25. Enfim

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Notas iniciais:

Oi bolinhos 🥺🥰

Pois é, chegamos ao final dessa história com direito a revelações bombásticas e muitas emoções...

Gostaria de agradecer todos que acompanharam nossos nenéns e deixaram seu amorzinho, fosse em forma comentários totosos ou mesmo dos votos nos capítulos. Mas... será mesmo que realmente acabou?

Venham até as Notas Finais e saberão o que mais vem por aí (ainda hoje) 👀

Boa leitura ❤

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Havia chegado a hora. O sol brilhava lá fora, contrastando com o ambiente um tanto sombrio que se formava naquela sala de reuniões, dentro da propriedade Zenin. Megumi estava ao centro dela e preferiu ficar de pé, enquanto a maioria também o fazia. Seria uma reunião rápida, afinal, e o que importariam as palavras de um ômega para todos aqueles alfas arrogantes? Ele já estava cansado disso tudo e poria um fim àquela história, finalmente. Por isso, precisava que todos que pudessem, estivessem ali.

Percorrendo o olhar pelo local, viu rostos conhecidos incluindo Naoya, que estava a um canto e ainda não olhava para o garoto, mas muitos deles o encaravam de volta. Viu também o Alfa, que parecia entediado e o chefe da família, que sentava-se em um local mais alto, ressaltando sua importância ali. Mai não estava por lá, já que havia ido embora, finalmente se libertando deles. E agora, seria a sua vez.

– E então. O que tem de tão importante a dizer? – Naobito, o chefe do clã, perguntou diretamente ao mais novo. Ele havia falado de modo calmo, porém mesmo assim era possível sentir todo o poder que vinha daquelas palavras. Era pesado.

Megumi respirou fundo, buscando a coragem que precisava. Depois de todos esses anos de silenciamento, ainda era difícil exteriorizar seus sentimentos e pensamentos diante de todos aqueles olhares. Era como se houvesse uma corrente imaginária, mas muito bem presa ao chão. Ela podia se esticar um pouco, mas ainda não o deixava sair de fato do lugar.

Yuji não estava ali com ele a pedido do namorado, mas o esperava em casa com aquele sorriso solzinho. Seria pior se o trouxesse, tinha certeza disso. Mesmo assim, sentia seu apoio caloroso mesmo de longe e pensar nisso foi o suficiente para começar a falar.

– Vim dizer que não vou mais voltar aqui. – Conseguiu dizer de modo firme, sem vacilar. Sem mostrar dúvidas. – Vocês nunca foram uma família de verdade, nunca me amaram nem se importaram comigo. E hoje eu entendi que nunca tive uma obrigação de ter gratidão a vocês, como me faziam acreditar.

Um silêncio denso se abateu sobre o ambiente, o tornando ainda mais obscuro em comparação com o exterior. Mais gelado e opressor. Sufocante. Quase todos ali tinham uma expressão de choque em seus rostos pela ousadia daquele ômega, enquanto o chefe começava a ficar furioso.

– Como ousa me desafiar novamente? – Disse, sem disfarçar a raiva. Ele já estava sem paciência para isso, afinal.

O jovem estremeceu diante daquela reação, mas manteve-se firme, o encarando de volta. Lembrou a si mesmo que não precisava ter medo. Não estava fazendo nada de errado e agora ele realmente poderia estar livre. Era só falar tudo o que precisava, com clareza.

– Você ainda não entendeu. Eu não sou sua posse. Não sou um objeto, nem um animal de raça. Aliás, nem para o que vocês me queriam eu sirvo, agora. – Disse, rindo de modo sarcástico. Doía. Doía ter que falar aquilo para eles, doía o que estava acontecendo dentro de si, mas a raiva o tomava. A culpa era deles. Além de que era também um dos argumentos para sua liberdade. Sendo assim, colocou uma das mãos sobre sua barriga, segurando qualquer emoção que pudesse tomá-lo para que não baixasse a guarda, e continuou falando, explicando suas últimas palavras: – Eu perdi uma criança. Não fui capaz de gerar uma vida... e talvez não consiga mais.

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