Tento entender o que esta acontecendo, mas meu corpo não responde, ainda com a porta aberta escuto a Augusta dizer:
- Você esta bem?
Por que ela me perguntou isso? Ela esta sentada no meu sofá como se viesse aqui sempre, como se nunca tivesse me ameaçado e ajudado a me bater enquanto meus braços estavam presos. Fecho a porta e cruzo os braços.
- O que você esta fazendo aqui?
Pergunto. Ela levanta do sofá e me olha dos pés a cabeça.
- Se passaram quatro anos desde que te vi pela última vez e pelo visto você mudou muito, a casa mudou. Como você esta? - ela diz sorrindo.
- Você mesma me disse pra ficar longe de tudo, eu obedeci, não tem porquê você esta aqui. Me diz logo o que quer.
- Como vai a investigação da morte do seu pai?
- Vai embora, Augusta! Você veio me menosprezar com resultados de seus planos idiotas?!
Ela sorri sem os dentes. Logo após a morte do meu pai, eu fui na delegacia saber sobre as investigações e aproveitei para fazer uma ocorrência contando da minha suspeita sobre a Augusta. O delegado me chamou de "menina infantil" e disse que se eu continuasse com essas acusações, ele me prenderia. Tenho certeza que tem dedo dela nisso.
- Herval foi longe demais falando coisas que não devia, e ainda depois daquele acidente, ele conseguiu te contar a pior noticia do mundo. Como pode? Ele mereceu sim ter morrido!
- Você é uma mulher horrível, e um dia vai pagar por tudo que fez, quando o Caio souber..
- O Caio não vai saber! - ela grita - Foi por isso que vim aqui, preciso que você não conte nada do que o Herval te disse sobre.. Eu ser..
- Minha mãe. É tão difícil dizer isso.
- Eu não podia cuidar de você, foi uma gravidez não planejada, esperava nunca te conhecer, mas o Herval fez questão de me passar na cara quando percebeu que você estava trabalhando para mim. - ela diz com uma voz tão calma que quase começo a pensar em seu arrependimento.
- Não se preocupe, fico feliz em saber que fui bem criada.
Ela concorda e volta a me olhar da forma antiga, com o nariz empinado.- Não conte nada ao Caio, nem chegue perto dele. - ela diz, mas eu fico confusa.
- Como você acha que vou contar se nem tenho contato com ele? Ele esta viajando, não é?
Ela levanta uma sobrancelha como se estivesse confusa, pega a bolsa no sofá e passa por mim indo em direção da porta, e de repente para.
- Foi bom te rever, Mellanie.
Quando termina a frase, a porta se abre novamente, saindo dela a Estela acompanhada do Luis.
- Luis, o que faz aqui? Não vai me dizer que você tascou o amigo do meu filho também? - ela me pergunta.
- Tia, como vai? - ele pergunta sarcástico. Estela segura o riso.
- "Tia", eu não sou sua tia. - ela fala com desdem.
- Eu sei, e respondendo sua pergunta: eu estou acompanhando a minha namorada. - ele fala e aponta na direção da Estela. Estela faz uma reverência e agora sou eu que seguro o riso.
- Não sabia que namorava com esse tipo de gente. - ela fala e na mesma hora me dá uma vontade de esbofetea-la.
- "Esse tipo de gente"
Tia, eu amo essa loira, não vai ser sua opinião idiota que vai me fazer mudar de ideia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossa Historia De Amor
RomanceA vida nem sempre foi fácil para Mellanie, desde pequena passou por diversas coisas, responsabilidade é seu sobrenome. Cuidar da mãe doente e trabalhar aos 18 anos, não restava tempo para se divertir. Foi quando tudo ocorreu de repente, conheceu Cai...