Notas iniciais:
Oi bolinhos de morango!
Cá estou eu trazendo mais um capítulo dessa fofura (aproveitem essa vibe).
Sei que demorei 1 semana para postar, mas a partir do próximo essa fic será quinzenal. Fiquem atentos às notas finais com mais informações.
Boa leiturinha 🖤
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12 anos antes, propriedade dos Zenin:
Um garotinho de cabelos escuros espetados e expressão séria se esgueirava pela propriedade gigantesca, se mantendo oculto dos olhares daqueles que o mandariam voltar para dentro. E agora ele não queria voltar. Queria explorar.
Megumi era muito esperto para sua idade, então ele sabia que precisava se comportar para que cuidassem bem de sua irmã. Afinal, mesmo contrariando a natureza dos alfas e ômegas, sempre fora ele quem assumia uma posição mais protetora em relação a ela e até mesmo com a mãe. E agora que os dois irmãos tinham apenas um ao outro, sentia que precisava mantê-la segura.
Mas, mesmo sabendo de tudo isso, ele também sabia que conseguiria dar um jeitinho de escapar de vez em quando sem que ninguém notasse, já que era um garoto muito observador. É claro que não queria fugir, apenas sair um pouco e voltar rapidinho.
E também, depois que foram levados para aquele lugar enorme, foram raras as vezes em que ele pôde realmente encontrar Tsumiki ou passear livremente, totalmente sozinho.
Megumi franziu a testa e quase fez um biquinho, em sua expressão emburrada.
Os adultos diziam que o mantinham daquela forma para a sua segurança. Mas será mesmo que precisava de tudo isso? E por que só ele?
Oculto pela sombra dos arbustos, o garotinho se mantinha em movimento com leveza e silêncio, e internamente se admirava com a beleza que encontrava em alguns cantinhos desconhecidos pelos olhinhos azul escuros. Explorar era divertido. É claro, daria a ele um conhecimento sobre o local, que seria útil no futuro, mas também dava a esse ato um ar de aventura que era mais legal do que tinha pensado.
Como era possível que morasse ali há quase um ano e conhecesse tão pouco do que estava encontrando?
O pequeno Fushiguro, querendo ver mais e com mais detalhes aquela propriedade enorme, se certificou de que não tinha ninguém por perto e começou a subir em uma árvore volumosa, sentando-se em um galho fino, mas que tinha força o suficiente para segurar o seu peso. Era um bom esconderijo por enquanto, já que seu corpinho era oculto pelas inúmeras folhas, que dançavam com a brisa fresca.
Aproveitando, então, a visão mais ampla que conseguia em meio àquele verde escuro, Megumi permaneceu ali por algum tempo, percorrendo seu olhar atento pela paisagem, procurando absorver os detalhes que conseguisse.
Mas, enquanto fazia isso, não conseguia conter os pensamentos que voltavam a martelar em sua cabecinha.
Afinal, por que tinha que fazer tudo isso? Ele e Tsumiki poderiam estar em uma casinha menor e confortável, com sua tia. Juntos. Onde poderiam se ver todos os dias. Mas ela os deixou com aquela família estranha, dizendo que seria melhor assim. Melhor para quem? Sentia falta da irmã, por mais perto que estivessem ali. Sentia falta de sua mãe...
O pequeno balançou a cabeça, quase querendo espantar aqueles pensamentos ruins, como se fossem mosquinhas irritantes. Não era hora para isso, estava no meio de uma "missão importante de exploração". Se acomodou melhor o máximo que deu no limite daquele galho, arrumou sua postura e se concentrou novamente naquela vista e nos detalhes por mais algum tempinho.
Até que um cantinho cheio de cores chamou sua atenção. Não ficava tão longe dali, mas ele desconfiava que era um dos extremos da propriedade. Provavelmente, eram algumas flores, que ficavam após uma longa fileira de arbustos e, por isso mesmo, longe de sua visão.
Hesitou um pouco, mas, como se fosse atraído pela doçura daquelas cores suaves, passou a se locomover entre as árvores do modo mais silencioso e discreto que conseguiu. Chegando até aquele cantinho colorido, o garotinho se preparou para pular do galho mais baixo, de modo que não se machucasse.
E, talvez por estar tão concentrado, não notou que não estava sozinho.
Megumi aterrissou, com os joelhos dobrados, em um local devidamente calculado, onde não havia flor para ser pisada. O rostinho concentrado (e com uma curvinha mínima de um sorriso satisfeito e orgulhoso por ter conseguido tal feito), voltou-se para a frente.
Foi quando os olhos azuis profundos se encontraram com um par de castanhos amendoados, que estavam surpresos pelo que havia acabado de presenciar.
Em um sobressalto, o menino de roupas escuras ergueu-se, bravo consigo mesmo por não ter notado que já havia alguém ali. Um pequeno alguém, que tinha cabelos curtinhos e confundíveis com algumas das flores bonitinhas que carregava naqueles braços. E que tinha as bochechas redondinhas coradas e uma expressão doce, mesmo com o ar de surpresa que havia ali.
O pequeno Yuji, minutos antes, estava brincando no quintal de sua casa antes de sair para um passeio em família, quando acabou indo um pouco além do terreno, encontrando uma abertura e aquele lugar cheio de flores. Com os olhos brilhantes pela descoberta, chegou mais perto e passou a escolher as mais bonitas para levar até seus pais antes de saírem. Eles gostavam muito de flores (ou era ele quem gostava?).
Acabou por se distrair tanto que nem notou que alguém se aproximava do alto. Até que se assustou com esse pequeno alguém pulando de uma árvore e aterrissando bem na sua frente, com uma pose digna de um super-herói, logo antes daquele garoto também se assustar e se levantar.
Ficaram ambos se encarando por alguns segundos, sem saber como reagir e absorvendo o que cada um havia acabado de ver.
– Uau... – Soltou o dono dos olhos castanhos, ainda admirado com aquele pulo, mas em seguida ficando um pouco mais rosadinho.
Ainda sem falar nada, Megumi inclinou levemente sua cabeça, curioso com aquela criatura fofa, que tinha um olhar de admiração envergonhada e que não desviava os olhos dos seus, por mais vermelhinho que ficasse a cada segundo.
Quem era ele? De onde veio? Era um dos Zenin? Não, disso tinha certeza que era impossível. Não sabia ainda definir o porquê, mas sabia que era. Então teria ele vindo de fora?
Mais um tempinho se passou até que, parecendo se lembrar do que fazia antes e que precisava ir embora logo, o garotinho de cabelos rosados olhou para as flores que carregava, escolheu a mais bonita de todas e estendeu o braço para o de cabelos escuros pegar, entregando, além da flor, um sorriso ensolarado.
Em seguida, correu em direção à sua casa, deixando para trás um pequeno Megumi ainda confuso e agora com as bochechas vermelhinhas, assim como a florzinha que segurava perto do peito.
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Notas finais:
E aí, o que acharam desse primeiro encontro dos nenéns?
Espero vocês no próximo cap. 👉🏻👈🏻
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@ Ichigocake5
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Refúgio
أدب الهواةRefúgio é um local que abriga, protege, mantém longe dos problemas. Para Megumi, os braços de Yuji faziam tudo isso e também o aqueciam. Aqueciam seu corpo, seu coração, eram seu conforto e seu cantinho de felicidade. Para esses dois jovens apaixona...