Antes de Hana nascer:
Megumi andou pelo corredor de sua casa, chegando até a cozinha. Sua testa estava franzida enquanto seus pensamentos estavam confusos, embaralhados. Ele não conseguia entender de onde vinha aquilo. Até poucos segundos, estava trabalhando em sua salinha e planejando algumas encomendas, concentrado. Agora, ele sentia... fome? Não, não era exatamente isso. Era uma vontade súbita e maluca que quase deixava sua boca seca. Tão urgente que o fez se levantar e aqui estava ele, olhando confuso para a fruteira.
Mas de onde vinha aquilo? Quem em sã consciência iria comer aquilo?
O jovem ômega não conseguia pensar direito, apenas mordia os lábios, quase suando frio enquanto travava uma batalha silenciosa.
Até que, engolindo em seco, pegou uma das bananas que haviam comprado recentemente e olhou para a geladeira. Se aproximou e abriu a porta devagar, recebendo aquele frescor. E ficou ainda mais agoniado ao perceber que não tinham o que ele procurava.
– Amorzinho, já tá com fome? – O jovem de cabelos rosados surgia atrás de si alegremente. Provavelmente havia acabado de fechar a loja. Depois, o alfa olhou com atenção para o marido e continuou falando: – O que aconteceu?
Megumi olhou novamente para o interior daquela geladeira e para o que tinha em uma de suas mãos. Depois, voltou-se para o outro.
– Yuji... eu não sei como explicar isso. – Acabou dizendo, muito confuso.
– Explicar... o quê? – Yuji estava ainda mais confuso. – Espera, primeiro vamos fechar isso aqui. – Disse, fechando a porta da geladeira e pegando uma das mãos do ômega. – O que tá acontecendo?
– Eu... não sei. – O moreno encarou aquela banana, confuso. Quando havia sentido aquilo? Tinha certeza de que essa situação não era tão novidade assim para ele. Mas não era possível que... Por fim, acabou dizendo: – Só sei que me deu vontade de comer isso com... com maionese e ketchup... e não tem em casa.
Mas por que diabos me sinto tão triste a ponto de quase chorar por isso??
– Banana... com maionese e ketchup? – Yuji estava realmente confuso. Ele olhava para aqueles olhos azuis, abaixo das sobrancelhas escuras curvadas, e conseguia ver o quão seu marido também estava. Além de parecer realmente decepcionado. – Tá... tudo bem, não é a primeira vez que você quer comer alguma coisa diferen...
O jovem alfa, de repente, parou de falar quando se lembrou da outra vez em que aquilo havia acontecido. Eram outros tempos, no qual havia um grande peso em suas costas e um medo constante. Uma época em que ambos ignoravam sinais um tanto óbvios, que hoje ele conseguia entender. Sinais que, agora, pareciam milagrosamente se repetir.
– Gumi... você sentiu mais alguma coisa? – O jovem alfa segurou delicadamente o rosto do moreno entre suas mãos. Sua preocupação era visível e quase dita por aqueles olhos castanhos.
– Não sei. – Megumi desviou seu olhar, se afastando daquelas mãos calorosas. Ele sentia medo de ter esperança de algo, e mais medo ainda do que poderia acontecer. Constantemente, precisava lembrar a si mesmo que estava tudo bem agora. Além do mais, Shoko-san já havia dito que seria muito difícil acontecer algo assim. Logo, olhou novamente para a fruta, que ainda estava em uma de suas mãos. – Eu só sei que preciso disso. Quero. Eu quero isso, não é uma necessidade. Mas... também não queria esperar até amanhã.
Yuji sorriu e deixou um beijo na testa do seu bravinho.
– Tudo bem, amorzinho. Vamos comprar o que falta e você come o quanto quiser.
O jovem ômega olhou para ele outra vez, com os olhos brilhando. Não sabia por que isso importava tanto, mas sentia um alívio enorme com essas palavras. Por que será que estava tão emotivo por uma coisa boba como essa?
Logo eles sairiam para fazer compras rápidas e Megumi iria saborear aquela mistura maluca, como se fosse o alimento mais saboroso que existia. Mais tarde, ele iria analisar aquela situação com calma e perceberia que, sim, ele realmente estava sentindo outras mudanças em seu corpo.
E, meses depois, estariam ambos ansiosos pela chegada de uma pequena florzinha.
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Notas finais:
Oi, bolinhos de banana (sem maionese e ketchup, cof cof) 🥰
Esse extra está escrito faz muito tempo e me esqueci completamente dele, desculpem essa doida aqui
Ainda tenho mais alguns planejados e um quase todo escrito, então aguardem mais fofuras e muita gostosura (😈)
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Refúgio
Fiksi PenggemarRefúgio é um local que abriga, protege, mantém longe dos problemas. Para Megumi, os braços de Yuji faziam tudo isso e também o aqueciam. Aqueciam seu corpo, seu coração, eram seu conforto e seu cantinho de felicidade. Para esses dois jovens apaixona...