•EM UMA NOITE DE VERÃO•
AS NOITES DE VERÃO eram sempre as mais lindas para Malia, o céu sempre estava mais estrelado a ela lua ficava tão cheia e linda que fazia com que ela quisesse ficar ali por um bom tempo lhe admirando.
Mas após tudo que passou no ano anterior, e a morte da mãe, ela já não via muita graça em a precisar o céu ou as estrelas, mesmo querendo acreditar fortemente que sua mãe talvez se juntasse a elas...aquilo tudo já não fazia mas sentido a ela.
As noites já não eram agradáveis, e seus sonhos se tornavam pesadelos em um piscar de olho...como aconteceu novamente naquela noite.
[...]
Malia se contorcia na cama, se mexia tanto que sua cobertas já se encontravam espalhadas pelo chão ao lado da cama. Suava frio e uma corrente eletrizante de medo percorria seu corpo por completo.
Era como correr, correr para uma saída para enfim abrir uma porta e escapar daquela escuridão e jamais alcançar a saída. Não importa o quanto Malia tenta-se, a porta não abrirá, nunca achava a saída.
Era como se perder em um labirinto, um labirinto tão profundo quanto um buraco negro. E aquilo a deixava tão...mas tão assustada.
— Não por favor...— choramingou baixo — Está me machucando...Tom...por favor me solte.
Sua voz era falha, saia quase em um sussurro. Estava se sufocando em suas próprias palavras embargadas pelo choro.
— Me devolva...eu preciso disso — voltou a choramingar, suas mãos tremiam sobre os lençóis na tentativa falha de agarra-los. — Tom...por favor eu preciso das minhas lembranças.
Sua voz já era um tanto que alta, mantinha seus olhos fechados enquanto seus pesadelos lhe levavam a uma realidade que jamais queria voltar. Não importa o quanto tentasse correr...ele sempre, sempre a alcançava.
— NÃO ME TOQUE! NÃO ME TOQUE!! — ela gritou o mais alto que conseguiu — Está me machucando, está me machucando...para!!
Seus gritos ecoavam pela casa, por cada canto daquele lugar fazendo todos que estavam em sua camas saltarem e correrem na direção que os gritos vinham.
Ella entrou rapidamente no quarto, Regulus logo em seguida e por último Henry que encontrou a filha se contorcendo e se debatendo contra a própria cama.
— Querida por favor acorde — pediu Henry tentando se aproximar — Malia acorde, é apenas um sonho ruim, acorde!!
Não importa o quanto ele implorasse para a filha acordar e abrir os olhos Malia continuava a se debater contra a cama, os gritos faziam com que eles alto se agonizassem por dentro...ela parecia sofrer a cada segundo que passava.
Foi quando Regulus final lhe tocou a mão.
— Malia...acorde...
A garota recobrou o juízo, em questão de segundos ela já se levantará e se encolhia ainda mais no canto do chão de seu quarto olhando para os rostos a sua frente. Sua face estava avermelhada e molhada pelo choro, ela suava frio e tremia. Ella e seu pai mal conseguiam lhe encarar sem sentirem culpados, até mesmo Regulus estava se condenando.
— Estou aqui, Malia — sussurrou Regulus — Vai ficar tudo bem...— relâmpagos cortaram a noite, iluminando o cômodo de tempos em tempos. E ela encolheu-se ainda mais, como se fosse possível.
Regulus enfim conseguiu se acomodar no chão, ao seu lado, passou o braço por cima dos ombros trêmulos da garota o que a fez recuar.
— Olhe para mim Lia...— murmurou de forma delicada e firme — Se você apenas olhar para mim, saberá que está segura.
Ela ergueu o olhar lhe encarando, seus olhos estavam tão machucados desde a última vez que a vou chorar.
— Eu não quero voltar para lá...— ela murmurou — Eu não quero voltar pra ele...por favor Regulus não deixe que ele me leve.
— Malia...
— Toda noite que me deito eu tenho essas lembranças em formas de pesadelos — abaixou o olhar ao chão levando suas mãos na cabeça, doía tanto que parecia que logo iria explodir — O toque dele, o jeito que ele me olhava como se eu fosse uma presa...a maneira que ele me manipulou, me torturou para que eu esquece-se...a forma que ele tomou a minha vida...eu não...eu não quero mais voltar para lá. — seu choro voltou, ela ergue novamente o olhar para ao rapaz. Seu olhos tão machucados imploramos por ajuda. — Não deixe que ele me leve...por favor...diga que não permitirá.
— Ei...— ele lhe abraçou fortemente, tornando seus braços um lugar segura para ela — Eu lhe prometo...eu jamais vou perder você de vista...e ele nunca voltará a tocar em um fio de cabelo seu...ouviu? Jamais!!
Henry se encostou na porta, nada doía mais do que ver a filha naquele estado. Ella saiu rapidamente do quarto, tudo aquilo era demais, não suportava...não conseguia olhar para a irmã e saber que não poderia fazer nada para ajudar.
A vida de todos costumava a ser tão simples...mas nós nunca notamos, até que ela se torne absurdamente dolorosa e complicada.
[...]
Os relâmpagos da chuva de verão iluminava aquele minúsculo cômodo que Peter Pettigrew se encontrava, olheiras aprofundas, seu semblante triste e cansado. E olhos tão desgastados por observar a foto de Sarah como fizera desde sua morte.
A falta que ele sentia, o modo que ele implorava para que ela estivesse viva era doloroso, saber que a perdeu...saber que não importa a quanto ele tentasse ela jamais voltaria. E não havia mais nada a ser feito, a não ser se afundar em sua própria amargura.
A porta do pequeno cômodo se abriu, ele limpou o rosto e bebeu o último gole da garrafa de whisky para tomar coragem para encara-lá.
— Ele quer te ver — disse Bellatrix girando a varinha entre os dedos — Melhor não se atrasar como das últimas vezes.
— É a segunda vez em uma dia — murmurou Peter em uma voz falha pela bebida — Já disse que não tenho informação úteis...aliás vocês já tiveram reunião hoje.
— Está bêbado? De novo? — ela bufou com raiva — Peter...caramba...olha escuta, o idiota do Regulus desertou e ele desconfia que tenha outros querendo fazer o mesmo. Então ele precisa de alguém mas missões, e ele te escolheu. Então lava essa cara e vem logo...
— Fazem 9 meses...
— O Que?
— 9 meses que ela se foi...e nada — ele negou com a cabeça — Ele não me ajudou em nada desde que cheguei.
— Peter olha...— Bellatrix respirou fundo, e se abaixou — Ele vai vingar a morte da Sarah, acredite nisso...Sarah será vingada...e você fará isso por ela, deve isso a ela.
Aquilo...esse sentimento de culpa que Bellatrix jogava em cima dele dilacerava cada parte de seu coração. E fazia com que ficasse cada vez mais convencido de que estar ali era o certo...e que trair seus amigos, ou as pessoas que mataram Sarah, até onde Bellatrix "lhe contara" era o certo...pobre Peter ele mal sabia a onde o amor o levaria aquela vez.
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𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋│REGULUS BLACK
Fanfic𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 || Podemos permitir que as coisas ruins que aconteceram conosco definam quem somos. Ou podemos apenas definir quem somos. ELA TEVE uma visão sobre o futuro e a morte de um desconhecido, até onde ela sabia. E com isso decide que salvá...