**CAPITULO 39**

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•JL•

Me ajeitei na poltrona do hospital, olhei pro lado, e a Lorena estava apagada. Tirei os olhos dela quando ouço três batidas na porta.

JL: entra.

- eu quero falar contigo.

JL: que porra você veio fazer aqui?-olhei bem pra cara dele.

Freitas: por que tu fugiu? Eu podia te prender aqui e agora.

JL: então prende.- estendi as mãos na frente dele.

Freitas: eu sei que teu filho nasceu e eu queria ver ele.- tentou mudar de assunto.

JL: Nunca fez papel de pai e agora quer fazer de avô?- soltei uma risada sarcástica.

Freitas: João Lucas, você precisa se entregar!

JL: eu não vou fazer caralho nenhum! Se você quiser me levar, faça, mas eu vou fazer de tudo pra ficar aqui do lado da minha mulher que tá em coma e ta precisando de mim!

Freitas: eu não vou te entregar, mesmo que você não acredite, eu quero o seu bem.

JL: hum- desviei o olhar dele.

Freiras: eu sei que agora você está com raiva pô, mas eu era novo e fui influenciado a não te assumir.

JL: eu também sou novo, bandido e nem por isso deixei de assumir meu filho!

Freitas: eu sei que um dia você vai me perdoar.

JL: você não veio aqui ver meu filho?- ele concordou com a cabeça- então vem.

Levei ele onde meu filho estava e ele ficou lá viajando.

Freitas: ele parece muito com você.

JL: é..- sorri de canto.

Ele ficou um tempo lá calado e depois foi embora. Fiquei pensando, ele podia ter me entregado ou me levado preso, mas não fez.

- João Lucas né?- a médica perguntou.

JL: sim, por que?

- vim avisar que a Lorena já estava fora de perigo e agora vamos esperar ela acordar.- suspirei de alívio.

Fiquei ali fazendo carinho nela até a mãe dela chegar no quarto me encarando. Eu sabia que essa coroa me odiava.

Lucia: como ela está?

JL: em coma.

Lucia: como assim? Por que?- perguntou nervosa.

JL: ela teve complicações no parto, mas vai ficar de boa.

Lucia: ela só tá passando por isso, por sua causa! Se você não tivesse tirado ela de casa, nada disso teria acontecido.

JL: opa dona, perae. Eu amo a Lorena e o nosso filho é consequência dessa parada. Nunca forcei ela a fazer nada!

Lucia: cadê meu neto?

JL: tá lá no berçário.- ela saiu no ódio e eu nem de bola.

Que ela não gosta de mim, eu tô ligado. Mas dizer que eu obriguei a filha dela a fazer as paradas que ela fez, é maluquice.

Olhei pro lado e a Lorena estava se debatendo e suando frio.

JL: algum médico aí, ela tá acordando!- gritei.

MEIA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora