❝ ERA UMA GUERRA, E O ÚNICO
PECADO NA GUERRA É 𝗣𝗘𝗥𝗗𝗘𝗥 ❞
𝐊 . ‧ ✯ ‧ . ━━ Ravka estava à beira de uma guerra. Falta de suprimentos, dificuldades na travessia de um lado do país ao outro, tudo que ocorria pelo país, parecia contribuir p...
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viii. MAS QUE DIABOS VOCÊ VÊ NELE?
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A RISADA ERA UMA coisa contínua, era possível ouvi-la por todo o baleeiro, causando pequenos resmungos pela parte dos Grisha que preferiam manter o silêncio enquanto relaxavam, ao invés de trabalharem como os marujos que carregavam baldes e puxavam cordas pelo convés sem produzirem nenhum som de suas bocas.
Maeven levou a mão até seus longos cabelos ruivos, puxando-os para trás enquanto sorria para o Corsário a sua frente. Sturmhond apoiou sua cabeça em sua palma esquerda, rindo de algo que Peverell havia dito, da qual nem mesmo ela se lembrava. Eles estavam se divertindo.
A Conjuradora virou a cabeça pela nona vez até a cabine do Darkling, as janelas estavam lacradas e a porta de madeira era protegida por três oprichnik que faziam guarda vinte quatro horas. Maeven sabia o que estava acontecendo lá dentro. Estavam ameaçando Alina para fazer Maly ajudá-los a encontrar Rusalye.
Sturmhond percebeu o desconforto da mulher e então sorriu de leve, tocando o queixo dela e fazendo-a olhar para si. Peverell abriu um sorriso amarelo, tentando descontrair sua falta de atenção, mas aquilo não funcionou. O ruivo mais novo conversou com a Grisha pela manhã inteira e por metade da tarde para saber que ela estava com a atenção diretamente para o rastreador e os dois Conjuradores.
— Quer que eu vá até lá? — questionou o homem fazendo Maeven acordar completamente de seu transe — Eu sei que está preocupada com a situação da Conjuradora e do rastreador.
— Não, não precisa — Peverell balançou a cabeça negativamente para enfatizar sua resposta enquanto abria um sorriso calmo, verdadeiro daquelas que ela só conseguia mostrar quando estava junto ao Darkling. Apenas junto à ele. Mas parecia que agora o Corsário também tinha esse talento de fazer com que ela sorrisse para ele.
A feição de Sturmhond mudou.
— O que você vê nele? — perguntou o homem ruivo, curioso enquanto apoiava seu rosto na palma de sua mão. Maeven se virou apenas podendo expressar um 'o que?' mal falado — Quero dizer, ele é o General da Escuridão, o Rei das Trevas, o Herege das Sombras. O que uma Sankta viva faz aqui com ele?
Peverell engasgou e arregalou os olhos em direção à Sturmhond como se estivesse abismada com a pergunta. E ela estava. A poucas horas atrás eles falavam sobre biscoitos e Ravka, mapas e guerra, mas Maeven abriu espaço para esse tópico por estar olhando para a cabine do General de três em três segundos. Aquilo deve ter causado alguma insinuação, já que ninguém sabia que o Darkling e ela estavam juntos. Nem ela tinha certeza se eles realmente estavam.
