Roupa de heroína
----------Meu nome é Mei Suzuki, e essa é a minha história...
Desde pequena sempre fui um pouco diferente das outras meninas, costumavam me chamar de "moleca" pelo meu jeito de ser, eu sempre me dava bem com os meninos, e gostava de jogar bola e subir em árvores. Não era de se estranhar na verdade, cresci ao lado de meninos, o meu vizinho se chama Katsuki Bakugou, minha família e a dele eram amigas. Sempre fiquei ao lado dele, sempre achei ele incrível. Outro que andava com a gente era Izuku Midoriya. Sempre fui apegada aos dois. Aos 4 anos minha individualidade apareceu, eu podia manipular a água do jeito que quisesse, e dependendo da quantidade de água que eu tomar, não preciso ter água ao meu redor, posso usar a água do meu próprio corpo (bem conveniente para locais que não tem água). Já katsuki descobriu que podia fazer explosões. Ele sonhava em ter sua própria agência e ser o herói número 1, e eu queria ser sua ajudante, seu braço direito. Só que eu não conseguia controlar minha individualidade direito, molhei meu caderno várias vezes, até minha roupa, mas diziam que era normal.- Acha que vou conseguir ser uma heroína Kacchan?
- Claro que vai, você não vai ser melhor do que eu, mas você vai ser uma heroína sim. - Ele disse sorrindo.Ouvir isso do meu melhor amigo me fazia acreditar que eu iria conseguir sim controlar minha individualidade.
Mas uma coisa tava me deixando preocupada, Izuku ainda não tinha sua individualidade, e acho que isso me afetava um pouco, mais tarde eu iria perceber que as minhas emoções poderiam me fazer perder o controle.
Um dia eu estava brincando do lado de fora da minha casa, quando Katsuki apareceu me chamando:- Mei-Chan. - Disse acenando a mão.
- Oiii.
- Vem aqui no portão.
- Que foi? - Disse correndo até o portão.
- Apartir de agora o Deku não faz mais parte do nosso grupo.
- Mas porque? - Perguntei um pouco confusa.
- Ele não tem individualidade, é muito fraco, não serve para andar com a gente.No outro dia quando fui falar com Izuku, Katsuki me puxou, me afastando do meu segundo melhor amigo. Tinha outros garotos no nosso grupo, mas minha amizade com Katsuki e Izuku eram as mais importantes para mim.
Depois desse dia, sempre que passávamos por Izuku, Katsuki tirava onda com a cara dele. Eu me sentia mal na maioria das vezes, e foi aí que eu perdi o meu melhor amigo. Em um desses dias eu decidi defender Izuku, o que fez Katsuki ficar com raiva de mim. Minha mãe me dizia:- Isso é coisa de criança, quando passar um tempo ele esquece. - Ela disse passando a mão sobre minha cabeça.
Mas infelizmente não passou, eu tentava conversar com ele, só que eu era ignorada todas as vezes. O tempo foi passando, e eu continuei minha amizade com Izuku. As coisas pra ele não mudava, Katsuki sempre zoava com ele, e a mim ignorava. Mesmo quando eu ia na casa dele, que sua mãe convidava a minha para conversar.
Aos 14 anos eu já estava decidida, queria entrar na U.A. a todo custo, isso claro graça a Izuku que me motivava.
- Você tem que ir sim Mei-Chan! Não pode deixar passar, eu queria ir pra U.A.. mas olha pra mim, não tenho uma individualidade.
Eu tinha decidido ir por ele, ele tava certo, ele tinha o sonho de se tornar o herói número 1, mas não tinha individualidade, e eu tinha e estava com medo de falhar.
______Em um certo dia, eu acordei, me arrumei e fui para a escola. Sempre fui junto com Izuku, ele me esperava todo dia no portão da minha casa, mesmo que as vezes encontrasse com Katsuki.
Depois da aula, fui rapidamente para casa, pois precisava ajudar minha mãe. Izuku acabou ficando pra traz.
A tarde liguei a TV e me deparei com algo que apavorou, um vilão tinha pegado um adolescente e nenhum herói conseguia fazer nada. E foi aí que vi quem era o garoto, Katsuki tinha sido pego, e eu estava mais apavorada ainda, comecei a chorar, e chamei a minha mãe para vê aquilo. Acabei surpreendida com Izuku, e preocupada com Katsuki.
Fui para o portão e fiquei esperando o loiro chegar, eu precisava vê-lo pessoalmente, para garantir que ele estivesse bem. Até que vi ele se aproximando meio emburrado.- KATSUKI! - Gritei abrindo o portão. - Você tá bem? Eu vi o que aconteceu pela TV.
