Apenas o começo de um final feliz. ~ 37

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CAPÍTULO 37 - Final

Podia sentir minha cabeça latejar forte, alguma coisa balançava deixando meu corpo rodar contra algo. Tentei abrir os olhos, mas a dor era tão forte que meus olhos ardiam, o meu bom senso me obrigou a abrir e olhar aonde estou. Afinal, o que aconteceu?
Meus braços estão amarrados, meus pés também, minha boca tapada com um tipo de durex grosso. E eu estou deitada no banco traseiro de um carro, ou seja, o carro cinza que parou, e o homem que dirige, não o vejo clamente só um borrão escuro, mas com certeza é o cara que me agarrou na rua. O carro para, o homem desliga o carro e olha pra trás, aonde estou, fecho os olhos para fingir que ainda estou dopada, ele sai do carro, abre a porta traseira e puxa meus pés, assim, me colocando no seu ombro, como um saco de farinha.

Dentro da casa, um barraco sujo, escuro, ele abre uma porta que mostra aparentemente um quarto vazio, com apenas um colchão fino.

    Ele me põe no colchão, no chão, me sento e agora consigo ver seu rosto perfeitamente. Seu rosto é fino, cabelos enrolados e um bigode ridículo!

Ele tira a fita da minha boca, e começa falar:

- Fique calma lindinha, não vou te machucar. - ele afirma com a voz rouca de quem está gripado, no caso não está.

- O que você quer de mim?-  minha voz sai tremendo.

- Depois você vai descobri, mas antes, vai ficar um bom tempo aqui.

- Por quê? Quem te mandou aqui, a Augusta?

- Mais inteligente do que eu imaginava. A resposta virá com o tempo. Logo, logo você saberá de tudo.

Vira as costas, fecha a porta e os trincos, me deixando trancada. Logo uma sensação de medo surge, o que será que esse cara vai fazer comigo?

- Me tira daqui! Socorro! - Grito, mas nada acontece.

******

Caio -

Sexta tentativa e nada, nada da Mell. Já faz umas horas que a Estela me ligou perguntando se ela estava comigo, fiquei assustado e agora estou apavorado. Enrolo em mais uma rua, que agora está totalmente escura, e nada. Onde é que ela está?

Já liguei para as amigas dela, todas inclusive, para o Gustavo, a irmã do Gustavo, as pessoas que trabalham na cantina, e nada. Meu celular vibra, e logo pego, mas é a Estela.

- Achou? - ela pergunta logo quando atendo.

- Não, você não conhece mais alguém que ela tenha contato?

- A Flavia, a viúva do pai dela, mas acabei de ligar pra ela, e a resposta foi a mesma.

- Droga!

- Será que a Mell foi à pé? Ela sempre tem esse costume! E se foi assaltada e depois sequestrada e depois abandonada...

Ela continua falando, ou melhor, gritando do outro lado do celular, posso até imaginar como ela teve estar: andando de um lado para outro.

- Estela fica calma! Olha, vamos achar ela, fala com o porteiro do seu prédio, quem sabe ele não a viu?! Não custa nada. O Luis está com você?

- Ele saiu, foi proucurar ela à pé. Você é muito otimista, quando isso tudo acabar me lembre de ter umas aulas com você. Tchau.

Ela nem me deixa responder e desliga, até nessas horas ela é engraçada. Na minha mão, o celular vibra novamente, geralmente não atendo número desconhecido, mas essa resolvo atender.

- Alô?

- Eu estou com a garota. - a pessoa do outro lado afirma.

- O que..

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