Capítulo 6

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                                    Luna

Acordei já procurando meu pai pela casa, desde o dia que fui ver a Eveline ele anda fugindo de mim, todo dia ele inventa algo diferente, e agora ainda tem aquela Catarina, que mulher perfeita meu Deus, ela é um pecado. Já dei meus vacilos com a Eveline, nada que ela também não tenha feito, mas na cabeça dela eu não sei de nada, entretanto eu sei de coisas que ela nem sonha, só que no momento tem desconfianças atoa, eu não faria isso com ela, ou faria, não sei. Elas são amigas desde a infância e a Eveline já surtou vendo o que nem aconteceu, ou aconteceu, sei lá. Tá, vamos ser sinceros, eu realmente estava babando pela Catarina, e pelo jeito que passeou os olhos pelo meu corpo, ela também gostou bastante do que viu, mas não foi pra tanto né?! A Eveline não precisava surtar.

O barulho da porta se abrindo me tirou dos meus devaneios, corro pro andar de baixo e encontro meu pai.

Luna: Oi pai, a gente precisa conversar.- falei assim que ele entrou no meu quarto.

Santiago: Oi!- diz ele ainda de costas pra mim.

Quando se vira vem e me abraça.

Luna: Uau, tem tanto tempo o senhor não me abraça.- digo ainda surpresa

Santiago: Eu sei filha, desculpa, não consegui lidar direito com o que aconteceu, mas pra recompensar a minha ausência, tenho uma surpresa pra você.- ele vai até a porta e abre, Eveline e Catarina entram. Olho pra elas e pra ele estagnada, sem conseguir entender.

Vendo meu espanto, ele volta a falar:

Santiago: Eu estive fora durante esses dias ajudando a Eveline a fugir e paguei a fiança da Catarina, esse é o meu jeito de prometer que vou ser melhor daqui pra frente. Não quero a minha filhinha triste. -ele beija minha testa e sai de casa novamente.

Eveline: Não está feliz em nós ver?- ela perguntou.

Luna: É claro que estou, mas ainda estou chocada. -digo olhando dela pra Catarina, estava mais feliz em ver ela do quê a Eveline.

Catarina: Posso tomar um banho? Tem como você me emprestar algo pra vestir? Não aguento mais essas roupas.- ela pergunta

Luna: Claro, vem, vou te levar pro meu quarto.- pego ela pela a mão e arrasto escada acima, Eveline não segue a gente, isso é um sinal de que ficou com raiva.

Luna: Tem toalhas limpas no armário, toma banho enquanto eu separo uma roupa pra você e uma pra Eveline, ou se preferir pode escolher alguma coisa do seu agrado.- ela agradeceu. Esperei ela sair, ela saiu do banheiro de toalha e era impossível não reparar naquele corpo envolto na toalha. Olhei tanto que ela ficou vermelha!

Luna: Desculpa, ali fica o guarda roupas, pode escolher o que quiser.- com isso, saio do quarto e vou chamar a Eveline para tomar banho.

...

Luna: Ivi, vem tomar banho, a Catarina já acabou.

Eveline: E você ficou lá fazendo o que? Ajudando ela a tomar banho? -pergunta ela, claramente com ciúmes.

Luna: Como não sabia o que ela queria vestir, fiquei pra mostrar onde ficavam minhas coisas.

Eveline: Só isso?

Luna: Sim, só isso. Você também caça motivos para a gente brigar.

Eveline: Não é isso luna, só queria saber o que ficou fazendo todo esse tempo lá em cima com ela.- ela disse pegando um copo de whisky.

Subimos e ela entra direto no banheiro, entro pro quarto e vejo a Catarina trançando o cabelo, ela escolheu um vestido vermelho que eu tinha, marcava cada curva do corpo dela e mostra demais, ela é linda.

Catarina: Ah, oi Luna, não vi você ai.- ela disse sorrindo.

Luna: A minha mãe costumava fazer tranças no meu cabelo.

Catarina: A Eveline me contou o que aconteceu, sinto muito.- ela disse com um meio sorriso mo rosto

Luna: Obrigada! Bom, eu vim te levar pro quarto de hóspedes, você deve estar cansada.

Catrina: Estou sim, vamos.

Saimos do quarto, e eu estou tão distraida olhando pra ela que tropeço em um tapete que ficava no corredor que nunca entendi a função, ela me segura e me puxa pela cintura, nossos rostos ficam tão perto que consigo sentir a respiração lenta dela condensando no meu rosto. Justamente nessa hora a Eveline abre a porta do banheiro. Merda

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