14 - Descobertas

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Visão Katsuki Bakugou

Depois de alguns dias esperando ela entender os sentimentos delas, e me aproximando aos poucos, consegui a oportunidade perfeita. Sinceramente eu estava tão nervoso, e caramba, ela é muito tapada mesmo, eu quis deixar estampado na minha cara que queria beijar ela, pra ver se ela perceberia, mas ela não percebeu. Eu estava com tanta vontade de fazer isso, quer dizer, eu não planejava só um selinho, mas tenho que ir no tempo dela, não quero fazer nada de errado. Prefiro me segurar e ir com calma, do que ir de uma vez e assusta-la.
Mas mesmo assim, aquele momento foi bom. Ela ficou calada e quieta, com a cabeça no meu peito, e me abraçou retribuindo o abraço que dei nela. Ela estava tão vermelha, e tão fofa com aquele rosto confuso. Depois de uns minutos começou a escurecer, e então resolvi ir embora.

- Ei, tá tarde já. Vamos embora. - Falei tentando olhar em seus olhos.
- S-sim! - Ela desviou o olhar e virou um pouco rosto.

Ela se levantou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Eu precisava fazer ela ficar mais tranquila, mesmo sabendo que eu sou o motivo do nervosismo dela. Ela começou a andar, e eu fui ao seu lado, e acabei segurando a mão da garota, que estava um pouco trêmula.

- Ta afim de perder pra mim no vídeo game amanhã? - Tentei puxar assunto pra ver se ela se soltava um pouco, e acabou que deu certo.
- Convencido. Como ter certeza que vai ganhar? Perdeu uma pra mim lembra? - Disse sem nem olhar no meu rosto.
- Claro. Tirou o controle da minha mão. Você não sabe perder.
- Você também não sabe. - Dessa vez ela me encarou.

Depois disso começamos a conversar normalmente de novo, ela já estava mais tranquila. Chegamos no portão da casa dela, e parei em sua frente para me despedir.

- Então até amanhã perdedora. - Falei brincando com ela, e acabei fazendo a morena sorrir.
- Até, "perdedor"!

Me aproximei dela novamente, deixando um beijo em sua testa. E depois fui pra minha casa.

Fim da visão de Katsuki

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Mei

Eu surtei. Não esperava isso dele, até porque eu não sabia que ele queria. Se ele fez isso é porque gosta de mim, não é? Meu coração estava tão acelerado, eu entrei em casa, fechei a porta e fiquei ali mesma escorada, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Olhei a minha mão esquerda, que ainda estava sentindo o toque dele. Eu queria gritar bem alto, não sei porque, parecia que tinha lago dentro de mim que iria explodir a qualquer momento. A minha mãe já tinha voltado do trabalho, ela foi até porta pra ver porque eu ainda estava lá.

- Filha? Tá tudo bem? Porque não entrou? - Ela disse me observando.
- O-oi mãe. É que eu estava pensando em algo. - Falei observando ela se aproximar, e me olhar atentamente. Ela colocou a mão sobre minha testa.
- Você está se sentindo bem? Está quente, e toda vermelha. Onde você estava?
- Eu fui na sorveteria e depois na praia caminhar um pouco. - Falei coçando a nuca.
- Com o Katsuki? - Ela perguntou fazendo meu coração voltar a bater forte novamente.
- Sim. - Baixei a cabeça na hora, e fui tirar o meu sapato logo em seguida.
- Hm. - Ela sorriu me olhando, e ficou com um olhar triste logo em seguida.
- Ta tudo bem mãe?
- Tá sim, agora vai tomar um banho, a janta tá quase pronta.

Subi para o banheiro, e enquanto tirava a roupa, lembrei daquele abraço quentinho que ele me deu, eu fechei meus olhos. E foi como se eu tivesse voltado naquele momento. Eu consegui sentir o cheiro dele, e era como se ele ainda estivesse me abraçando. E por algum motivo lembrei do olhar triste da minha mãe logo em seguida. Tomei o meu banho e fui jantar, e minha mãe novamente ficou calada, e depois foi para o quarto dela. Eu fiquei parada encostada na porta dela pra ver se eu escutava algo, mas não ouvi nada. Resolvi deixar quieto.
Peguei o meu celular, e tinha uma mensagem de Izuku, dizendo: " Oi Mei-Chan, eu te vi hoje junto com Kacchan, mas não te chamei, você parecia bem pensativa, está tudo bem? ", ele como sempre só de olhar sabia que estava acontecendo algo, mandei mensagem pra ele, e contei que eu estava achando minha mãe um pouco estranha. Ele ficou conversando e me fez ficar mais tranquila em relação a ela.

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