em um canto tirando suas luvas e pisco para ele como se o avisasse que logo ficaremos a sós na academia e que ele deve me seguir no momento. Vou para perto de uma escada e me escondo ali embaixo. Vinnie surge em minha frente, quase fazendo muito barulho.

— Por que estamos nos escondendo? — pergunta ele.

— Esqueceu que meu irmão ia dar um jeito de nos deixar aqui sem que meu pai saiba? — respondo.

𝐟𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐦𝐞 | 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 Onde histórias criam vida. Descubra agora