•QUANDO PERDEU A VIDA?•
ERROS. Todos nós os cometemos. Eles geralmente começam com a melhor das intenções, como manter um segredo pra proteger alguém. Ou se distanciando da pessoa que você se tornou. Às vezes, nem sabemos os erros que cometemos para chegar onde estamos.
Ou acabamos descobrimos bem a tempo para acertar novamente. Mas cada erro acontece por uma razão. Pra te ensinar uma lição que nunca teria aprendido. E, felizmente, você nunca mais vai cometer aquele erro novamente.
Porém para Malia...aquele erro não a traria aprendizado, aquele erro a traria frustração e melancolia a sua vida.
[...]
Ela acordou com o sol invadindo o quarto da mansão Riddle naquela manhã, era sol de verão o que tornava tudo mais quente. Procurou com os olhos por ele, se surpreendeu ao ver que ele também a olhava.
— Você não dorme não? — ela perguntou em um mínimo sorriso lhe encarando. Era estranho estar ali.
— Acordei faz pouco tempo — respondeu Tom a jovem deitada a sua frente — Não pude deixar de te observar. Achei que fosse apenas um sonho ou algo sim.
— Não me olhe assim, me sinto envergonhada — ela reclamou voltando a encarar o teto meio confusa — Que horas são? Eu deveria estar em casa.
— Corrigindo, você deveria estar em casa a mais o menos 10 horas atrás — ele lhe abraçou, Malia cheirava flores do campo e morango, era algo doce, ele por algum motivo gostava — Que feio, o que seus pais pensaram ao saber que estava em minha companhia.
— Meu pai não pegaria leve com você só por ser um lorde — ela sorriu voltando a lhe encarar — Eu preciso ir.
— Tudo bem, tenho uma reunião agora com os meus...como você os chama mesmo?
— Lacaios.
— Isso, meus lacaios — ele riu da forma que Malia transmitia certa superioridade quase sem perceber — Eu te mando uma carta, para nos vermos em breve.
— Certo, eu vou esperar — ela concordou colocando novamente o vestido e a capa que estivera vestindo na noite anterior — Lembre-se, voltarei a Hogwarts em menos de uma semana.
— Me lembrarei disso, fique tranquila, eu entrarei em contato antes de partir. — ele levantou colocando a capa — Desça comigo, vou lhe acompanhar até a saída. Aliás é o mínimo que um lord possa fazer para alguém como você.
Ela sorriu, coisa que não deveria fazer. Não deveria gostar daquela situação ou se quer entendê-la. Malia nem deveria estar ali. Mas ela estava, o que me faz questionar quando foi que ela se perdeu de si mesma?
Desceram a grande escadaria da mansão Riddle, maioria das janelas fechadas, pouco era a luz que entrava no local porém a que entrava reluzia aos grandes móveis velhos que ali continha. O papel de parede parecia ser a coisa mais nova na casa, porém toda a estrutura era antiga o que fazia Malia sentir-se se bem já que sempre gostou de ambientes assim.
Seu início de dia estava sendo bom pela primeira vez naquelas férias, ela por algum motivo acordará feliz naquela manhã. Sem ter que lidar com a mãe doente ou se preocupar o quanto o coração que doía.
Mas lá estava ele, ao pé da escada perto do Hall junto da família, é claro ele ainda era um comensal e estaria ali para reunião. Regulus Black um rosto que fora tão conhecido para ela no ano passado agora não passava de um simples estranho.
— Senhorita Fawley, que prazer em vê-la aqui, como está sua família?? — perguntou Orion a jovem, ele não parecia nem um pouco surpreso ao vê-la ali. Ou simplesmente não questionário o interesse amoroso de seu Lord.
— Não posso dizer o mesmo de você e de sua família — sussurrou Malia o que fez Tom sorrir pela suposta crueldade — Estão bem, só ocupados.
— Ninguém os viu essas férias, achamos que poderia ter acontecido algo — comentou Wlaburga a jovem garota — Viajaram?
— Sim — quem respondeu foi Tom, havia sido rápido em sua resposta que nem Malia raciocinara ela — New Orleans, não foi o que me disse?
— A claro...sim, viajamos para la — concordou — Cidade simplesmente perfeita.
O silêncio invadiu o local por alguns segundos, ate a jovem Malia voltar a falar.
— Está tarde...cedo no caso, mais eu preciso ir. Foi um prazer em vê-los Senhor e Senhora Black. To...Lord eu esperarei pela carta — e quase que como em uma fração de segundos ela saiu, ignorando qualquer movimento que Regulus fizera, seja na tentativa de falar ou algo ou fazer algo. Sua rejeição o machucara profundamente.
[...]
O problema da rejeição é que você não sabe diretamente quando ou por onde ela vem, mas sabe que ela está ali. Seu coração sente, sua mente te diz e você se quebra no momento que ela obstem de seu corpo.
A rejeição não cairá só para Regulus naquela história toda, mas por alguma razão a todos que um dia conhecera a garota que Malia era. Suas amigas Narcisa e Raven já não tinham notícias já jovem a um tempo. Ella mal a via ou ouvia sua voz pela casa.
Seus pais já não conseguiam ver o semblante de alegria em seu rosto, os cor azul dos olhos deram lugar a olhos negros e sem vida.
As vezes nós...meros mortais estamos tão, mais tão ocupados em nossas vidas falsas e fajutas que não percebemos o que acontece ao redor, com pessoas que convivem conosco dia após dia.
E talvez fora isso, ou a beleza do pingente que a jovem e alegre Malia carregou por um ano no pescoço, um cordão que carregava uma beleza genuína ofuscou os acontecimentos do ano, um cordão com o pingente que traçou sua vida ,seu destino e que destino cruel.
A beleza e a alegria da jovem ofuscaram o real motivo que ele estivera em seu pescoço, ofuscou a forma que Tom Riddle a tinha na palma da mão, a forma que ele soubera de seu relacionamento com Regulus, a forma que ele descobriu que ela poderia ver o futuro e por isso seria uma excelente arma a ser usada.
A forma que no dia 22 de outubro de 1977, um ano atrás ela perderá sua alma ao desconhecido mal e ninguém pudera enxergar já estava todos muito ocupado com seu próprio umbigo.
Querem saber? Saber quando Malia perdeu a felicidade? A um ano atrás, quando traçou um acordo que lhe concedeu a uma morte futura e a traição de Regulus só fora a ponta do iceberg se rompendo.
PÁGINAS DO DIAIRO DE MALIA FAWLEY, 1979
Não é culpa deles...ou talvez seja? Eu os amaldiçoou por isso, os amaldiçoou por não me resgatarem a tempo. Por não me tirarem do fundo do abismo, eu os amaldiçoou por minha morte tão cruel.
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𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋│REGULUS BLACK
Fanfikce𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 || Podemos permitir que as coisas ruins que aconteceram conosco definam quem somos. Ou podemos apenas definir quem somos. ELA TEVE uma visão sobre o futuro e a morte de um desconhecido, até onde ela sabia. E com isso decide que salvá...