11. Calmaria

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Notas iniciais:

Oi bolinhos!

Senti falta de vocês 🥺😍

Bom, aproveitem a leitura e leiam as notas finais

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Dias atuais:

Era fim de semana e nosso casal de namorados recebia, em sua casinha, amigas e irmã. Maki, Nobara e Tsumiki haviam chegado para almoçar, conforme combinado, e ficariam mais um pouquinho enquanto colocavam os assuntos em dia e curtiam aquele momento gostoso de calmaria. Esse grupinho de amigos era como uma família completa uns para os outros, por mais que dois deles tivessem pais presentes e amorosos em suas vidas. Era sempre bom se reunirem.

Por esse motivo, Megumi, que não se sentia muito bem desde aquela manhã, havia ignorado essa parte e insistido em arrumar seu cantinho, junto com Yuji, para que pudessem dar todo conforto para todos naquele dia. Em algum momento aquele enjôo chato passaria – mesmo que estivesse difícil.

Mas ele não diria isso para nenhum deles, nem mesmo para seu alfa atencioso, que certamente percebeu que algo estava errado e havia sugerido mudar o cardápio para algo um pouco mais leve. E assim, o moreno conseguiu ajudar, mesmo com aquele desconforto, e tudo correu bem.

E agora, após muitos assuntos e risadas irem e virem, todos já tinham almoçado e ido até a sala, se aconchegando no sofá e nas poltronas enquanto degustavam algum vinho ou refrigerante.

Era tão gostoso estar ali que o jovem ômega até mesmo riu baixinho com os outros e se esqueceu daquela sensação que assolava seu corpo.

Falaram sobre assuntos variados e chegaram aos acontecimentos engraçados que envolviam parte de suas rotinas. A maior parte deles vinha por parte de Nobara, que poderia falar sobre (quase) qualquer coisa e os outros iriam rir, mesmo que não fosse sua intenção. Até que a beta se lembrou de um ocorrido chato na semana, envolvendo um alfa inconveniente em seu trabalho.

– Ah, mas da próxima vez que aquele cara de javali aparecer, eu coloco ele a pontapés para fora. – Dizia irritada, enquanto os outros ainda riam da forma emburrada que ela gesticulava.

A mudança no tema foi tão brusca que era difícil levar a sério o que ela dizia. A garota tomou um gole de sua bebida, suspirou e voltou a falar, agora com mais seriedade no tom de voz.

– É sério, esses alfas antiquados pensam que podem mais só por serem alfas? Grande Coisa! – Bufou, irritada. Aparentemente, aquele acontecido havia mexido com ela mais do que pareceu anteriormente. Mas logo sorriu mais uma vez, voltando a gesticular com uma das mãos, como se fosse um assunto sem importância alguma. – Sem ofensa, bebês, vocês são alfas normais e não esses velhos que pensam que as coisas ainda funcionam daquela forma. Afinal, quem é que ainda pensa daquele jeito?? – Completou, se dirigindo aos amigos e namorada.

"Quem é que ainda pensa daquele jeito?"

Todos os outros se entreolharam rapidamente, com o mesmo pensamento sincronizado. Sim, eles conheciam uma família inteira que ainda pensava e agia conforme a fala da amiga.

A sociedade havia mudado muito ao longo dos anos. Evoluído. Já não era mais comum a superioridade de uns sobre outros, mesmo por conta de seu segundo gênero. Os ômegas não eram mais humilhados nem menosprezados, assim como era crime que um alfa se aproveitasse deles em um momento de cio.

Mas ainda existiam algumas poucas famílias ricas que se recusavam a aceitar essa nova realidade e seguiam com seus conceitos rígidos, ficando mais fechadas em seus núcleos, se relacionando entre si e acreditando serem superiores, principalmente com os dominantes (e aparentemente, nesse caso o tratamento com ômegas era diferente). E eles conheciam muito bem uma delas – talvez a maior.

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