9. Ameaças e escolhas

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Notas iniciais:

Oi meus bolinhos!

Eu poderia trazer um especial de Ano Novo ou algo do tipo, mas resolvi não fazer pois iria prejudicar no clima da história, já que entramos em cap mais tensos.

Mesmo assim, gostaria de agradecer por terem acompanhado minhas histórias esse ano, e que no próximo venham mais ❤🥰

Agora chega de tagarelar, boa leitura e encontro vocês nas notas finais.

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Dias atuais:

Megumi estava em seu antigo quarto, olhando tudo ao seu redor. Após sair da faculdade no início daquela tarde, havia cumprido com suas obrigações de ir até a propriedade dos Zenin e participar das reuniões, ou então apenas de aparecer por lá e conversar com o chefe da família em sinal de respeito. E ali estava ele, no antigo cômodo, antes de ir embora. Era irritante ter que voltar àquele local e sempre se manter na defensiva, por não saber o que esperar. Mas ele precisava, já que era um pedido de Naobito... e também para proteger o seu amor. Faria de tudo para manter aquele sorriso solzinho naquele rosto lindo.

Uma das mãos de dedos longos tocou levemente a parede, deslizando junto com o corpo magro até chegar na escrivaninha que usava quando mais novo. Aquele cômodo, agora, parecia ainda menor que antes. Sufocante. Mas estava sempre da mesma forma que havia deixado, quando foi embora. Era como se esperassem que ele um dia fosse voltar, arrependido de tê-los deixado.

Suspirando, o jovem começou a mexer nos antigos cadernos e livros que haviam ali, procurando por algo. Afinal, tinha ido até ali hoje, antes de ir embora, para isso. Abriu gavetas, caixas – eram realmente, muitos livros – até que um envelope chamou sua atenção. Franzindo as sobrancelhas, Megumi o pegou e analisou, se lembrando do que se tratava: era uma carta de sua falecida mãe.

Há 3 anos, Tsumiki havia deixado com ele, logo antes de ir embora, dizendo que a ômega havia pedido que a pequena alfa entregasse para seu irmãozinho, quando este ficasse mais velho e pudesse entender melhor o conteúdo. Era como se ela soubesse que em breve não estaria mais aqui para contar o que quer que fosse para o filho mais novo.

O jovem ômega sentou-se na cama, olhando para aquele pedaço de papel um tanto envelhecido e que nunca fora aberto, mesmo depois de tantos anos. Tanta coisa havia acontecido naquele mesmo dia, que se esquecera completamente da existência dele.

Naquela época, antes mesmo da avalanche de acontecimentos, estava tão chateado com a partida da irmã que resolveu não ler o que sua mãe queria ter lhe dito. Além de que, também, se sentiria vulnerável se lembrando dela, tão intimamente assim, com algo que fora escrito por aquelas mãos quentinhas. E, mesmo agora, não se sentia pronto para fazê-lo. Não ainda...

Guardando o envelope em um de seus bolsos e varrendo qualquer pensamento de sua mente, Megumi continuou procurando e procurando, até que encontrou o que buscava: um dos livros que havia usado para estudar seus desenhos, logo quando começou a planejar pequenos objetos e móveis. Iria precisar dele para a faculdade. Aliviado, devolveu tudo para seu devido lugar, levando apenas o livro e a carta quando saiu.

Como não precisaria ficar por ali mais, pegou também seu sapato do chãozinho de terra e caminhou pelos corredores suspensos de madeira, por entre aquelas construções tradicionais, já procurando a chave do carro. Não via a hora de chegar em casa e se desintoxicar daqueles alfas, com o cheirinho de seu Yuji.

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