Nossa Historia De Amor

Ela realmente é minha mãe?~28

CAPÍTULO 28 - Caio

    Entro no elevador, ainda no prédio da Mell, e minha cabeça não para de zumbir. Foi isso mesmo que escutei?

       Ao mesmo tempo que dentro de mim diz que a Mellanie é uma mentirosa e falsa, outra parte diz pra acreditar nela, porque todo mundo acreditou, porque eu conheço ela - ou não - , porque ela me parece estar falando a verdade. Mas a verdade seria ser minha irmã. E isso não é bom.

      Me olho no espelho do elevador e vejo a Augusta gritando com ela, vejo a Augusta com muita raiva dela por ela ter respondido-a. Por ela ser parecida de algum modo com ela. E a dúvida surge novamente. E só posso acabar com essa dúvida fazendo uma coisa. Falando com a Augusta.

Paro o carro em frente a mansão, que foi construída com o esforço do meu pai, que trabalhou sempre para me dá do bom e do melhor. A cor sempre a mesma: branca. A frente da casa decorada de forma harmoniosa com os capins bem cuidados e flores vermelhas tão lindas que mais parece artificiais. Nada mudou desde que fui embora daqui.

      Entro pelos fundo e logo chego na cozinha, a cozinheira que já me conhece sorri e me diz que a Augusta esta no escritório e que infelizmente não quer que a perturbe. Ótimo, amo seu mau humor.

      Eu nunca soube o que tanto ela fazia naquele escritório, na minha adolescência toda ela se trancava lá dentro e não saía de jeito nenhum, chorava dia e noite por não ter toda atenção para mim. Mas agora, sei que a atenção dela não vale a pena.

Entro no seu escritório depois de não ter batido antes de entrar, ela odeia isso.

- O quê...Caio? - ela pergunta.

- Como pode ver...

- Veio visitar a mamãe? - ela diz sorrindo enquanto digita no notebook.

- Não, vim esclarecer algumas coisas.
    Ela levanta os olhos e eu me sento na cadeira a frente da sua mesa.

- Depois que deixou a barba crescer parece mais sério. - diz sorrindo. - Parece que não vi você crescer.

- Parece que você também não viu o crescimento da sua filha.

     Ela para de sorrir na hora. Me encara com as sobrancelhas curvadas.

- Do que você esta falando, Caio? Não me venha com conversinhas, estou trabalhando e de péssimo humor pra falar sobre invenções suas. - ela eleva a voz.

- Então por que não me explica?

- Se você quer minha atenção, pronto, já teve. - ela diz jogando dinheiro na minha direção, na adolescência isso bastaria, mas agora, não mais.

- Eu não quero seu dinheiro mentiroso. Quero que me responda sobre seu caso com o Herval, sobre como escondeu a gravidez do meu pai e em como teve coragem de querer jogar a criança em uma cassamba de lixo.

      Jogo tudo na cara dela e, talvez tudo esta fazendo sentido agora.

- De onde você tirou essas mentiras, Caio?

- De la mesmo que você esta pensando, da Mellanie, a sua filha. Eu já sei de tudo, Augusta, pode contar.

- Aquela mentirosa! - ela levanta furiosa - Você acredita nela depois de tudo que ela nos fez? Eu devia ter denunciado ela, a esta altura estaria presa.

- O que vai fazer agora, vai quebrar o quê?

- Vou quebrar a cara dela! - ela grita - Aquela intrometida, teimosa e mentirosa.

- Você esta falando dela, ou de você?

      Ela me encara e se aproxima.

- Estou falando da verdadeira Mellanie que você não conhece.

- Então é verdade, não é?

     Ela me encara calada, os olhos esverdeados cheios de raiva, os olhos verdes iguais os da Mell. Meu coração dispara, eu tinha uma esperança de que tudo fosse uma mentira, mas agora, tudo se volta para a verdade. Então tudo que a Mellanie falou pode ser sim verdade.

- O que foi que aquela garota colocou na sua cabeça, meu filho? - ela pergunta colocando a mão no meu rosto.

- Você bateu mesmo nela? Tramou contra ela através daquele vídeo só pra nos separar? Foi por isso que não denunciou ela, não foi? Por quê não me conta a verdade? - tiro sua mão do meu rosto, eu não tô acreditando que tudo que falei para a Mell, era pra ser pra minha própria mãe.

- Eu não vou contar a verdade. Você já sabe. - ela diz com raiva - Fiz para seu bem, a Mellanie infelizmente é a criança indesejada que gerei por nove meses na minha barriga. Ela é resultado de um adultério, um feto sem nome que NÃO é minha filha, eu apenas gerei. - ela grita chorando. - E você é meu filho amado que não podia se aproximar da sua própria irmã.

    Sinto minhas lágrimas cair, essa história esta muito mal contada. A Augusta é falsa, isso não pode ser real.

- Isso não é real.

- É sim - ela ri - Se afaste dela.

- Eu vou fazer um teste de DNA.

- Não precisa, eu já disse a verdade. - ela se altera outra vez.

- Não acredito na sua verdade. Você me enganou, humilhou sua própria filha como uma ladra, bateu nela e a ameaçou com uma arma na cabeça. Nada que venha de você é verdadeiro. - dou as costas e abro a porta, antes de sair, viro. - Ainda bem que a Mell encontrou alguém que a educasse e a amasse, já eu não tive essa sorte. - ela fica séria e derrama lágrimas - falsas.

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Gente mil perdões por ter atrasado o capítulo,eu disse que postaria duas vezes por semana,mas parece que os deuses estão conspirando contra mim,sério. Tive um problema com minha inspiração ( zero),e quando minha falta de inspiração se foi,consigui escrever. Daí fui toda contente publicar e.... o wattpad fez o pior favor do mundo simplismente apagou metade do capítulo então tive que reescrever. Desculpa pela demora,gente.

Até o próximo capítulo,Beijos.

Augusta é uma cobra gente eu sei!!

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