- Sai da frente. - Ele passou direto por mim.
- Só quero saber de você está bem!
- Eu tô caramba, não tá enxergando não? - Disse rude como sempre.Mas aquilo me deixou aliviada, e feliz ao mesmo tempo, ele acabou falando comigo, o que não tinha feito desde quando eramos crianças.
Apartir daí ele começou a me responder as vezes (grosseiramente), ou então falar "sai da frente".
E não foi a única coisa boa que aconteceu, Izuku disse pra mim que iria fazer a prova para entrar na U.A., o que me deixou feliz e confusa. Como ele iria conseguir passar na prova prática?
Os meses foram passando, e eu percebi uma mudança muito grande em Izuku, ele andava treinado, parecia quase outra pessoa. A gente só se via na escola, eu estava treinando também para controlar minha individualidade.
E em um desses dias, eu estava no parque, tinha uma fonte pequena lá, e eu aproveitei para tentar controlar melhor minha individualidade, já que não tinha ninguém por perto.
Eu já sabia que iria me molhar, então fui usando um top preto, pra mim poder tirar a blusa.
Já estava ficando tarde mas eu estava conseguindo controlar melhor a água, e acabei não percebendo o tempo passar, estava muito feliz. Eu estava tão concentrada que não percebi a presença de alguém ao meu lado.- Tá controlando melhor não é? - Disse meio sarcástico.
Eu me assustei na hora, não espera que Katsuki estaria lá também.
- Ka-katsuki! - Disse ficando vermelha e puxando a minha blusa que estava no chão, para tampa a barriga. Eu fiquei olhando o garoto que se afastou um pouco. E quando percebi eu já estava toda molhada, eu não tinha feito a água voltar para o lugar, o que fez ela cair em cima de mim.
- Eu estava enganado. - Disse cruzando os braços e me observando.
- Você me assustou, por isso perdi o controle. - Disse olhando para a blusa que eu tinha tirado para não molhar. - Droga!
- Não sei porque pegou a blusa, se não queria que ela molhasse.
- Ora! Pra você não me ver assim! - Disse ficando vermelha novamente.
- Você não tem nada aí, pra que esconder! - Disse em um tom sarcástico.
- COMO ASSIM NÃO TENHO NADA?
- Ué, magrela e sem peito, não tem nada pra esconder!Joguei minha blusa nele, na qual ele segurou,e depois mandou direto na minha cara.
- PESTE! - Falei irritada.
- Você que começou. Já tá tarde, vai continuar aqui passando vergonha?
- Eu não tava pensando vergonha! E agora vou ter que ir embora, já que estou encharcada e com frio por sua causa.
- Então vamos logo. - Falou começando a andar.Eu fiquei surpresa na hora, não esperava que ele fosse falar comigo assim, não depois de tanto tempo.
Corri um pouco para alcançar ele e então fomos juntos para casa. Fiquei calada durante todo o trajeto, e ele também. Eu não sabia sobre o que conversar com ele.
Começou a ventar, e comecei a ficar com mais frio do que eu já estava sentindo.
E aí aconteceu algo inesperado. Acho que ele não estava muito bem da cabeça quando fez isso, mas algo dentro de mim gostou daquela atitude. Ele tirou sua camisa e me puxou, colocando-a em mim.
Eu não sabia o que fazer na hora, vi o garoto sem camisa na minha frente e fiquei um pouco sem jeito, meu coração disparou.- Por que fez isso? - Falei olhando para baixo.
- Você disse que é minha culpa está molhada não é? - Falou e seguiu em frente.Eu fui andando atrás do garoto, e não conseguia desviar o olhar, não tinha como não olhar para ele.
Chegamos em casa, eu estava prestes a tirar a camisa, e ele abaixou meu braço.- Me entrega depois, vou entrar.. Vê se não fica resfriada.
- Obrigada, boa noite.Eu entrei em casa e fiquei tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Ele realmente tinha feito isso? Conversou comigo sem gritar, e foi super gentil (do jeitinho dele, claro).
No outro dia ele passou por mim sem falar nada, na verdade ele parecia bem incomodado com o Izuku, na verdade até eu me perguntava como o Izuku iria fazer a prova, mas eu preferi ficar calada.
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Amor Explosivo
FanfictionMei é uma jovem de 16 anos, que quer se tornar uma heroína. Ela vai enfrentar alguns conflitos. E no meio desses conflitos, ela vai enfrentar outra coisa, uma coisa na qual ela demorou muito pra entender: o amor.