Problemas e mais problemas.Cap~04

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- Mellanie, o café esta frio. - grita Augusta acompanhada de seu mal humor matinal.

      Não suporto mais aquela mulher gritando e reclamando de tudo e de todos ao seu redor. A Augusta ultimamente está muito estranha comigo, reclama de tudo que eu coloco a mão.

- Já estou indo. - falo andando para a mesa em que se encontravam o Caio, a Clara, e a Augusta.

- Dona Augusta o café está otimo, e ao contrário, está quentissimo. -A Clara me defende, e eu comemoro mentalmente.

- Então só o seu está assim!

- O meu também está otimo! - O Caio diz, e ela arregala os olhos com surpresa.

- Você está defendendo essa ai?! Pelo amor de Deus, Caio meu filho, não ver que ela está querendo apenas a atenção de vocês? Está apenas tentando pegar confiaça de todos, e depois dar o golpe pegar todo o dinheiro que restamos. Essa ai já é experiente e só se faz de moçinha para ter todos na palma de sua mão.

      NÃO ACREDITO! Agora ela passou de todos os limites. Porque ela disse isso? Eu juro que não sei o problema dela.

- Eu não adimito que a senhora fale assim, dessa forma comigo. Eu te respeito, e dessa mesma forma também quero respeito.

        O que eu queria mesmo era falar varias verdades na cara dela, e depois encher ela de murros.

Mais primeiro: eu não sou violenta.
Segundo: eu não podia e nem posso fazer isso, se fizer eu posso perder o emprego. Se bem que me livraria dessa mulher, mas de qualquer forma, não posso perder o emprego eu preciso dele.

- Você que não deve falar dessa forma comigo, eu sou sua patroa, e posso te dispensar. - ela fala com sua voz autoritaria, e apontando o indicador como se fosse uma ordem.

-Isso é uma ameaça? - Sério, eu não sei o que deu em mim.

- Da para vocês duas pararem?! - O Caio grita, e Dona Augusta protesta:

- Pare de gritar! Eu podia contar tudo que eu sei, mas não, eu estou calada na minha, e não estou contando tudo que gostaria de contar sobre você. - Eu não sei do que ela está falando! Ela deve ter batido a cabeça antes de acordar.

-Mãe, por favor.. - Assim que o Caio disse, ela nos deu as costas, e saiu. Ela não só nos deixou, deixou também uma pulga atrás da nossa orelha. Será que ela sabe da minha amizade com o Caio? Mas do que ela estava falando? Enquanto a briga acontecia, Clara só tomava seu café tranquilamente, como se ja estivesse acostumada com aquilo.

- Perdão Mellanie, pela Augusta. - ela diz.

- Eu que devo descupas, sério, eu devia ter ficado calada.

-Não, não. Você está certa, minha mãe está cada vez pior. E.. - ele ri- Parabéns, você foi a primeira a confronta-la, por isso ela ficou com tanta raiva.

      Clara ri, Caio ri. E eu estou desesperada, vou ser demitida por justa causa.

- Primeira?! Eu vou arrumar minhas coisas.

       Depois desse acontecimento, eu não vi a Augusta o dia todo, e a casa ficou silênciosa com ela trancada no quarto morrendo de raiva do filho, e da Clara por me defender.

       Quase me livrei dela o dia inteiro. Quase.

- Você pensa que me engana garota?! Eu não sou burra!

      Eu estava lavando um prato na pia, quando Augusta entra na cozinha, e me faz levar um susto.
- Você não vai falar nada? - ela se aproximou me fazendo ficar entre ela e a pia.

- Do que você está falando?

- Você sabe muito bem, não finja. Você faz isso mal garota.

- Eu não sei do que você está falando.- não reconheci minha voz, parecia que eu estava  com medo dela. Mas não estava.

- Se afasta do Caio se você tem ao certo conciência disso. Ou se afasta, ou vai saber quem realmente é a Augusta.

- Eu não estou fazendo nada de errado! Sou amiga dele, não se preocupe que eu não pretendo acabar com o namoro dele.

- Eu não acredito em nada do que diz, quando descobrirem de quem realmente você é, vão ficar de queixo caido.

- O que você sabe sobre mim? O que eu fiz de tão mal que você fala assim com tanta firmesa?!

- Você é igual a mim. Não fica calada, é dissimulada, me encara como..  - ela fecha os olhos com raiva - Eu tenho certeza que você só quer o meu dinheiro, só quer da o golpe. Você não me engana!

- Eu não sou assim. Você não me conhece. E se o fato de eu te responder te deixa intimidada, não o farei mais.

      Esperei ela dizer que estou despedida, mas ela não disse.

- Bom saber, porque da próxima vez que me responder outra vez, estará fora daqui. Ainda estou sendo boazinha. E fique longe do meu filho, ele ama a Clara. Agorinha mesmo vi os dois se beijando, são lindos juntos.

Reviro os olhos. Maluca.

- Espero que sejam felizes - Quando ela abre a boca para me responder, à campahia toca. - Eu vou atender! -

   Falo e logo saio, escutando apenas uma resposta:

- É o seu dever!

Quando abro à porta, é um homem alto e magro, de fardamento escrito: "Entregador da Floricultura Por do sol."

- Ola, entrega para Mellanie Oliveira, ela está? - ele pergunta.

- Sim, sou eu. - Ele me entrega a carta.

- Só que me mandaram entregar apenas a carta, nada de flores.

- Ah, e quem mandou?

- Deve está na carta. - Ele diz e me dá as costas se afastando da minha vista.

-Quem era? Era pra mim? - A Augusta aparece atrás de mim perguntando.

-Não, é pra mim.

- Ah e agora seu endereço é aqui?

-Não, mas a pessoa que me mandou deve saber que eu trabalho aqui.

- E quem é? Quem mandou?

- Isso aqui, felizmente, não é da sua conta. - Eu senti vontade de responder com uma resposta fria, e consigui. Falei, e lhe dei as costas saindo das suas vistas.

        Quando abri a carta, levei um susto novamente, só que dessa vez não foi a Augusta quem me deu, foi o remetente.

Meu Pai!

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