Capítulo 8

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Bella

Suspirei deixando o olhar perdido nalgum ponto do despertador com apenas os olhos do Edward inseguro sobre me perguntar o que queria saber na minha cabeça.

Suspirei e dei meia volta sobre mim mesma ainda com o braço do Harry a rodear-me e aproximando-me dele.

Não conseguia dormir. A minha cabeça dava voltas e voltas e até me questionei se deveria atender a chamada da minha mãe da próxima vez que me ligasse.

Decidi levantar-me para ir buscar um copo de água. Afastei o braço do Harry com um pouco de cuidado e depois acariciei-o por trás da sua orelha para o tranquilizar quando franziu a testa. Sorri quando se acalmou e levantei-me da cama. Busquei umas calças curtas já que estava de roupa interior e uma camisola. Uma vez vestida, saí daí em fui até à sala de jantar.

O Edward dormia aí já que o Marcel tinha voltado a ocupar a sua cama e a Cassie dormia com ele. Eu tinha insistido na ideia de que a menina deveria dormir com o seu pai, mas o Marcel não queria abandonar a sua cama para ir para o sofá.

Passei por ele e fui até à cozinha beber água. Escolhi a fria e deixei que o líquido deslizasse pela minha garganta. Depois saí daí sem deixar nada fora do sítio. Não queria fazer barulho e acordar alguém, muito menos o Edward, que ainda tinha a televisão acesa. Busquei o comando e apaguei a televisão antes de ser agarrada e puxada para trás. Em qualquer outra ocasião teria soltado um grito de surpresa mas, não sei porquê, nesse momento não o fiz.

-O que estás a fazer? - sussurrou o Edward agarrando-me perigosamente pela cintura.

Contive o ar.

-S...Só - por alguma razão desconhecida só conseguia gaguejar. - Estava a apa... Apagar a televisão.

-Bella. - sussurrou.

-Quê? - perguntei sentindo-me escandalizada e nervosa.

-Gostaste?- mordeu ligeiramente a minha orelha e o meu corpo negou-se a reagir e mexer-se.

Estava paralisada. As suas mãos apertavam-se a minha cintura e colavam-me a ele, sentando-me no seu colo já que em algum momento o rapaz se tinha sentado. A sua respiração embatia contra o meu pescoço, fazendo o meu coração correr em espiral até à minha garganta.

-Apenas preciso de saber uma coisa. - suplicou e reparei na dor nas suas palavras. - Uma coisa. Por favor.

-O quê?

Deveria ir embora, esta proximidade estava errada.

-Gostaste? - começou a questionar com dor. - Gostaste dos meus beijos? Gostaste de como te fiz sentir? Diz-me, preciso de saber.

Os meus olhos arregalaram-se sem que eu tivesse a oportunidade de o ordenar.

Se eu tinha gostado? Claro que tinha gostado. Lembrava-me muito bem dos seus beijos e como me excitavam muito mais do que os do Harry. Lembrava-me de como não encontrava a mensagem por trás deles mas como me sentia terrivelmente atraída por ele. Lembrava-me da sua maneira de fazer sexo, dura e forte, que também tinha gostado. Mas não lhe podia dizer.

-Diz-me. - pediu. - Ou mente-me. Não importa, apenas diz algo. Uma só palavra. Estou a sofrer, entendes-me?

-Edward...

Isso era a única coisa que conseguia pronunciar.

-Edward não, foda-se. Não vês? Eu amo-te. Estou completamente apaixonado por ti e não posso fazer nada para o evitar. E não importa se te digo, se te suplico. Porque tu gostas dele e isso faz cada merda de dia da minha vida ainda pior. Deste-me uma oportunidade e tiraste-ma como se não te importasse levar-me contigo. Não quiseste saber. Por ele. Mas eu continuo aqui, à espera do momento em que possa conseguir-te de novo.

Os Trigémeos Styles 4: Dreams (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora