23. Reencontro e notícias

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Notas iniciais:

Oi bolinhos ❤💕

Não vou me estender muito por aqui, então boa leitura e vejo vocês nas notas finais

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Uma jovem alfa de cabelos curtos chegava a uma lanchonete cheia de pessoas. Ela parou na porta apenas para localizar quem a esperava, mas logo que a encontrou, seguiu a passos apressados até a mesinha. Ignorou totalmente o aperto no peito causado pela saudade que a consumia, lá no fundo, sentando-se na cadeira que ficava de frente para Maki.

– Você tem 15 minutos. Tenho outros compromissos. – Disse, na defensiva. Era verdade que ela teria coisas a resolver pela família naquele dia, mas não eram tão urgentes nem tão importantes. Porém, Mai não queria lidar com tudo o que estar perto de sua irmã causava. O que ela quer, afinal? Depois de todos esses anos...

Maki olhava para a irmã gêmea com um misto de saudade e culpa. Fazia muitos anos que não se viam, desde a última briga quando a mais velha fora embora daquela propriedade sufocante. E ela tinha certeza que sua irmã realmente não estava bem. Por mais que estivesse com o nariz empinado e arrumada, estava mais magra do que deveria e um pouco pálida. O que aconteceu durante todos esses anos?

– Como você está? – Perguntou, como em um início de conversa comum, mas no fundo preocupada de verdade.

– Estou ótima. Melhor que nunca. – A mais nova mentiu. Ela jamais baixava a guarda, era como um reflexo, uma necessidade natural.

– Tem certeza? – Os olhos âmbar fitavam a irmã por cima dos óculos, como se procurassem se comunicar de verdade com ela.

– Claro que sim. E seu tempo está acabando, não tinha um assunto importante para tratar? – Respondeu, desviando o olhar como se não ligasse. Definitivamente não queria prolongar aquela conversa.

Maki suspirou, tomando um longo gole de seu suco antes de voltar a falar.

– Já que prefere assim, vou direto ao ponto então. – Era contraditória a existência daquela expressão um pouco triste misturada com a séria, parecendo que não se importava, junto com seu modo de falar quase ríspido. Ela não sabia ser delicada, afinal, mas tentaria. – Mai... Por que você está fazendo isso?

A alfa mais nova a encarou por alguns instantes, com o olhar inexpressivo.

– Do que você está falando? – Disse, por fim.

– Eu sei o que você está fazendo com Megumi. Só me diz, por quê?

Ao ouvir essas palavras e confirmar que se tratava daquele assunto, Mai fechou a expressão e não conseguiu conter totalmente a raiva que a tomou, abafando todos os outros sentimentos – ou sendo intensificada por eles.

– Então é assim? Anos sem uma ligação sequer e você me procurou só pra tirar satisfações? – Os lábios se fecharam, mais finos que o normal e o rosto se inclinou levemente para cima.

– Não estou-

– Você nunca se importou com a nossa família. Como você poderia me entender? – Completou. Ela não queria ouvir, nem ficar ali por muito mais tempo.

– Mai, eles é que não ligam pra nós. Como você não entende isso? – Agora Maki é quem era quase tomada pela raiva. Depois de tanto tempo, as brigas ainda eram pelos mesmos assuntos? – Eles só se importam com a pureza do maldito sangue deles e com essa maldita dominância! Não importa o que fizéssemos, jamais seríamos tratadas melhor.

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