Uma corrente de embrulhos desconhecidos.~29

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CAPÍTULO 29

Já se passaram uma semana desde que contei a verdade ao Caio, e isso está me afetando de forma surreal. Confesso, estou com medo de que ele tenha contado a Augusta e no que ela tá tramando, ela é capaz de tudo, ela matou meu pai e me ameaçou com uma arma na minha cabeça.

É por isso que estou tendo muito cuidado com as pessoas ao meu redor. Sempre ligo para o Gustavo sempre que ele sai daqui da minha casa para a casa dele, a Estela já sabe, ela me manda uma mensagem avisando onde esta, sempre. O Luís só faz me tranquilizar, mas eu nunca fico tranquila.

- Luís, você tem notícias do Caio?
Pergunto. O Luís e a Estela estão tomando café da manhã comigo na cozinha, confesso que vou sentir muita falta deles quando se casarem e se mudarem.

- Ele ainda esta confuso, você precisa esquecer dele um momento, uma hora ele aparece.

- A Mellanie esquecer dele? Ela esquece de comer, mas dele não. - diz Estela, olho para meu prato e dou uma colherada.

- É que eu sei o que ele esta sentindo, eu senti. Só queria que ele conversasse comigo.

Luís ri. - ele não conversa nem comigo, Mell.

- Foca no teu namorado. - diz Estela.

- Eu estou focada nele.

- Não parece.

- Foco na comida meninas. - diz Luís pegando minha xícara de café e o pão com queijo da Estela.

********************

Já é noite e vim jantar com o Gustavo, na verdade, ele me convidou em cima da hora depois que sai da faculdade, então, não estou com as minha melhores roupas no momento. Isso me deixa stressada.

O Gustavo gosta de coisas exóticas, músicas, cores, e comidas. Comidas cruas. E ele normalmente esquece que eu não gosto, não o culpo, as vezes ele só quer mudar de cardápio. O problema é que eu estou com muitos problemas e ele nem imagina. Isso me sufoca porque eu não queria sorrir, comemorar ou sair para jantar comidas cruas em restaurantes exóticos e chicks usando uma roupa qualquer. É por isso que o clima entre nós anda decaindo, não consigo conversar porque não posso contar dos meus problemas ate eles serem resolvidos, e ele não consegue me perguntar por achar que sabe do problema.

Ele foi atender um telefonema e eu estou sozinha na mesa, olho o cardápio e temos salmão cru com um molho apimentado, um outro peixe, e outro, e outros. Acho que vou pedir só o arroz.

- Desculpa, era do trabalho, já desliguei o celular. - ele diz assim que se senta no sofá canteiro vermelho do lado direito, a mesa no meio dos sofás decorativos igual o do the sims.

- Não tem problema. Eu vou querer esse arroz com esse molho. - aponto no cardápio.

- Só isso?

- Você esqueceu, mas eu não gosto de coisas cruas. - digo encarando o arroz com algas na foto do cardápio. Não quero com algas.

- É verdade! Me desculpa. Se você quiser, podemos ir para outro lugar. - ele diz fechando o cardápio.

- Não, tô bem com meu arroz sem algas. Só que da próxima vez, me avise e eu me arrumarei melhor.

- Melhor? Você esta ótima.

- Gustavo, olha em volta, só tem gente fina aqui.

- Que besteira, você tá linda.

- Claro, ninguém percebeu minha calça velha e essa blusa que tirei do fundo do armário.

- Ninguém percebeu.

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