Capítulo 12 - Insegurança

286 20 9
                                    


Capítulo 12

Insegurança

Wei percebeu a raiva do Lan quando sua voz, aparentemente calma, ordenou a Liang que pegasse sua espada. Quando seu corpo foi abarcado pelo de Lan Zhan, entrou em pânico, mas alguma coisa no compasso das batidas do coração do amado o acalmou um pouco. Sentiu toda energia e entendeu porque, a Jade que o dominava, era conhecida pela energia límpida. Pareceu-lhe poder reconhecer nela algum traço da energia primordial, criadora de todas as coisas puras, foi fascinante e assustador.

O beijo foi intenso, o absorvendo todo para a essência do Lan, sabia que isso se devia à sua ausência de energia. Tentou recuar, não pode deixar de pensar em como o Lan o estava percebendo. Sempre que estavam juntos, a energia do amado estava bloqueada, isso reduzia as diferenças.

— Não se atreve a me negar esse beijo — ameaçou o Lan, embebido de desejo e ele se entregou, sem medo, ao caos daquele momento.

Quando a voz de Liang declarou que não tinha mais meios de os proteger e Lan Zhan o soltou, foi expulso do paraíso e seu corpo, ainda ansiando partilhar daquele universo, se desequilibrou e foi ao chão.

Ainda sem muito controle de si, viu que o Lan tinha força superior a Liang e Assch, juntos, e conduzia bem a luta. A balbúrdia, contudo, atraia mais espectros. Sabia que o Lan os combateria até o fim de suas forças e os venceria, mas a energia densa chamaria a atenção das populações vizinhas e isso não era bom, já que desejavam discrição. Convocou a sua flauta e deu fim ao ataque.

— Lan Zhan você ficou louco — gritou Wei Ying enfurecido.

Mas ele não lhe deu atenção. Seguiu até Liang e falou.

— É isso que o meu amor por Wei suporta para existir. É disso que nós falamos quando dizemos de ataque de espírito e possessão demoníaca, entendeu? Não se meta mais entre nós. Você não é capaz de protege-lo. —Virando-se para Wei. — Você não devia ter se intrometido em uma luta que era minha, eu não precisava de sua ajuda — vociferou, ofendido com a ação do amado que havia minimizado a sua ação.

— Eu sei, mas estávamos chamando a atenção da vizinhança — justificou-se, um pouco envergonhado pela falta de ética ao interferir em um combate.

A Segunda Jade não respondeu, seguiu para a casa de bambu. Mesmo desaprovando a intromissão de Wei, estava intimamente satisfeito com os acontecimentos e ainda agitado pela adrenalina.

Wuxiam o seguiu, alguns passos atrás. Nunca havia imaginado que Lan Zhan um dia fosse ter uma crise de ciúme de proporção tão grande.

— Você enlouqueceu? — perguntou Wei, tentando lhe acompanhar os passos, que eram rápidos.

Ele parou e respondeu:

— Eu só queria mostrar ao Lorde Bloqueado a dimensão de meu amor e até onde eu estou disposto a ir para mantê-lo. — Voltou a andar, depois de alguns passos parou de novo. — Está comprovado que o lorde é mesmo imune aos espíritos, o que você acha disso?

— Eu não acho nada, Lan Zhan, não inventa. Eu não tenho culpa nenhuma nesta história.

— Eu quero saber se sou eu mesmo que você quer ou se ele lhe interessa de alguma maneira?

— Para com isso. Não desvie o assunto de sua irresponsabilidade. — Voltaram a andar.

"Lan Zhan, isso foi muito bonito, mas também muito perigoso. Que beijo foi aquele? —Riu, pensando em como, apesar de tentar resistir, foi tragado pela dimensão inimaginável do que era ser Lan Zhan. — Foi uma bela lição para Liang, que estava todo convencido por vencer aqueles espectros fajutos. Nunca mais o nobre vai provocar o Lan." — Wei Ying pensava com satisfação, enquanto tentava seguir Lan Zhan. Depois se conteve, precisava ser responsável.

O Grande Mestre do Cultivo DemoníacoOnde histórias criam vida. Descubra agora