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Ohana conhece Matsuo
Enquanto todos esses fatos acontecem, a ruiva acordava com uma grande dor de cabeça, numa das coberturas mais caras de Tóquio. Tenta colocar a mão na cabeça e, nesse momento, sente que está com um colar um tanto pesado no pescoço. Abre os olhos devagar; a mínima diferença de iluminação fazia sua cabeça querer explodir! Aos poucos, foi conseguindo perceber vultos e via que a sala estava vazia, pois conseguia apenas perceber móveis. Estava deitada no que parecia um sofá, em sua frente, podia ver uma mesinha e mais outro sofá em frente. Aos poucos, conseguiu abrir os olhos sem problemas maiores. Por todas as obras de arte contidas naquela imensa sala ela pôde perceber que estava num lugar muito, mas muito, rico! Num dos cantos, havia uma linda armadura samurai, mais ali, um arranjo de flores (ikebana), quadros com motivos ocidentais contrastavam com biombos desenhados em papel arroz com motivos de cerejeiras e pássaros japoneses. A cor da parede era gelo e os outros objetos todos de cor muito viva. A própria armadura era de um vermelho vivo incrível! Ficando plena de sua consciência, Ohana respira fundo e se senta no sofá, percebendo que não estava mais com as roupas que tinha vindo. Estava vestida como uma japonesa de algumas décadas atrás, com um quimono característico das mulheres casadas, ao contrário dos tão vistosos quimonos com manga comprida, os quimonos das mulheres casadas (tomessodê) têm a manga curta comum. Mesmo assim, Ohana estava radiante naquela vestimenta. A seda em tons de azul dava o contraste necessário ao seu cabelo vermelho e pele pálida. Olhando-se sem se reconhecer, a ruiva vê a porta do recinto abrir e dois seguranças entrarem com armas em punho, seguidos de dois homens que pareciam ninjas e, em seguida, um homem numa cadeira de rodas, com respirador artificial e várias cicatrizes além de membros artificiais. Atrás dele entraram mais dois seguranças. Após os primeiros checarem que o local estava limpo, o homem na cadeira foi até bem perto de Ohana. Ele era oriental, pelas poucas partes que deixavam perceber como ele realmente foi um dia, seus olhos não tinham raiva ou dor, apenas uma calma que contrastava com o restante do quadro...
- Desculpe não me levantar, Srª Rogan, mas estou impossibilitado disso... – curvando lentamente o rosto – Meu nome é Matsuo Tsurayaba e eu sou o chefe do Clã Tentáculo – falava com dificuldade, em um inglês arrastado.
O rosto de Ohana era uma imensa interrogação... Seria possível que ela devesse saber de todos esses nomes, deveria conhecer esse homem?!
- /O que querem de mim? O que estou fazendo aqui? E o que é isso?!/ – segurando o colar com as duas mãos.
- /Ah! A senhora fala um japonês invejável! Isso é bom, já que meu inglês não é muito bom... São os problemas de pronúncia. Nunca consegui corrigi-los.../ – tomando fôlego ele se aproxima mais – /Não quero nada com a senhora, está aqui apenas para que a justiça seja, finalmente, feita. Isso em seu pescoço é uma medida necessária para que seus poderes não sejam utilizados. Deve entender que estar diante de uma das maiores telecinéticas do mundo não é nada agradável para um mero mortal como eu, apesar de eu mesmo estar achando que não sou tão mero assim... Quanto um homem deve viver para pagar todos os pecados, Srª Rogan?/
Ohana não entendia nada. Ela resolve não dizer nada sobre não ser mais mutante, afinal, isso poderia ser útil em algum momento. Mas o que aquele homem queria dizer com justiça? Com não ser um mero mortal? Baixando a cabeça, ela apenas pensa onde estaria Logan e tem um estalo! Ele era conhecido no Japão, não era? Ele sempre ia para esse país! E lança:
- /Eu não sei quem é você, mas espero que saiba com quem está se metendo... Pelo que percebi, fez uma pesquisa e tanto sobre mim e meu marido, mas será que sabe realmente quem ele é?! Quando ele chegar, vai matá-lo!/ - com a voz cheia de superioridade, usando a única saída que alguém preso usaria: ameaça.
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Wolverine - Momentos da Vida
FanfictionPrimeira fanfic que fiz, bem diferente das atuais, mas da qual não posso deixar de ficar feliz em ter escrito, porque me levou ao que consigo escrever hoje ;) ---- Num futuro incerto, a mutação é algo mais comum do que no passado e, ainda assim, alg...