CAPÍTULO 30
Ter calma? Isso é o que mais tenho uma hora dessas! Molhada. Estressada. Ansiosa. E outros adjetivos que existem de pior no mundo. Simplesmente, travei. Parei do lado de fora, em frente a porta olhando a Estela revirar os olhos e me olhar dos pés à cabeça.
- Você não vai entrar?
Ela pergunta. Sussurra, acho. Minhas mãos começam a suar, minhas borboletas fazem uma festa no meu estômago.
- Sim, o que veio fazer?
- O que você acha?
Entro, e lá esta ele, sentado no sofá e de cara fechada. A barba parece estar mais cheia, os olhos caídos e talvez precisando de algum conforto. Levanta assim que me ver e enterra as mãos dentro do casaco.
- Eu..eu tenho que tirar essas roupas molhadas, será que você poderia esperar mais um pouco?
Ele assente e volta a se sentar no sofá. Apenas isso! Oh céus!
Tomo um banho e seco meu cabelo o mais rápido possível, talvez ele já esteja me esperando a muito tempo.
- O que aconteceu? - minha amiga pergunta logo assim que coloco a roupa.
- Muitas coisas, Estela. Você nem imagina.
- Hum..não vai me contar?
- Vou, só que agora tem outra pessoa me esperando. Depois conversamos.
- Se minha ansiedade não me matar antes.
- Tá, agora me deixa conversar com ele logo.
***********
- Então..Desculpa por te fazer esperar. - digo.
- Sem problemas. - ele diz sério.
Assinto
- Você veio me dizer alguma coisa, talvez eu possa explicar tudo outra vez se você achar necessário.
- Não. Eu entendi escutando só uma vez.
Me sento no outro sofá a sua frente, minhas pernas tremiam muito.
- Tudo bem.
- Eu acho que te devo desculpas. Eu fui falar com ela, precisava saber se realmente era verdade e, me precipitei em achar que você fosse a mentirosa.
Meu coração dispara só em pensar que ela já sabe.
- Você só acreditou quando escutou a versão dela. - digo frustrada - Tudo bem, pelo menos você acreditou.
- Ela me disse muita coisa, muita coisa que se você escutar pode te machucar.
- Eu não ligo, ela já me disse pessoalmente. - ele faz uma cara de que me compreende, e isso é bom. Acho que o Caio que eu conheci esta voltando. - Só tenho medo que ela faça algum mal a mim ou a outras pessoas próximas. Eu não te disse, mas talvez ela tenha tramado o acidente do meu pai.
- Não seria novidade, Mellanie.
Nos encaramos em silêncio e tudo pareceu ainda mais confuso. Ele não é meu irmão, não pode ser.
- Ainda é estranho pra mim pensar em você como irmã.
- Pra mim também.
- Queria te propor fazer um exame de DNA, assim tiraremos a dúvida do que realmente é mentira ou real. Porque sinceramente, não me conheço mais. - ele diz, sorrio para ele. Queria beija-lo.
- Verdade, quero sim fazer.
Ele levanta e pede que eu levante também, pega minha mão ainda sério.
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Nossa Historia De Amor
RomanceA vida nem sempre foi fácil para Mellanie, desde pequena passou por diversas coisas, responsabilidade é seu sobrenome. Cuidar da mãe doente e trabalhar aos 18 anos, não restava tempo para se divertir. Foi quando tudo ocorreu de repente, conheceu Cai...