xiv. it wouldn't have happened if she didn't want it

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xiv

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xiv. NÃO TERIA ACONTECIDO
SE ELA NÃO QUISESSE

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A CONJURADORA DA LUA sentiu o coração do Conjurador das Sombras contra seu peito, ele tinha um batimento estável e que nunca mudava de ritmo, era quase controlado. Ela abraçou as costas do homem de preto enquanto ele contornava sua cintura, respirando fundo ao som das batidas do coração da Grisha. Era quase como se fosse algo deles, escutar a batida do coração um do outro para se acalmarem.

— Maya Luanishka — ele chamou, se sentando em sua cadeira, puxando-a para junto dele, fazendo a mesma sentar em seu colo — É isso mesmo que você deseja? O amplificador?

A ruiva desviou seus olhos para o teto dos aposentos do Darkling, pensando sobre quantas vezes havia respondido aquela pergunta e sobre o quanto ele não parecia estar satisfeito com mil respostas. Então ela resolveu pergunta-lo algo de volta.

— Você se arrepende? — Maeven questionou, olhando fundo nos olhos de Aleksander — Disso? — ela gesticulou para seu próprio pescoço, onde a galhada do cervo se encontrava.

Kirigan fechou os olhos com força e tocou a galhada com a ponta dos dedos, abrindo os olhos para encarar os olhos esmeraldas de Maeven.

— Todos os dias — ele murmurou, colocando uma mecha de cabelo da ruiva para trás da orelha.

— Então porquê fez isso? — Maeven questionou, brincando com os fios rebeldes do cabelo de Aleksander, era raro vê-lo desse jeito, acomodado, confortável.

Ele sorriu levemente, o que não convenceu Maeven.

— Se você quer a verdade... — Aleksander começou, dando uma brecha para a mulher negar, falando que mentiras eram mais do que necessárias. Ela não disse nada — Depois que você fugiu do Pequeno Palácio, eu só pude pensar em formas de como poderia ter te mantido para mim, coisas que poderia ter feito diferente.

"Até que te achei na clareira, e percebi que não importasse o que eu fizesse, você teria partido. Tive que ser egoísta então".

Maeven se acomodou melhor no colo de Kirigan, prestando atenção em cada palavra.

— Se você não ficasse, eu te manteria perto a mim — ele sorriu amarelo, fechando os olhos — O amplificador compartilhado garantiria isso.

Peverell fechou os olhos também, enquanto Aleksander abria os seus para encarar a mulher, a espera de uma reação. Ele esperava que ela gritasse com ele, que jogasse em sua cara o quanto horrível aquilo era, mas ela não disse nada.

O Darkling tocou a bochecha da mulher, sem saber o que fazer.

— Aquele poder era meu — ela disse, o que fez Aleksander engolir um seco e deixar a bochecha de Maeven. A mulher abriu os olhos e encarou o Conjurador das Sombras, pegando em sua mão e levando-a de volta ao seu rosto — Então como você conseguiu nos conectar se fui eu que matei o cervo?

Aleksander ergueu uma sobrancelha, a dúvida surgindo em sua mente, ele nunca havia pensado sobre isso, a extensão de seus poderes sendo tão grande que ele nunca realmente teve a curiosidade de se perguntar como o conexão havia funcionado.

— Eu teria que ter te deixado — Maeven revelou, deixando um selar na palma da mão do homem que congelou, estático — Eu teria que ter desejado tudo aquilo que você também desejou. Eu teria que ter te desejado tanto quanto você me quis.

Maeven parou e esperou por uma reação do homem, que continuava espantado, quase assombrado com as revelações. Em um impulso ele juntou seus lábios e beijou Maeven com tanto desespero e paixão que a mulher tomou um susto.

— Eu não quero o poder só para mim, Aleksander — ela disse, separando-se do Conjurador enquanto juntava suas testas — Eu quero que reinemos juntos, como iguais.

Ele sorriu levemente, acariciando o rosto da ruiva.

— Não há outros como nós, Maya Luanishka — Aleksander disse, encarando os olhos da mulher com paixão inexplicável — E nunca haverá.

— Eu quero que você tome parte do poder de Rusalye também — a ruiva revelou, fazendo o Conjurador se afastar levemente da mulher.

Ele riu seco, como se ela estivesse lhe pedindo algo absurdo.

— Como você disse, milaya, o poder é seu — ele falou, colocando suas mãos no rosto da mulher — Eu já tenho que encarar a galhada do cervo e me sentir como se tivesse terminado com a sua vida... mas um desses e eu estaria na beira da loucura.

Maeven não se frustou, ela simplesmente ajeitou os fios rebeldes do cabelo de Aleksander e deixou um selar em seus lábios.

— Eu estou te falando de que nada nunca foi culpa inteiramente sua, estou te dizendo o que eu quero — Peverell disse, sussurrando em seu ouvido, como se tudo fosse um grande segredo.

Kirigan respirou fundo e pensou no aquilo significaria, o poder compartilhado, um poder para os dois. Há anos ele planejava extrair o poder da Conjuradora do Sol, e como faria isso manipulando-a a cada passo, e agora a Conjuradora da Lua estava lhe oferecendo seus poderes e ele dizendo não.

— Nós somos iguais, Maya Luanishka, não preciso de ossos cravados em minha pele para que isso seja provado — Aleksander disse, acariciando o rosto de Maeven.

Peverell sorriu, em como o Conjurador havia mudado, de como ele era alguém completamente diferente de quem ela conheceu a um ano atrás nos jardins do Pequeno Palácio.

— Minha Maya Luanishka — ele suspirou, como se aquilo fosse seu último respiro na Terra — Sempre minha, e apenas minha.

Maeven o beijou, agarrando seu pescoço enquanto ele acariciava sua bochecha e rodeava sua cintura com um dos braços. Poder. Ela percebeu, era mais do que a energia que ela sentia correr por suas veias, poder d e verdade era aquilo, Aleksander Morozova, que após brigas, conflitos e lutas, voltava para ela, todas as vezes.

kindred spirits; general kirigan Onde histórias criam vida. Descubra agora