Acordei cedo no outro dia, com barulho da mudança. Eu escovei os dentes e desci pra sala, na qual já se encontrava vazia, e na cozinha só havia a mesa com algumas de comer. Estavam tirando os móveis do quarto da minha mãe, enquanto ela estava lá fora ajudando a organizar as coisas no caminhão.
Eu saí pra fora e fiquei sentada em uma pedra que tinha no quintal. A minha cabeça estava estranha, como se estivesse girando. Minha mãe me viu e veio me abraçar.
- Bom dia meu amor! Dormiu bem? - Ela perguntou ainda me abraçando.
- Sim.Eu não iria negar, e muitos menos disfarçar a minha dor, já era evidente. E ainda aumentou mais uma coisa na minha cabeça, eu estava com início de depressão. Será que isso explica o que eu tentei fazer aquele dia? Que merda! Eu estou com medo de mim mesma. A minha mãe seguiu orientando os caras da mudança, e eu continuei lá sentada, apenas de cabeça baixa, eu não tinha forças nem para chorar naquele momento. E então me assustei com Izuku me chamando. O garoto se encontrava ao lado de Iida, Uraraka e Todoroki.
- Mei-Chan, você tá bem? - Uraraka perguntou se aproximando.
- Estou sim. Estão fazendo o que aqui? - Perguntei observando os 4, principalmente Todoroki, porque mesmo ele andando com o Izuku e os outros a gente quase não se fala.
- Viemos te fazer companhia até a hora que você for viajar! - Izuku disse se abaixando na minha frente e me olhando nos olhos.Eu não iria negar, seria bom pra mim naquele momento. Izuku foi até minha mãe e disse que iria me levar pra algum até a hora da viagem, e ela deixou sem problema algum.
Saímos os 5 andando em direção ao parque. Uraraka foi ao meu lado segurando meu braço, enquanto Izuku e Iida iam tentando me animar na frente, mas infelizmente não surtia efeito nenhum. Nada naquele momento me deixaria feliz, quer dizer... talvez uma coisa, na qual eu sei que não vai acontecer. Nos sentamos em um banco onde Izuku, Iida e Uraraka seguiam tentando me animar, fazendo gracinhas, falando coisas engraçadas e entre outros. Eu estava incomodada na verdade, aquilo não ia fazer diferença nenhuma, mas eles insistiram até perceber que não tinha jeito. Saíram os três pra comprar sorvete, e eu fiquei com Todoroki, que até aquele momento não tinha falado nada.
- É uma pena você ter que ir embora. Você é uma ótima pessoa, mesmo a gente não conversando muito sei que você é legal. - Ele comentou me encarando.
- Hm. Obrigada! - Falei de cabeça baixa.
- Porque tá me agradecendo? - Ele perguntou confuso.
- Pelo festival. A luta contra você me ajudou muito, eu ainda não havia te agradecido.
- ah sim! Verdade! Acho que foi a primeira vez que chegamos a falar um com o outro. Me desculpa! - Ele falou sério.
- Desculpa porque?
- Peguei pesado de mais com você aquele dia, e ainda por cima... quase te queimei com o meu lado esquerdo. - Ele falou encarando a mão.
- Tudo bem! A Recovery resolveu, não se preocupe.
- É sério, aquele dia eu agi sem pensar algumas vezes...
- Chega Todoroki, eu já falei não precisa se desculpar. - Falei encarando ele.
- Me desculpa, não percebi que estava te incomodando.Depois disso os outros três voltaram com o sorvete. Nós tomamos e então voltamos para a minha casa. Já era 11 horas da manhã, e mesmo estando no verão o dia começou a ficar nublado, seria demais pedir uma chuva forte para cancelarem o vôo? É errado, mas eu queria. Durante o caminho eu olhei para todos os lugares que eu costumava ir, mercados, lojinhas, tudo. O meu vazio estava aumentando, a cada hora.
Cheguei em casa e fui tomar um banho. Peguei a roupa que eu tinha separado e me vesti. Normalmente eu andava bem arrumada, mais pelo fato da minha infância, por causa das meninas que me perturbavam. Eu mudei meu visual totalmente, deixando de lado algumas roupas que eu gostava de usar, mas naquele dia eu usei. Eu queria me sentir bem pelo menos com alguma coisa, então usei um moletom grande que eu amava com uma calça e um tênis. Pelo menos a minha roupa me agradava aquele dia.
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Amor Explosivo
FanfictionMei é uma jovem de 16 anos, que quer se tornar uma heroína. Ela vai enfrentar alguns conflitos. E no meio desses conflitos, ela vai enfrentar outra coisa, uma coisa na qual ela demorou muito pra entender: o amor.