Destinos cruzados: vôo 8.552

Capítulo 29

Sinto meu sangue esquentar e não sei se é por conta do álcool, da adrenalina de tudo o que eu ouvi ou do que eu também sinto por ele, mas em um impulso eu levanto da cama e puxo o mesmo pulando em seu colo iniciar um beijo apaixonado, necessário, ele coloca suas mãos em minhas coxas e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura, passo meus dedos em seus cabelos e continuo o beijando, ele anda lentamente até a minha cama e me deita na mesma ficando em cima de mim, sorrio no meio beijo e ele me puxa para mais perto, sinto um calor subir por todo meu corpo e me ajeito na cama, sinto suas mãos percorrerem pela minha cintura até chegar na minha coxa, ele dá um leve aperto e sorrio entre o beijo, ele começa a subir meu vestido com cuidado e eu ergo um pouco a cintura para o ajudar, ouço passos no corredor e me assusto,o Adam pula para o lado e eu me levanto correndo ajeitando o vestido, ouço a porta de um dos quartos bater e arqueio a sobrancelha estranhando.

-Eu ... Eu preciso ver o que está acontecendo - Olho para o Adam que assente com um sorriso tímido - Mas pode ficar se quiser, eu já volto!

Saio do quarto discretamente, bato na porta do quarto de hospedes e abro, ninguém, bato na porta do quarto do meu pai e abro devagar, vejo o mesmo sentado na cama de cabeça baixa e Anne ao lado dele abaixada falando algo, tento sair discretamente , mas ela me vê e me chama com a mão.

-O que aconteceu? Eu ouvi lá do meu quarto você bater à porta e assustei!

-Desculpa querida, achei que estava lá embaixo com os outros jovens - Okay, ele já está muito bêbado - Vai descansar, eu estou bem - Ele diz quase gritando e eu saio sem pensar duas vezes, é estranho ver meu pai assim e bêbado.

Suspiro e ando até meu quarto cabisbaixa, entro e vejo o Adam parado em frente ao mural de fotos na parede do meu quarto e sorrio fraco, encosto a porta e me aproximo dele o assustando, ele se vira rindo com a mão no peito e eu caio no chão dando risada.

-Descobriu o que era? - Nego com a cabeça, o melhor agora é deixar para lá meu pai bêbado - Deve ter sido o vento ou algo assim - Dou de ombros e ele me abraça - Uma bebida tá batendo - Ele dá risada.

-Em mim também, na verdade, já volto - Ando até o closet, entro no mesmo e pego um pijama de calor, me troco e volto - Bom, você não pode dormir aqui a noite toda, mas pode ficar aqui mais um pouco se quiser - Sorrio fraco e ele tira o sapato se jogando na cama, ando até a cama e me deito ao seu lado, ele me puxa me aconchegando em um abraço e de repente tudo fica em um grande silêncio.

Acordo assustado e me viro sentindo a cama vazia, respiro aliviada e ao mesmo tempo triste por não ter pedido um tchau, me ajeito na cama e olho o horário no relógio digital vendo que já são dez da manhã, me sento na cama sentindo que a qualquer minuto minha cabeça vai sair do lugar, coloco minha pantufa e vou em direção a porta do quarto, saio do quarto e desço lentamente até a cozinha a procura de algum analgésico, vejo as moças que a Matil contratou para limpar a casa em todo vapor e cumprimento elas com bom dia, pego um comprimido para dor de cabeça e um copo com água e tomo, subo novamente para o quarto e me deito, me viro para o lado e pego meu celular, abro nas mensagens e sorrio vendo a mensagem que o Adam mandou.

"Ei, desculpa não me despedir, mas você estava dormindo tão profundamente que não soube como te acordar, espero que não tenha achado que mudei de ideia ou algo assim, só quis garantir que ninguém acordasse e nos visse dormindo juntos, feliz natal, te ligo mais tarde "

-Cecília, está me ouvindo? - Abaixo o celular e vejo minha mãe parada na porta do quarto com os braços cruzados.

-Desculpa, o que disse?

-Eu e seu pai queremos conversar com você lá embaixo, pode descer? - Assinto e me levanto pondo minha pantufa. 

*Cap. NÃO revisado