Capítulo 1

2.9K 104 16
                                    

  Catarina

Sinceramente, ultimamente a paz não tem sido minha amiga!A investigação não acaba e eu não tenho sossego. E pra completar o combo desgraça, o Hernandes faz o favor de me acordar as seis da manhã minha folga, pra ir na porcaria daquele distrito, me presto a ir só por obrigação, é meu trabalho. Desde o meu último vacilo, aquele velho do Hernandes não sai mas do meu pé, ele vem vivendo os últimos dias como se fosse minha sombra, 24 horas no meu pé.

Torres: Bom dia Ramírez!-ele falou me olhando com uma ar de superioridade. Odeio esse cara!

Catarina: Bom dia somente pra você Torres, realmente, não sei o que estou fazendo aqui, até onde eu sei, hoje é meu dia de folga-falei olhando pra ele sem a menor vontade de começar uma conversa com esse cara.

Torres: O chefe pediu pra te chamar, fez alguma coisa que não devia Catarina?- ele disse como se soubesse de alguma coisa que eu não sabia.

Catarina: Bom, se tivesse feito pode ter certeza que eu não te contaria, até porquê, não tem nenhum motivo pra você saber da minha vida, o que eu faço ou deixo de fazer, não é da sua conta. Agora da licença.

Nunca entendia o fato dele em dias aleatórios querer falar comigo, ele nunca gostou de mim, nunca entendi e não faço a mínima vontade de descobrir, está ótimo assim. Bati na porta torcendo pra ser algo rápido, só queria ir embora e aproveitar minha folga.

Catarina: Bom dia senhor Hernandes. Agora eu posso saber o motivo de tanta urgência para o senhor está me ligando as 6 da manhã ?- que ódio desse velho.

Hernandes: Bom dia Catarina. Não queria incomodar você, mas no momento atual foi necessário.- ele falou apreensivo.

Catarina: O senhor não poderia ter dito por telefone? Era realmente necessária a minha presença aqui?- falei sentando na cadeira a minha frente.

Hernandes: Não é qualquer assunto para ser discutido por telefone.- ele disse me olhando sério.

Catarina: Então vamos direto ao ponto, pra quê e porquê eu estou aqui?- Perguntei quase sem paciência

Hernandes: Depois da última operação, você começou a ser investigada, pois acharam a fuga dos bandidos muito suspeita, a mais ou menos uma semana foram encontradas provas no seu armário que te ligam ao roubo do Banco, por conta disso você está fora da investigação, e sinto muito, mais você vai ser presa.- ele disse sem a menor emoção ou algo do tipo.

Catarina: Isso não tem o menor sentido e lógica senhor Hernandes, que provas foram encontradas? e em que armário eu nem tenho armário aqui na delegacia, nunca tive armário e nem faço questão de ter, as minhas coisas ficam todas dentro do meu carro. -falei me levantando da cadeira, a esse ponto eu já estava suando frio.

Hernandes: Não tente se safar disso Catarina, o armário está no seu nome, a chave esta com você a três meses segundo o registro, eu sinto muito mesmo.- ele disse se levantando e indo até a porta.- Você vai ser levada para o destrido da Sofia e de lá irão fazer o seu encaminhamento para o presídio.

Catarina: Isso é realmente sério? Eu venho dedicando todos os meu dias a essa investigação, e agora eu vou ser presa sem provas pela mesma?- falei quase entrando em desespero.

Hernandes: Catarina, eles têm provas, o Torres vai levar você.- ele falou e logo em seguida chamou aquele filho da puta.

Ele veio me algemar, e me levou para a viatura. Cheguei na delegacia e era claro os burburios com o meu nome, ele me deixou na sala da agente Rodriguez e saiu.

Sofia: Não esperava isso de você Catarina.- ela disse me olhando com um semblante triste.

Catarina: Eu não fiz isso Sofia, você me conhece o suficiente pra saber que eu nunca faria isso.- Falei olhando pra ela incrédula.

Sofia: Parece que não te conheço o suficiente. Bom você passará essa noite aqui e amanhã de manha será transferida para o presídio local.

Ela disse brevemente e logo saiu, pouco tempo depois um policial entrou para me levar até a minha cela.

Eu não estava acreditando. Vinha dando a minha vida pela porcaria dessa investigação, e agora isso me acontece, seriamente eu quero que todos naquela delegacia se explodam. Eu vou dar meu jeito e vou pegar esse filho da puta e provar que eu sou inocente.

EntrelaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora