"Prazer, meu nome é Bruno. Bruno Rezende."
Eu fiquei meio paralisada, com um sorriso de canto de boca. Acho que aquilo demorou um pouco demais, porque Tato, notando que eu estava completamente estática, falou:
- Bruno, essa é a Linda. Linda, esse é o Bruno. Um amigo meu carioca, que conheci numa das minhas viagens pra lá, mas acho que você já o deve conhecer. Afinal, quem não conhece nosso Bruninho, né?
- Eu...- gaguejei - na verdade...- disse bem sem graça - não o conheço, mas é um prazer conhecê-lo, Bruno.
- Você tá de sacanagem? - Tato perguntou.
Eu fiquei muito sem graça. Realmente, eu não fazia ideia de quem ele era. E me pareceu que eu deveria sim saber quem ele era devido à cara com a qual Tato me olhou.
- Ah, Tato - Bruno disse em tom descontraído - Não tem nada demais ela não saber quem eu sou.
- Porra, mas quem não conhece o capitão da seleção brasileira de vôlei?
- Eu. - disse rindo, meio constrangida.
Bruno olhou pra mim. Achou graça de como eu fiquei desconcertada com toda a situação. Alguém apareceu chamando por Tato, que prontamente nos deixou a sós e foi cumprimentar o pessoal que tava chegando.
- É... - eu disse tentando organizar tudo que aconteceu nos últimos instantes na minha cabeça - Então o senhor é capitão da nossa seleção de vôlei e eu não te conhecia até o momento. - ri um pouco por causa da minha completa desinformação relacionada ao mundo dos esportes.
- Sou sim - Bruno disse - Sou mais conhecido como Bruninho, sou levantador.
Minhas pernas estavam cansadas, os últimos plantões foram intensos.
- Quer se sentar ali? - indaguei
- Sim, vamos.
Nos sentamos em uns banquinhos que tinham ali mesmo na varanda, sentamos de frente pra lua.
- Me conte um pouco mais sobre sua trajetória no vôlei, fiquei interessada.
- Ah... Bem, minha história no vôlei começou na barriga da minha mãe, Vera Mossa, que era jogadora de vôlei pela seleção feminina e era casada com meu pai que também era jogador da seleção masculina de vôlei, mais conhecido como Bernardinho - essa última parte ele disse rindo um pouco.
Eu fiz uma cara de surpresa.
- Meu Deus. Você é filho de Bernardinho?
- Sim. O próprio. Conhece?
- ( risos) É claro que conheço. Quer dizer, já ouvi falar. Mas eu não sou ligada em esportes. O máximo que faço é assistir copa do mundo com meus amigos.
- Entendi, não tem problema, não pense que fiquei chateado por você não me conhecer. Não me acho tanto assim.
Eu dei um sorrisinho de canto de boca, estava começando a me sentir confortável com aquele papo com o tal do capitão da seleção de vôlei.
- Ufa, então fico mais tranquila. Estava me sentindo meio burra por isso.
- E você? Me conte. O que faz da vida?
- Estou concluindo o curso de Medicina pela UFBA. Me mudei pra Salvador ainda criança, mas sou carioca.
- Eu também - Bruno disse sorrindo - Eu amo o Rio.
- Ah, eu amo também, mas admito que prefiro a Bahia. Só que pretendo ir morar lá depois que terminar a faculdade, quero ficar perto dos meus avós.
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Só nós dois
General FictionLinda é uma mulher feliz e que não estava à procura de um relacionamento. Conhece um grande amor, chamado Bruno Rezende. Ela precisa aprender a lidar com as mudanças em sua vida com a chegada dele e a vida pós faculdade. No entanto, uma pessoa do pa...