**CAPITULO 10**

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•JL•

Dia de ano novo eu investia grana pra caralho nós fogos aqui pra favela, só pra vê aqueles bagulho brilhando no céu.

Quando eu era menor ficava viajando no céu. Lembro que eu ficava olhando pras estrelas e imaginando qual delas era meu pai adotivo.

Minha mãe sempre me falava que o meu pai de verdade era uma estrela que morava longe, mas hoje eu tô ligado que eu fui abandonado.

JL: O ano passou rápidão, né?

Matheus: é sim pô, agora é só progresso pra nós!

Julia: feliz ano novo meus amores.- minha mãe veio abraçando nós dois.

Todo ano era só nos três, vendo os fogos e depois íamos curtir o bailão.

Abrimos o champanhe e eu comi pra caralho. Repeti umas três vezes, porque a comida da coroa era boa demais.

Chegamos no baile e já foi aquela agonia do povo abrindo espaço pra nós passar. Subi com minha mãe pro camarote e o Mateus sumiu, esse é o meu mano machucador de útero. Fiquei só de quebradinha olhando o povo lá em baixo.

JL: Salve salve meus companheiros! queria desejar um ano novo foda pra vocês e a cachaça está por conta do chefe.

- É o JL porra!- ouvi eles gritarem e eu me derretia todo, já não gosto de ser paparicado.

Piloto: olha lá a mina secando tu, JL- apontou pra mina que estava dançando na pista.

JL: Eu vi pô, quero não.- bufei.

Piloto: Oxe pô, a mina é mó gatinha.

JL: beleza não é tudo piloto, tem que ter uma postura da hora pro pai da atenção.

Piloto: tu tá falando como se já estivesse com alguém, pô.- riu cruzando os braços.

JL: nem tô, tô suavão.- bebi um gole do meu whisky e fui pra rodinha que estavam os cara que comanda a boca.

Índio: pivete, tem uma mina aqui da favela que tá me chamando atenção pra porra.

MEIA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora