CAPÍTULO 25
Ele esta lindo de azul, sua barba combina muito com ele, esta alto, forte, como se estivesse malhando, deve está, meu coração aperta ao perceber que não sei mais nada da vida dele.
- Desculpa - olho para meu pé ainda em cima do seu. - Eu não te vi.
Ele esta com um copo vazio na mão que suponho que estava com água, mas agora não esta porque eu bati nele e a água ensopou sua camisa.
- Meu Deus, mil desculpas. Eu realmente não te vi. - pego um pano e tento enchugar - Desculpa, é.. Você pode pegar uma camisa do Luís.
Ele continua calado observando sua camisa ensopada. Sinto minhas mãos tremerem. Por que ele não me olha? Por quê não fala comigo?
- Por que você não me olha? - penso alto sem querer.
Ele olha em meus olhos pela primeira vez.
- Por que você acha?!
Sua voz arrepia meus pelos do braço e eu nem sei mais o que falo.
- Você me enganou, fingiu gostar de mim, e tentou roubar a empresa da Augusta. - ele diz calmamente enquanto coloca o pano e o copo na pia - Quer mais?
- Quero. Quero que prove que eu fingi gostar de você, que roubei realmente a sua mãe e que ela não tem nada a ver com isso.
- Já tenho prova suficiente, sorte a sua que a Augusta não levou o caso a delegacia.
Concordo e vejo que as minhas lágrimas já começaram a descer.
- Você está se saindo igual a ela. Cheio de acusações, não me ouve, não quer saber da verdade.
- Não me compare a ela! - ele diz se aproximando de mim. - O que você disse para o meu melhor amigo ficar do seu lado?
- Não precisei falar nada porque ele viu meu sofrimento de perto, ele viu meu nariz inchado depois de lavar um murro da sua mãe, ele me viu chorar e quase entrar em depressão por ser acusada de algo que não fiz. E você foi embora.
Digo tudo chorando e um pouco alto demais. Ele me olha sério.
- Toda vez que tento acreditar em você, minha cabeça vai direto pra aquele vídeo. Eu não consigo imaginar você fazendo aquilo, mas o vídeo mostra.
- O vídeo mostra alguém fazendo, não eu. Me da uma chance, por favor, eu só quero que acredite em mim, não posso viver sabendo que o cara que amei tanto não acredita em mim.
Abraço ele, ele não corresponde de imediato, mas depois põe a mão na minha cabeça.
- Preciso ir. - ele diz se afastando de mim, me encara e depois sai da cozinha.
Respiro fundo bebendo um copo d'água, depois volto a sentar do lado da Estela - que não para de rir enquanto conversa com uma mulher.
Era quatro da tarde quando chegamos em casa, carreguei a Estela pelo ombro porque quando ela fica bêbada não consegue parar de rir, ela tomou um banho e agora esta deitada com a cabeça nas minhas pernas e não para de cantar uma música muito esquisita.
- Eu contei ao Caio sobre o meu sofrimento e ele me chamou de ladra. - digo tentando fazer ela voltar ao mundo real. - Quase contei sobre nosso parentesco e derrubei água na sua camisa depois de pisar no seu pé.
Ela ri. - E eu vou ter que usar imãs com a minha foto e do Luís, por causa de você.
Rimos alto como duas loucas.
- Que brega! - digo ainda mais alto.
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Nossa Historia De Amor
Storie d'amoreA vida nem sempre foi fácil para Mellanie, desde pequena passou por diversas coisas, responsabilidade é seu sobrenome. Cuidar da mãe doente e trabalhar aos 18 anos, não restava tempo para se divertir. Foi quando tudo ocorreu de repente, conheceu Cai...