xix. yes, i am not a killer... but she is

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xix. SIM, EU NÃO SOU UMA
ASSASSINA... MAS ELA É

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A NÉVOA PRETA CONTORNOU toda a área do esquife e o cobriu de trevas novamente, fazendo a Conjuradora da Lua levantar os braços pela quarta vez e iluminar o caminho já que Alina 'não tinha forças para isso'. Os suspiros dos nobres já não lhe incomodavam mais, era normal que estivesse surpresos pela fonte da luz ser ela e não Alina.

Mas ela começava a se sentir cansada, sabia que a Pequena Ciência a deixaria forte se ela permitisse, mas ela não o fez. Caiu pela terceira vez no chão e logo se levantou, com os braços fraquejando. O colar de ossos em seu pescoço puxava tanta luz e a chamava, mas ela ignorava, sentia o pulso de energia esperando para ser usado, mas não o fez, não queria dar aquele gosto ao Darkling.

Sentia o coração pular forte no peito quando caiu pela décima vez e em seguida começou a escutar barulhos e grunhidos e a luz fraquejou por minutos antes de voltar, forte, mesmo estando com os braços fraquejando, Maeven respirou fundo novamente e sorriu disfarçadamente ao escutar o Darkling suspirar impaciente.

O problema de querer algo, é que isso nos faz fracos.

Quando seu corpo desabou de novo no chão, Peverell sentiu uma mão fria tocar seu ombro. O Darkling a puxou para cima calmamente, a firmando nós próprios pés. Ele tocou o colar em seu pescoço e sorriu leve para que os outros nobres vissem. E então murmurou em seu ouvido:

— Por favor, Maya Luanishka — sussurrou com um tom carinhoso na voz que acariciou os ouvidos de Maeven — Não quero que se machuque, pare de negar o poder dentro de você — admitiu — E também não quero que todos sejamos engolidos por Volkras, e a Srta. Starkov não parece estar em posição de conjurar.

Peverell fechou os olhos ao sentir os braços de Aleksander lhe contornarem e ele apoiar o queixo em seu pescoço. Ela sabia que ele era um amplificador humano, mas foi um choque sentir toda a força e extensão de seu poder aumentar dentro de si. Antes de lhe soltar, ele beijou sua testa e murmurou novamente um por favor.

Maeven fechou os olhos com força e estendeu os braços, o casaco fraquejou de seus ombros quando luz saltou de todos os cantos de seu corpo, o colar parecia estar tão leve quanto qualquer coisa. Os barulhos dos Volkra sumiram e a luz tomou conta de tudo. Peverell fechou os olhos, se sentindo incapaz, queria direcionar toda aquela luz para os rostos dos Oprichniki do Darkling, sabia que os seus se escondiam na caverna ainda, mas era estranho pensar que alguns membros da guarda pessoal do Darkling tinham ido para seu lado.

Foi quando o vento que Zoya direcionava foi na sua direção com força.

— Agora! — berrou Maeven e Alina levantou de aonde fingia estar chorando e jogou luz nos Grisha do Darkling.

Maly saltou do seu lugar, aproveitando-se da falta de atenção dos seus guardas Grisha e agarrou um rifle de um soldado qualquer. Um grupo de três estranhos que Maeven não conhecia, saltaram do porão e atiraram por todos os cantos também. Os Grisha do seu Segundo Exército, disfarçados de espiões, pularam de seus lugares e usaram seus poderes para lutar contra os do Darkling.

Ela teve um breve momento para observar a surpresa no rosto do Conjurador das Sombras antes que ele fosse até Alina e tentasse atacá-la. Maeven foi em direção à Ivan e Igor e espremeu os dois por dentro com o poder da Lua e observou quando prótons saíram de dentro deles e caíram desmaiados no chão.

Ela continuou lutando contra os outros junto de seus Grisha quando um barulho foi ouvido e o mastro do Esquife caiu. Alina estava de pé com as mãos levantadas tendo acabado de produzir o Corte, algo que Maeven havia lhe ensinado.

— Alina — chamou o Darkling com a voz calma como sempre, irritando a ruiva — Você não é uma assassina.

— Tem razão — suspirou a Conjuradora e deixou os braços caírem ao lado do corpo — Sim, eu não sou uma assassina — murmurou e então exclamou — Mas ela é.

Um barulho forte como o trovão ecoou por toda a Dobra, e os Grisha do Darkling que já não estavam desmaiados no chão, caíram com metade do corpo na madeira do Esquife pelo Corte produzido por Maeven Peverell. Enquanto o Conjurador das Sombras gritava e deixava sombras envolverem Alina, Maeven, Zoya, Maly, Fedyor, os Grisha de Peverell e o grupo de estranhos, no chão, desmaiados.

A Conjuradora da Lua ergueu as mãos a tempo e se protegeu do poder do Darkling, gritando com a força que fazia. Quando tudo ficou calmo, apenas Maeven e Aleksander estavam de pé entre os mortos e desmaiados. A luz não fraquejou, embora Maeven não prestasse atenção nela.

— Por que? — questionou o Darkling simplesmente, com tristeza e raiva na voz — Você e eu íamos mudar o mundo... por que teve que acabar assim?

Peverell suspirou tentando tirar a tristeza e melancolia de si. Ela olhou dentro dos olhos de Aleksander.

— Você mata e mente — respondeu com a voz fraquejando ao olhar nos olhos de ébano dele — Eu não posso suportar isso, Aleksander — completou abaixando os ombros, sentindo como se um peso tivesse sido colocado ali.

Uma risada sinica saiu dos lábios do homem e ele se aproximou, tocando no rosto de Maeven, e então ele retrucou, com a voz rouca e raivosa.

— Eu nunca menti — repetiu — Use o poder das estrelas... aquelas para quem todos nós contamos nossos segredos, você sabe que eu não posso mentir para você — retrucou fazendo Peverell recuar — Mas você? Você mentiu. Eu pesquisei sobre a Rainha Esme Romanoff, Connacht, Rei Edward Peverell, O Magnífico — revelou, se aproximando mais — Estão mortos. A mais de 100 anos, Connacht hoje se chama Kerch. Você mentiu.

Maeven riu alto, com sarcasmo e ironia na voz, fazendo o Darkling arquear uma sobrancelha. E então ela se aproximou, não sentindo mais medo, e tocou na mão dele.

— Eu sou antiga — respondeu, fazendo Aleksander franzir a testa, confuso — Sou para sempre. Sou poderosa — continuou fazendo Aleksander se afastar e ela o seguir — Eu sou que nem você. Imortal.

kindred spirits; general kirigan Onde histórias criam vida. Descubra agora