O Japão já não é mais como antes...

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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

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O JAPÃO JÁ NÃO É MAIS COMO ANTES...

No Labmed, Vampira e Gambit foram colocados na mesma salinha, com os mesmos receptores, para realizarem o mesmo que Remy já havia feito, mas Vampira recebeu de Hank a seguinte missão: rejeitar as propostas dele o quanto fosse possível! Claro, no humor que estava, a sulista não teria problemas...

- Finalmente juntos, para que Remy possa dizer o quanto sente por tudo o que fez, cherie! – todo o seu corpo se inclinava para ela, com o seu rosto indo na direção de Vampira.

Pela inércia, a morena não precisou nem usar da força. Deu um passo para o lado e Gambit caiu sobre a maca:

- Nunca vi ter que ficar tão perto pra conversar, gatinho... Acho que dá pra você falar o que quiser daí mesmo... – indo para o lugar oposto, naquela minúscula salinha.

Depois de ficar alguns segundos deitado sobre a maca, pensando em como estava realmente "ferrado" daquela vez, Remy levanta-se:

- Está certa, belle. Tudo o que Gambit tem para dizer, pode ser dito assim, distante... – fazendo cara de cachorro pidão – Quero dizer que estou muito feliz por ter a oportunidade de resolver tudo isso; feliz por ter descoberto que posso precisar de ajuda, antes de te perder e perder Clarisse. Sei que já perdeu as contas de todas as vezes que falei o quanto vocês são importantes per moi, mas eu não. Me lembro de todas as vezes, mesmo daquelas que gostaria de esquecer, amour... Só de pensar na possibilidade de conseguir olhar para outra mulher sem o desejo de me jogar sobre ela – o olhar de Vampira é fuzilador – é um grande alívio! – ela sorri.

- Bom, ao menos já mudou o discurso, só por isso, já ganhou alguns pontos... – aproxima-se um pouco dele – Não sabe como fico nervosa com todo aquele papo furado sobre não querer fazer as coisas que faz, Remy! Clarisse precisa de você, demais! – chega mais perto e toca o rosto dele, falando bem baixo: Eu preciso de você, sempre precisei, gatinho. Você é como uma espécie de bússola pra mim... – baixa a cabeça.

Gambit deixa-se ser acariciado, ele lembra-se de todas as vezes, no passado, em que aquelas mesmas mãos o tocaram com luvas, algumas feitas com tecido que parecia frio. Nada comparado com o toque quente das mãos de Vampira. Uma lágrima escorre dos olhos do cajun:

- Que foi, gatinho? – com os olhos verdes mostrando toda sua preocupação.

- Rien (nada)... Remy estava lembrando de todas as vezes que essas mãos o tocaram com luvas, cherie... – ela olha interessada – e da alegria que tomou conta dos meus dias, quando você conseguiu controlar seus poderes. Não queria chorar, mas a lágrima caiu sem querer. Tenho certeza de que foi uma lágrima de felicidade, amour! Certeza! – pega nas mãos dela, fazendo carinhos.

Vampira sorri, pensando se Hank já tinha conseguido o que queria com aqueles testes, porque não tinha vontade nenhuma de se controlar...

- Eu nunca vou esquecer da tua cara quando eu contei e encostei em você, pra provar... – sorri mais abertamente – Acho que ninguém no mundo, além de você, me entendeu naquela hora, Remy. Todos ficaram felizes, mas em nenhum deles eu vi o que vi nos seus olhos, gatão!

- E o que foi, ma belle? – chegando bem mais perto, segurando a cintura dela.

- Não sei se eu vi o que queria, mas a verdade é que eu vi desejo, de um jeito que nunca vi em nenhum outro olhar, Gambit. Será que era um reflexo dos meus olhos nos seus? – coloca as mãos sobre os ombros dele.

Wolverine - Momentos da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora