Amor Explosivo

23 - Katsuki Bakugou

Último dia de aula antes das férias. Na minha cabeça só tinha várias dúvidas e talvez arrependimentos. Porque eu não posso simples ir lá e falar com ela? Ela vai embora amanhã, e mesmo sabendo que ela iria tomar essa decisão é difícil aceitar. Não esqueço do dia que ela falou que não era um bom momento pra gente ter uma briga. Talvez se a gente não tivesse brigado... Será que ela teria ficado? Porque eu tô pensando nisso?

Assim que saímos da cerimônia, ela reuniu todo mundo. Eu não queria ter ficado, mas eu quis ouvir o que ela iria dizer. E então ela começou a agradecer todo mundo, dizendo que todos eram incríveis. Ela estava se despedindo da turma. Não sei porque, mas algo dentro de mim me fez querer chorar. E quando eu ouvi ela dizer que iria embora eu não consegui segurar, e antes que percebessem eu saí de lá.

Que droga. Eu só queria está perto dela, mas parece que tudo nos afasta. E pra piorar eu não sei o que dizer pra ela, eu quero falar com ela, quero pedir pra ela ficar, mas sempre lembro dela dizendo que preferia o Deku. Doeu escutar isso da boca dela, ao mesmo instante que ela disse que amava falou que preferia amar ele, e não dá pra aceitar, porque tudo é o Deku? Sempre o merda do Deku. Mas, eu vou tentar falar com ela de novo, eu preciso.

Assim que cheguei em casa, parei perto da porta e fiquei sentado em um degrau esperando ela chegar. Eu não sei o que eu iria dizer, mas eu vou tentar fazer ela ficar.
Depois de alguns minutos esperando, eu já estava quase desistindo, ao mesmo tempo que eu queria tentar falar com ela eu queria deixar de lado e aceitar a decisão dela. E quando eu estava quase me levantando pra entrar, escutei o Deku gritando a Mei. Eu corri até a rua pra ver o que era, e vi a Mei caída nos braços do Deku, enquanto ele gritava e pedia pra ela acordar.

- Kacchan! - Deku gritou chorando quando me viu. - Ela desmaiou de repente.

Eu fui até eles dois, e sem pensar peguei ela no colo. O Deku seguiu até a casa dela e pediu pra mãe dela abrir a porta, então eu entrei e levei ela até o quarto. Lá me deparei com minha mãe, que estava ajudando Hinata a arrumar as coisas.

- Obrigada por trazer ela até aqui meninos. - Hinata disse.
- Por nada Dona Hinata, a gente pode esperar ela acordar? - Deku perguntou.
- Claro, fiquem a vontade.

Eu sentei na escada, e fiquei de cabeça baixa, enquanto Deku ficou mais distante.

As crises de ansiedade dela estão aumentando. O que será que vai acontecer com ela quando ela for embora, será que ela vai ficar bem?

- Kacchan. - Deku falou parando na minha frente.

Eu apenas levantei a cabeça.

- Conversa com ela, vocês tem que se resolver. Acho que ela tá assim mais por causa da briga de vocês do que pelo fato que ela vai embora.
- Cala a boca Deku. Eu não preciso de você me dizendo o que eu preciso fazer.

Eu não quero concordar com ele, mas eu sei que a nossa briga tá afetando, mas será que se a gente conversar vai dar certo? Quais são as chances da gente piorar as coisas. Não, eu não posso falar com ela agora, eu não tô com cabeça pra isso.

- Mei-Chan!

Deku gritou olhando para a escada, e quando me virei vi ela me encarando.
Deku ajudou ela descer e levou ela até a sala, e eu permaneci em pé perto da escada, até a hora de ir embora. Ela estava perto da porta porque havia acompanhado o Deku até lá, eu passei por ela, e acabei parando. E a única coisa que saiu da minha boca foi " Vai mesmo embora? ", e ouvi o "Sim" dela me impediu de dizer outra coisa. Fui embora segurando as lágrimas.

Em casa, a minha mãe já tinha percebido a nossa situação.

- Brigou com a minha menina né? Não sei o que fazer com você, ela vai embora, vai fazer o que? - Ela falou me encarando.