13 - Contato

164 13 2
                                    

Depois da entrega das medalhas, todos voltamos para a sala de aula, onde o professor explicou que iriam avaliar todos as propostas de estágios que iríamos receber, e depois que voltarmos para a escola iremos saber quantas propostas tivermos. Nós teríamos dois dias de descanso, tempo suficiente para os que se machucaram se recuperarem.
 Fui embora ao lado de Izuku, já que Katsuki estava tão furioso que nem olhou pra mim. 
 Chamei Izuku pra passar na minha casa, mas o garoto estava cansado e decidiu ir pra casa dele. 
 Entrei em casa, e fui procurar a minha mãe, subi as escadas e fui em direção a porta do quarto dela que estava fechada, quando fui bater na porta, ouvi ela chorando, e dizendo: "O que eu vou fazer agora? E a Mei? Tá bom, eu vou ver o que eu consigo fazer.". Me afastei da porta por um instante, e deixei passar alguns segundos, e então dei duas batidas na porta. 
 Minha mãe abriu a porta, me olhando um pouco assustada, e depois me abraçou.

Você tá bem minha filha? Eu vi você pela TV, você foi incrível, me lembrou o seu pai. -Falou mudando o seu semblante.
Eu tô bem sim. Mas e a senhora mãe? Estava chorando? Com quem estava falando?
- Não filha, eu não estava chorando. Eu estava falando com sua avó, sobre você. - Ela falou segurando a minha mão e me puxando. -Vem, vou fazer algo pra você comer.

Ela pegou um suco na geladeira, e depois um pão. Ela preparou o pão, enquanto eu a observava. Ela estava séria. A minha mãe é sempre sorridente, e ela gosta de me perguntar todos os dias como foi no colégio, e ela sempre me conta como foi o dia dela. Mas ela estava calada. Colocou o pão torrado em minha frente, e levou a mão na minha cabeça e falou pra mim comer. 
 Ela saiu da cozinha e me deixou comendo. Mais tarde fui ajudar ela fazer o jantar. Depois nos sentamos a mesa, jantamos, e ela foi para quarto, e pediu pra mim ir descansar. 

 Eu entrei no meu quarto e fiquei parada encostada na porta. Tinha algo de errado, e quando ela faz isso é porque não quer contar o que é, mas eu iria descobrir de qualquer jeito.

 No outro dia ela saiu pra trabalhar, e eu fiquei em casa organizando tudo. Já era meio dia, eu estava no meu quarto olhando o celular, tinha alguns vídeos meus por causa do festival, eu estava assistindo e vendo os comentários das pessoas sobre mim. De repente ouvi um grito vindo da casa do lado.

- MOOORREEEEE

Eu me assustei com o grito. Era o loiro, ele ainda estava furioso. Logo em seguida ouvi mãe dele gritando.

- KATSUKI, NÃO ACORDE MEIO DIA GRITANDO.

 Eu acabei dando risada daquilo, serviu pra mim descontrair um pouco, já que eu estava preocupada. Resolvi perturbar um pouco o loiro. Assim como ele tem direito de reclamar eu também tenho. Mandei uma mensagem para o loiro dizendo: "Caramba, você grita em! Fala mais baixo na próxima." . A janela do garoto ainda estava fechada. Meia hora depois, ouvi ele abrindo, me levantei achando que ele iria falar comigo, e acabei levando uma bola de papel na cara, e ele fechou a janela de novo. Peguei o papel que parecia ter algo escrito, e quando abri tava escrito "MORRE", o que me fez revirar os olhos e suspirar. Eu não tinha nada pra fazer a tarde, e eu precisava de alguém pra me distrair, e Katsuki parecia precisar de alguém para tirar o estresse dele. Troquei de roupa, e fui bater na casa do loiro. Mitsuki abriu a porta, e quando viu que era eu, me puxou pra dentro da casa na hora. 

- Oi, veio passear? Sua mãe está trabalhando hoje né? - Ela me perguntou.
Sim.

Ela se virou para a escada, e gritou o loiro. 

- Katsuki, desce aqui agora, você tem visita.
- MANDA IR EMBORA! - Ele gritou lá de cima.
- DESCE AQUI AGORA MOLEQUE. 

Eu não queria estressar o loiro mais do que ele já estava, então pedi pra tia Mitsuki não gritar ele.

Amor Explosivo Onde histórias criam vida. Descubra agora