18. Última tentativa

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Notas iniciais:

Oi meus bolinhos ❤

Estava com saudades de postar. Mas não vou me demorar muito, então boa leitura e vejo vocês nas notas finais 🥰

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O homem alto, forte e trajado com vestes tradicionais japonesas andava pela propriedade Zenin. Com tranquilidade, ele caminhava pelos corredores amplos e tediosos sem um rumo certo e, pelo caminho, encontrava pessoas que o cumprimentavam e o lembravam do apelido que nunca fazia questão. "O Alfa". De onde essa mania da família tinha vindo, mesmo? Bom, não lembrava mais e também nem importava...

Virando em algum local aleatório, percebeu que se aproximava da saída e, como não pretendia fazer um passeio mais longo, estava quase voltando quando viu o garoto, ao longe. Em suas roupas simples e escuras, Megumi andava decidido e parecia não querer olhar muito fixamente para frente, ao mesmo tempo que não deixava a cabeça baixa. Ele realmente tinha um gênio e tanto. Do tipo que o Alfa via quase como um convite para se aproximar e ver aquela expressão emburrada de perto.

Mas antes que decidisse chegar até ele, avistou Naoya cruzando com o caminho do ômega e decidiu que não o faria, por enquanto. Preferia encontrá-lo quando estivessem sozinhos, então ficou parado, aguardando.

Não se surpreendeu quando viu o alfa mais novo apressando o passo para sair de perto, ignorando completamente o garoto, que pareceu muito surpreso, mas que também logo seguiu seu caminho. O mais velho apenas sorriu minimamente, olhando de longe. Na verdade, ele esperava por essa atitude, então nem faria questão de presenciar tal cena, para confirmar. Mas era um tanto satisfatório vê-la, tinha que admitir.

Nesse momento, ele se lembrou de outro dia, muitas semanas antes, no qual podemos encontrar o motivo de tudo isso:


Logo após momentos bons de prazer com um outro alfa que havia acabado de conhecer, o homem acabou sendo "atropelado" por aquele jovem ômega que parecia um pouco mais aberto a proximidade. Assim, o teve em seus braços por um breve momento.

Como não conseguia sentir seu cheiro, lhe parecia muito que ele estava prestes a ter um momento de calor e que logo precisaria de uma ajudinha (que sorte ele estar ali naquele momento, não é mesmo?)

Obviamente, não tentou tocá-lo de forma mais íntima sem seu consentimento. Mas também não deixaria de jogar seu charme e feromônios, ainda mais se houvesse uma oportunidade – e aquela realmente se parecia muito com uma. No fim, Megumi o afastou e seguiu seu caminho, o deixando para trás.

O Alfa ainda ficou algum tempo parado, olhando para onde havia perdido o garoto de vista e, por algum motivo, resolveu ir atrás do mesmo. Foi quando o alcançou e viu, de longe, Naoya ameaçando o ômega. O alfa mais novo apertava o pescoço daquele jovem, perdendo completamente o controle. Mas antes que o mais velho pudesse ter qualquer reação, o viu se afastar e Megumi ir embora pouco depois.

No mesmo instante, o homem rumou para a direção do outro, o alcançando rapidamente. Não precisou tocar em seu ombro ou braço, ou mesmo chamá-lo pelo nome. Sua presença foi facilmente notada por Naoya, que se virou e o olhou com um misto da admiração de sempre e um receio por aquela visão ameaçadora – algo novo para ele. Parecia já recomposto de seu momento de descontrole.

– O que você pensa que está fazendo? – O Alfa disse de modo firme, porém sem elevar a voz. Logo continuou: – Eu vi o que você fez. Quem você pensa que é?

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