Notas iniciais:
Oi bolinhos quentinhos!
Ontem acabou ficando tarde e resolvi não postar, mas cá estou eu, trazendo mais um dos capítulos finais dessa história. 🥺
Dêem uma olhada nas notas finais, garanto que não irão se arrepender 👀
Então, boa leiturinha e até lá
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Megumi suspirou, cansado. Estava sentado no sofá da sala com uma carta em mãos, enquanto o namorado trabalhava na loja. Um livro repousava ao seu lado sobre a mantinha escura, após ter sido lido já há alguns minutos.
Ele ainda estava aprendendo a lidar com os sentimentos há tanto tempo escondidos dele mesmo, de forma que ainda os descobria aos poucos. Era frustrante, triste e angustiante. Mas, mesmo assim, sentia-se mais leve após deixar muita coisa sair e dividir esse peso todo.
O jovem olhou novamente para o envelope, amarelado pelo tempo, que segurava. Era uma carta de sua mãe, a qual também havia sido deixada de lado por anos e anos. Tanta coisa havia acontecido que constantemente se esquecia dela e, quando lembrava, não queria abri-la. Pois sentia que, se o fizesse, acabaria não conseguindo manter-se tão forte quando achava que precisava.
Mas agora ele queria. Talvez sentisse que era a hora certa para isso, por algum motivo. E também, sentia falta da mãe mais do que nunca e essa seria uma forma de sentir que a tinha por perto, enquanto lia algo escrito pelas mãos doces dela. E especialmente para ele.
Respirou fundo com expectativa e, finalmente, abriu.
Antes de começar a ler, ficou observando o formato daquelas letras e na suavidade com que foram escritas. Percorreu os dedos pelas linhas devagar, como se acarinhasse o papel, e acompanhou as pequenas curvas que formavam as palavras. Era como se, fazendo isso, conseguisse se conectar ainda mais com os pensamentos dela.
Será que ela sentiria orgulho ao saber o que seus filhos conseguiram conquistar, mesmo com aqueles tantos obstáculos pelo caminho? Será que ela se sentia triste por não poder acompanhá-los em suas vidas e ter que partir? Afinal, ela sabia que não poderia estar aqui por eles e, em breve, os deixaria.
Deixando de lado os pensamentos, Megumi passou a ler de fato o que ela havia deixado na carta. Os olhos azuis percorriam o papel com calma, absorvendo aquelas palavras com cuidado, logo ficando brilhantes e deixando escapar algumas lágrimas. De saudade, de alegria por se lembrar dos bons momentos que passaram juntos.
Daquele modo alegre e um pouco atrapalhado, ela dizia o quanto os amava e narrava pequenos fatos bobos de suas infâncias aos olhos bonitos dela. O pequeno pedacinho de vida que os três haviam compartilhado e que, apesar das dificuldades, foram felizes. Sua mãe parecia saber que o filho já teria maturidade o suficiente para entender tudo o que ela dizia, como se já soubesse que ele iria demorar para ler – mesmo que talvez não esperasse que seria tanto tempo assim.
O ômega precisou fazer uma pausa nessa parte, enxugando as pálpebras e respirando fundo, as fechando por um curto tempo. Muitos sentimentos o dominavam e era doloroso, mas ao mesmo tempo, caloroso.
Quando voltou a ler, se deparou com detalhes de suas histórias que desconhecia. Como a forma em que ela havia conhecido seu "pai". Aos olhos dela, era visto de forma amorosa, mas havia sido só uma vez. E, na mesma hora ele entendeu, por mais que ela não contasse essa parte. Havia sido em um período de calor. De cio.
Agora ele entendia que nunca fora a intenção de sua mãe deixá-lo com aquela família. Que supostamente seu "pai" era um pouco diferente deles, mas mesmo ela já sabia como eles agiam e por isso havia sumido da vista de qualquer um deles quando soube que estava grávida.
Sua tia é quem tivera de fato aquela ideia, talvez pensando que fosse o melhor para as crianças, como dissera na época, talvez querendo se isentar daquela responsabilidade. Jamais saberia a resposta, já que nunca mais a encontrou. Mas isso não importava mais, afinal, já era passado e não poderia ser mudado.
Depois disso, a carta relatava como ela via aquele cara e o modo apaixonado como era descrito enojava um pouco o jovem. Não por serem detalhes demais para ele, de forma alguma. O incomodava por ser uma visão ingênua em excesso e romantizada, pois ele conseguia entender pelas entrelinhas que essa admiração toda era de um lado só.
Mas, mesmo assim, ele leria aquela carta até o final.
E, conforme continuava, algo chamou sua atenção naquela descrição. Algo que ele aos poucos foi compreendendo. Algo que era estranhamente familiar. E, quando teve certeza, foi tomado por inúmeras sensações. Era isso! Era exatamente disso que ele precisava e esteve o tempo todo ao seu alcance!
Eufórico com a descoberta, Megumi começou a rir sozinho, sentindo uma esperança nunca antes experimentada, ao mesmo tempo que sentia ainda mais nojo daquela família maluca. Mas não importava esse detalhe, já que agora ele sabia exatamente o que precisava fazer para se livrar deles.
Logo em seguida, Yuji chegava até a sala após ter fechado a loja, e se deparava com aquela cena um tanto estranha. Piscando algumas vezes como se estivesse desorientado, começou a falar:
– Amorzinho... você está bem? – Perguntou, com as sobrancelhas juntas.
E depois, ficou ainda mais confuso quando o namorado o viu e, inesperadamente correu até ele, pulando em seu colo, o abraçando também com as pernas em volta de seu quadril. Surpreso, mas o segurando firme para que não caísse, o jovem alfa recebia aquele abraço, junto com os beijinhos rápidos e curtos, com carinho.
– Eu estou ótimo! – O moreno dizia, por fim, em uma alegria contagiante. – Yuji, eu acabei de descobrir uma coisa muito maluca e difícil de acreditar. Mas o mais importante é que vai nos ajudar!
E então, ambos sentaram-se no sofá com mais calma enquanto um escutava atentamente o que o outro tinha a dizer.
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Notas finais:
E aí, o que será que nosso bravinho descobriu, pra ficar tão em choque e ao mesmo tempo tão eufórico? (adoraria saber das teorias de vocês)
Só digo que muitos de vocês vão ficar de queixo caído quando souberem 🤭 (só não me matem kkkkcry)
E digo ainda mais: talvez (muito foco no talvez) o final dessa história sairá ainda hoje! O próximo capítulo já é o final e já está escrito, só preciso conseguir revisar. Então, se não sair hoje, no próximo fim de semana é certeza que será postado, então aguardem.
E aguardem por novidades nas notas finais 👀
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Refúgio
FanfictionRefúgio é um local que abriga, protege, mantém longe dos problemas. Para Megumi, os braços de Yuji faziam tudo isso e também o aqueciam. Aqueciam seu corpo, seu coração, eram seu conforto e seu cantinho de felicidade. Para esses dois jovens apaixona...