❝ ERA UMA GUERRA, E O ÚNICO
PECADO NA GUERRA É 𝗣𝗘𝗥𝗗𝗘𝗥 ❞
𝐊 . ‧ ✯ ‧ . ━━ Ravka estava à beira de uma guerra. Falta de suprimentos, dificuldades na travessia de um lado do país ao outro, tudo que ocorria pelo país, parecia contribuir p...
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xvi. TUDO BEM, FAÇA DE MIM O SEU VILÃO, QUERIDA
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AS CABANAS DA ÁREA do Segundo Exército do Darkling apareceram na visão da Conjuradora ao chegarem a linha de frente da Dobra das Sombras. A mulher encarou o grande deixo de sombras, a cicatriz do meio do mapa, que cortava Ravka em dois. Nunca havia passado por ela, nunca havia visto um Volkra, e de repente sentiu vontade de tê-lo feito.
Ivan apareceu na porta da carruagem, fazendo uma mesura ao Darkling e depois puxando Maeven pelo braço, e caminhando grudado nela para que não fugisse. Ela se virou uma última fez, encarando pelo canto do olho, o homem de kefta preto, que olhava para baixo.
O Sangrador caminhou com ela pelo acampamento, tentando relaxar a postura, para não deixar óbvio para os outros Grisha que ela não estava ali por pura espontaneidade. Peverell virou novamente a cabeça ao avistar Zoya e Fedyor, eles a olharam e tiraram a carranca da cara. Maeven mexeu os punhos com rapidez, fazendo um símbolo no ar com seu poder. Discretamente os dois Grisha prisioneiros assentiram ao entender o sinal.
— Vamos — grunhiu Ivan, puxando ela para dentro de uma cabana, aonde largou a mesma ali e deu ordem para os dois guardas — Protejam a Conjuradora.
Proteger. Ela tinha certeza de que ele queria dizer vigiar. Mas os dois soldados ficaram lá pelo resto da hora, enquanto a Grisha caminhava de um lado para o outro, não sabendo o que fazer. Observando a tenda, ela se deu conta de que não era um lugar pessoal, mas sim uma oficina, havia um tapete vermelho e dourado no chão, esculturas de madeira polida nas paredes. Uma lua eclipsada se encontrava no teto.
A outra porta, que não era a entrada da cabana foi aberta, uma hora depois, de onde saíram o Darkling, com uma escolta contendo Ivan, David e outros três Etherealki, ela percebeu que o Conjurador das Sombras tentava evitar o seu olhar, fingindo observar uma mesa. Mas então ela notou que ele observava o pedaço da galhada do cervo, que Maeven havia matado.
— Maya Luanishka — disse com um tom um tanto perturbado na voz — Você sabe o que você fez? — Maeven não respondeu a pergunta de Aleksander, apenas virou a cabeça para o ouro lado do quarto — Não? Vou lhe explicar. Aquilo era...
— O cervo de Morozova — terminou a ruiva, não aguentando a vontade de brincar com o Grisha, era interessante ver a reação dele quando ela demonstrava mais inteligência do que ele achava que ela tinha — Eu sei o que eu fiz.
Um sorriso descrente e sem emoção saiu dos lábios do homem, e ele se aproximou da mesma, fazendo com que ela se contraísse. Não tinha medo dele, havia ouvido histórias sobre o Conjurador, sobre como era aterrorizante e impiedoso, dizia para ter medo do Corte, das mãos dele, mas ele temia o coração.
