Refúgio

Cap. Extra: Período de Calor IntensO

Notas iniciais:

Oi bolinhos,

Resolvi falar com vocês rapidinho antes desse extra só para avisar: esperem realmente muito calor, cof cof (tomara que tenham entendido o trocadilho horrível no nome kkkkkkkk)

Talvez faltem detalhes? Talvez falte intensidade? Talvez.... afinal, realmente nunca escrevi cenas assim e nem pretendia (não nessa história). Mas, em um dia aleatório acabou vindo a cena certinha e acabei escrevendo, hihi (juro que nem ia postar, tamanha vergonha, mas né, tamo aqui).

Enfim, prestem atenção nos avisos aqui embaixo e boa leitura. Vejo vocês nas notas finais.

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Antes de Hana existir:

(cio / em algum momento na história de Refúgio)

Yuji suava. Ele sentia as gotas escorrendo por seu corpo enquanto se aproximava do quarto e por mais que sentisse urgência em chegar logo, cada passo parecia lento em sua percepção. E assim chegava mais e mais perto daquele aroma forte e enlouquecedor.

Sentia-se quente, muito quente, e nem mesmo estavam no verão.

Logo (ou nem tanto assim, em sua mente) estava em frente àquela porta, tão familiar, e colocou uma de suas mãos na maçaneta, encostando sua testa contra a madeira, para ele, fria. Respirou fundo, procurando se concentrar enquanto seu corpo queria deixá-lo perder o controle pouco a pouco. Mas isso não iria acontecer ainda, ele sempre vencia.

Após um curto tempo, a abriu devagar, percorrendo os olhos castanhos pelo local. E lá estava ele: seu moreno, seu ômega, o amorzinho da sua vida, deitado naquela cama macia e grande.

Parcialmente ocultos, os olhos azuis encontraram-se com os seus. E, especialmente hoje, eles estavam quase suplicantes e ansiosos.

O jovem alfa respirou fundo mais uma vez, buscando manter a sanidade e, com as mãos trêmulas, fechou a porta atrás de si. Depois, se aproximou lentamente de Megumi, já se livrando da camiseta pelo caminho. O calor ficava cada vez menos suportável e seu corpo era tomado por arrepios intensos, calafrios quentes que pareciam se acumular em locais específicos. Parou ainda a alguns passos, em pé, O peito subindo e descendo lentamente, conforme respirava e permanecia praticamente sem se mover.

– Você recebeu... a minha mensagem? – O moreno disse como se sentisse certa dificuldade para pensar nas palavras, sentando-se devagar e revelando seu cabelo escuro, mais bagunçado que o normal. Vestia uma blusa maior que ele, que com certeza era de Yuji. Além disso, nada mais parecia cobrir seu corpo, que brilhava de suor com a pouca luz que penetrava o ambiente. Seu rosto estava corado e a expressão, suave. Necessitada. Assim como o alfa, parecia quase ofegante, e agora que sentia aquele cheiro de mel, quase fechou as pálpebras. Quando o alfa respondeu apenas acenando afirmativamente a cabeça, soltou quase em um fio de voz: – Vem... logo...

O jovem de cabelos rosados, que parecia não encontrar sua voz nesse momento, engoliu em seco quando escutou aquelas palavras e terminou de se despir antes de sentar-se na cama e, com o peso de seu corpo nos joelhos, finalmente chegar mais perto do seu amor, que se deitou novamente.

Sim, ele havia recebido a mensagem do seu ômega, pedindo que viesse logo para casa. E também havia lido nas entrelinhas as palavras não ditas que diziam que seu moreno precisava dele ali com muita urgência, e provavelmente nos próximos dias também. Não era à toa que já sentia um pouco mais calor que o normal ainda naquela manhã. Seus períodos estavam tão sincronizados que ele quase podia adivinhar quando isso viria...